- Professora? - Atendeu Liliane, apressadamente.- Sra. Marques, poderia vir à escola? Aconteceu que Alice se envolveu em uma briga com um colega e o rosto dele foi arranhado até sangrar. - Avisou Helena.Liliane sentiu um aperto no coração. - Como está Alice? O que aconteceu com ela? - Perguntou Liliane.- Alice está bem, não se preocupe. - Respondeu Helena.- Estou indo agora. - Disse Liliane.Após encerrar a ligação, Liliane se apressou para a escola.A empresa não ficava longe da escola infantil, apenas a 15 minutos de carro.Liliane entrou na escola e caminhou rapidamente em direção ao escritório da professora.Ao chegar à porta, ouviu uma mulher resmungando alto.- Que tipo de alunos essa escola aceita? Vocês ousam aceitar crianças sem educação e sem modos? Isso precisa ser explicado e os pais dela devem pagar por isso! - Xingou a mulher. Depois de insultar, ela acrescentou de maneira zombeteira. - Uma bastarda sem pai! Liliane apertou com firmeza as mãos, entrou no escritório
- Pague! Não peço muito, apenas cinco milhões! Nem um centavo a menos! - Resmungou a mulher gorda, com frieza.- Cinco milhões como compensação pelo trauma psicológico de uma criança não é caro. - Comentou Liliane, sorrindo de leve.- Você pode pagar? - Perguntou a mulher gorda, surpresa.- Claro que posso. Mas agora, não seria hora de calcular a compensação pelo trauma psicológico dos meus filhos também? - Retrucou Liliane.A mulher gorda mudou de expressão num instante. - Seus filhos estão bem, por que deveríamos calcular isso? - Questionou a mulher gorda.- Precisa que eu revise as filmagens? Me lembro de você insultando minhas crianças como bastarda sem pai. As palavras podem ser tão prejudiciais quanto a violência. Eu não peço muito, apenas dez milhões para compensar o trauma psicológico de ambos os meus filhos. - Disse Liliane, olhando para as câmeras de vigilância no escritório.A mulher robusta se levantou abruptamente, apontando com raiva para Liliane.- Claro que foi sua fil
Liliane deu um sorriso frio, se inclinando para pegar as mãos das duas crianças. - Há muitas pessoas no mundo com traços faciais semelhantes! A menos que haja algo importante, por favor, pare de fazer essas perguntas tão absurdas! - Disse Liliane.Dizendo isso, Liliane levou as crianças para longe de William e saiu.Ao ver as costas dos três, William ficou com o rosto extremamente sombrio.Mesmo que ela não admitisse, ele ainda acreditava que aquela mulher era Liliane!Mas ele não ousava tirar os óculos dela!Ele tinha medo de que, no final, visse um rosto desconhecido!Fora do prédio escolar. Liliane levou as crianças de volta ao carro com passos apressados.Ao ligar o carro para sair, ela engatou as marchas erradas várias vezes.- Mamãe, o que aconteceu? Por que está tremendo? Aquele senhor é seu amigo? - Perguntou Alice, franzindo a testa.- Não é um amigo! Eu não conheço ele! - Respondeu Liliane, de maneira desconfortável, ao ouvir a pergunta de Alice.Ian arqueou uma sobrancelha
- Acho que logo ele vai me reconhecer. - Admitiu Liliane, olhando para Lucinda.- Sr. William? - Pergunto Lucinda, surpresa. Liliane assentiu, contando a Lucinda o que aconteceu no infantário hoje.- Lili, isso é inevitável. Além disso, acho que mesmo se ele descobrir, não é algo ruim. - Comentou Lucinda, suspirando.- Tenho medo de que ele impeça minha vingança. Afinal, Mavis é a mãe biológica do filho dele. - Disse Liliane, preocupada. - Não é bem assim. - Disse Lucinda, puxando Liliane para se sentar. - Eu já te disse antes, Sr. William passou por um momento muito difícil. Quando alguém desenvolve sentimentos por você, ele vai te apoiar em qualquer coisa que faça. Mesmo que haja preocupações, ele vai favorecer você.Liliane ficou em silêncio, embora Lucinda tivesse dito isso, ela ainda não conseguia esquecer o que havia acontecido no passado.William duvidou da gravidez dela e depois tentou tirar o filho dela através de terceiros. Com aqueles fatos, ela não conseguia perdoar ele.
As mãos pequenas de Breno apertaram a roupa, sem responder às palavras de Alice. Ele não queria que eles vissem como Mavis tratava ele.Vendo Breno calado, Alice rolou os olhos. - Parece que você não quer ser meu amigo. Se eu soubesse, não teria te ajudado da última vez! - Disse Alice.Ian, segurando o riso, observava Alice usando sua técnica de provocação.O belo rosto de Breno se enrugou com culpa e confusão ao mesmo tempo.- Vocês podem vir ao Jardim Azul no sábado. - Disse Breno.Alice imediatamente abriu um sorriso doce, estendendo seu pequeno polegar para Breno. - Está combinado, sábado nós vamos te visitar! - Concordou Alice.Breno, ao ver o polegar dela, ficou atordoado. Nervoso, apertou levemente a mão antes de conectar seu dedo ao dela. - Está bem. - Falou Breno.À noite, Jorge entregou a William as informações que conseguiu. Uma era sobre os pais dos alunos da escola, outra sobre Liliane.William pegou a informação sobre Liliane, ao ver, franziu a testa. - Lívia Marque
Alice acordou animada, trocou de roupa e desceu após se arrumar. Ela olhou para Ian e franziu a testa.- Ian, se mamãe descobrir que saímos, iremos levar bronca? - Perguntou Alice, nervosa.Ian, calçando os sapatos, olhou para ela de soslaio. - Você não quer saber se ele é nosso pai? - Perguntou Ian, de volta.- Quero! - Respondeu Alice imediatamente, hesitando em seguida e acrescentando. - Mas mamãe disse que papai virou pó. - Se tiver medo, fique em casa para me dar cobertura. - Concluiu Ian, de pé.- Não! Ian, tenho medo de ficar sozinha! - Disse Alice, colocando rapidamente os sapatos e segurando a barra da roupa de Ian.- Se alguém for repreendido, será primeiro eu. Não se preocupe. - Consolou Ian, afagando a cabeça de Alice.Alice assentiu, seguindo Ian em direção ao Jardim Azul.Vinte minutos depois.Eles chegaram ao local e foram conduzidos à mansão de William pelos seguranças, talvez após Breno ter anunciado a visita. Breno já aguardava eles do lado de fora. Ao ver Breno,
Breno se virou para Mavis, nervoso, descendo apressadamente do sofá para seguir ela. Subiram para o segundo andar um trás outro, Mavis percebeu que Breno estava atrás dela. Ela se virou, lançando um olhar de repulsa para Breno.- Por que está me seguindo? - Questionou Mavis.Breno apertou os punhos, seus olhos estavam cheios de medo. - Vou voltar para o quarto. - Respondeu ele.- Se quer ir, vá, mas não ande como um fantasma sem fazer barulho! - Gritou Mavis.Seu grito chamou a atenção das crianças no quarto. - Ian, tem uma mulher lá fora gritando, será que é a mãe do Breno? Ela parece bem brava, será que vai entrar? - Perguntou Alice, assustada.- Tranque a porta. - Instruiu Ian, com calma, olhando para a porta.- Trancar a porta faz barulho. - Disse Alice, apreensiva, franzindo os lábios.- Não faz. - Disse Ian, desviou o olhar, continuando a digitar no teclado. - Esta porta é uma trava silenciosa, tranque ela.Ele tinha alguns minutos para quebrar a senha do software e talvez des
Aquela mulher lá fora devia ser a noiva daquele canalha e ela não era a mãe biológica de Breno!- Certo, eu vou ajudar. Mas não podemos sair agora, senão Breno pode acabar sendo machucado ainda mais. - Falou Ian, baixinho, seu rosto bonito ficou sombrio.Eles não tinham força para enfrentar os adultos, eles precisam encontrar uma solução alternativa para ajudar Breno!Ian pegou seu mini computador, acessou o software e rapidamente encontrou o e-mail de William, enviando uma mensagem com uma identidade falsa.Fora do aeroporto da Serafim. William acabava de entrar no carro quando seu celular vibrou duas vezes.Ao ver um e-mail anônimo, ele franziu a testa e abriu.“William! Seu filho está sendo agredido pela mãe dele!”A simples frase fez os olhos escuros de William se congelarem num instante. “Quem é você?”, respondeu William. “Não importa quem eu sou, vá para o Jardim Azul e veja por si mesmo!” Ian achou irônico que ele ainda perguntasse quem era naquele momento.A lógica distorci