De repente, ela sentiu uma nausea intensa no estômago e começou a vomitar desesperadamente, mas nada saía.Ela já havia vomitado várias vezes.Será que estava grávida?Depois de um ano, eles só tinham feito amor uma vez na Bodega Miguelito.Depois do ato, seu fígado começou a doer tanto que ela teve que ir ao hospital buscar analgésicos, esquecendo completamente de tomar a pílula anticoncepcional.Lúcia ficou um pouco ansiosa, precisava ir ao hospital fazer um exame.Ao chegar à sala, ela notou um post-it colado na geladeira. Ela o arrancou e leu a caligrafia de Sílvio:[Assim que acordar, vá ao Grupo Baptista. Assine o acordo. Até às dez da manhã, não esperarei depois disso.]Lúcia não foi imediatamente ao Grupo Baptista, mas primeiro passou no hospital.O médico, ao vê-la, pensou que ela tinha acabado os analgésicos, mas ela rapidamente explicou: — Doutor, acho que estou grávida. Gostaria de fazer um exame.— Você não pode estar grávida. Você está em estágio avançado de câncer. Uma
Ao abrir a pilha de contratos, tudo o que encontrou foram cláusulas absurdas. Ela precisaria sair da Mansão do Baptista e ir morar com ele como empregada doméstica. Sim, o contrato usava exatamente essa palavra. Seria responsável por fazer compras, cozinhar, limpar, enfim, cuidar de todas as tarefas domésticas.Disponível 24 horas por dia, sete dias por semana, exceto durante o período menstrual, e deveria estar sempre pronta para satisfazê-lo sexualmente, sem limite diário de vezes.Além disso, teria que trabalhar no Grupo Baptista como faxineira, cuidando da limpeza de dois prédios inteiros. O salário? Apenas um real por mês. Sem direito a descanso ou licenças.Após o período de reflexão do divórcio, ela teria que desaparecer de sua vida para sempre, sem se casar novamente. Durante o período do acordo, não poderia trair ou ter qualquer proximidade com outros homens. Claro, essas restrições se aplicavam apenas a ela, pois não tinha o direito de questionar a vida privada de Sílvio.
— Presidente Sílvio, ela estava apenas carregando os documentos e, sem querer, me esbarrou. Eu estava tentando acalmá-la. — A mulher riu, tentando esconder sua culpa. Então, enquanto fingia ajudar Lúcia a recolher os papéis, sussurrou em tom ameaçador. — Eu sou a assistente favorita do Presidente Sílvio. Se você tentar reclamar, terá problemas comigo!A mão de Lúcia parou por um momento. Então, essa mulher era realmente a assistente favorita de Sílvio, por isso agia de maneira tão arrogante. Ela não tinha como se queixar, essa atitude provavelmente vinha das ordens de Sílvio.Sílvio, de pé não muito longe, observava Lúcia de cima, enquanto Leopoldo corria para ajudá-la a recolher os documentos. Ele instruiu sua assistente Íris a continuar com suas próprias tarefas.Leopoldo ofereceu ajuda:— Sra. Lúcia, me deixe ajudar. Isso é muito pesado.— Não consegue nem carregar uns papéis, Lúcia? Você realmente não serve para nada! — Sílvio zombou, com um sorriso desdenhoso.O sorriso de Lúcia
Leopoldo desligou o telefone, segurando o celular enquanto se afastava.Lúcia, ainda furiosa, foi ao banheiro, encheu um balde com água e jogou em Íris, encharcando-a completamente, antes de jogar o balde no chão com força.— Você me pisou, jogou água em mim, e eu joguei dois baldes em você. Estamos quites. Deixe-me te dizer uma coisa: Sílvio é Sílvio, e você é você. Você não tem o direito de se gabar na minha frente, fingindo ser importante. Se quiser reclamar, vá em frente. Eu não me importo.Lúcia pegou o balde e o esfregão e entrou no elevador para limpar outro andar.Íris ficou furiosa. Ela pensava que Lúcia seria uma pessoa fácil de intimidar, já que não tinha reagido quando foi pisada antes.Nesse momento, o celular de Íris tocou. Era uma mensagem de Leopoldo: [Íris, por favor, venha ao escritório do presidente. O presidente precisa falar com você.]No escritório do presidente, Sílvio havia interrompido uma reunião para tratar desse assunto.Íris, diante de Sílvio, começou a ch
O médico foi bem sério, recomendando que ela fosse ao hospital o mais rápido possível para fazer um aborto. Seu corpo estava extremamente fraco, a doença havia sido controlada com dificuldade, e seu estado de saúde não permitia uma gravidez. Forçar uma gestação só aceleraria a morte, resultando em duas vidas perdidas. Lúcia desligou o telefone em silêncio. Ela estava muito triste, o bebê era realmente desafortunado, vindo parar em seu ventre apenas para ter um destino selado antes mesmo de nascer. Lágrimas começaram a cair. Nesse momento, Sílvio ligou para ela. Ela não quis atender; estava muito abalada, então desligou o telefone e o deixou fora de serviço....Naquele momento, Sílvio havia acabado de sair de uma reunião, e Íris já tinha deixado o Grupo Baptista. Ele não sabia se Lúcia já tinha saído do trabalho, não havia recebido notícias dela o dia todo, então decidiu ligar. Mas ela desligou o telefone. Sílvio era teimoso; ela não atendeu, e ele não ligou uma segunda v
Voltar para casa com ele?Lúcia ouviu essas palavras e ficou completamente atordoada.Será que elas ainda tinham um lar?Antes do acidente do pai, o relacionamento deles era tão estreito quanto a cola. Sempre que ele a fazia ficar brava, ele a abraçava como agora e dizia: “Lúcia, calma, não faz isso, vamos voltar para casa.”Pensar no passado e ver como estavam se afastando agora, fazia o coração de Lúcia doer.Ela estava exausta hoje, não queria mais brigar. Encostada no peito forte de Sílvio, ela se sentia segura.Ao descer as escadas, ele a colocou no chão com um ar de desprezo: — Como você está tão desleixada? Suja desse jeito, troca essa roupa já!O calor de antes desapareceu instantaneamente.Ela queria responder: "Não foi você que me fez vestir essa roupa suja?"Mas estava com tanta fome que não tinha forças para discutir. Foi para a despensa e trocou de roupa.Ela queria sentar no banco de trás do Bentley, mas ele, parecendo querer contrariá-la, insistiu que ela sentasse no ba
Lúcia sentiu uma pontada de decepção nos olhos, como se tivesse acordado de um sonho.Ela era apenas a empregada da casa dele. Como pôde sonhar em passear de mãos dadas com ele no shopping, como antes? Que ilusão boba.Lúcia mordeu os lábios, tentando conter as lágrimas, suas mãos longas e delicadas se apertando firmemente: — Foi um erro meu. Pode ir embora, eu compro o que preciso e volto sozinha para casa.Dizendo isso, Lúcia se virou e entrou no shopping.Ela sabia que ele a desprezava, que ele apenas queria torturá-la, mas ouvir aquelas palavras frias a deixava sem ar.Lágrimas cristalinas se acumularam nos seus olhos.Ao entrar no shopping, uma onda de calor a envolveu. Ela limpou as lágrimas com a ponta dos dedos.Perguntou a uma vendedora e encontrou a seção de produtos de higiene pessoal.Colocou o carrinho de lado e começou a escolher com cuidado os itens nas prateleiras: copos de higiene, pasta de dente, escova de dentes, esponja de banho, toalhas e pijamas.Logo, o carrinho
Sílvio jogou a bituca de cigarro pela janela. Pisou no acelerador com força, o rosto sombrio, as veias azuis saltadas nas costas das mãos que agarravam o volante, evidenciando sua raiva naquele momento. O Bentley preto arrancou como uma flecha, levantando uma nuvem de poeira.Ele estava esperando por ela, preocupado que ela tivesse comprado muitas coisas e tivesse dificuldade em pegar um táxi para voltar. E lá estava ela, novamente envolvida com aquele policial. Inicialmente, ele tinha planejado tomar uma atitude contra o policial, mas o sujeito se aposentou da noite para o dia. Agora, ele estava de volta, de repente.De volta ao apartamento, Sílvio abriu uma garrafa de vinho tinto, bebendo o líquido vermelho escuro sem expressão. O sabor era amargamente acre ao descer pela garganta. Ele ficou na varanda, esperando por meia hora inteira. Finalmente, um jipe parou na frente de seu prédio.A porta do jipe se abriu, e um homem vestindo um moletom verde escuro e boné de beisebol des