As mãos pequenas de Breno apertaram a roupa, sem responder às palavras de Alice. Ele não queria que eles vissem como Mavis tratava ele.Vendo Breno calado, Alice rolou os olhos. - Parece que você não quer ser meu amigo. Se eu soubesse, não teria te ajudado da última vez! - Disse Alice.Ian, segurando o riso, observava Alice usando sua técnica de provocação.O belo rosto de Breno se enrugou com culpa e confusão ao mesmo tempo.- Vocês podem vir ao Jardim Azul no sábado. - Disse Breno.Alice imediatamente abriu um sorriso doce, estendendo seu pequeno polegar para Breno. - Está combinado, sábado nós vamos te visitar! - Concordou Alice.Breno, ao ver o polegar dela, ficou atordoado. Nervoso, apertou levemente a mão antes de conectar seu dedo ao dela. - Está bem. - Falou Breno.À noite, Jorge entregou a William as informações que conseguiu. Uma era sobre os pais dos alunos da escola, outra sobre Liliane.William pegou a informação sobre Liliane, ao ver, franziu a testa. - Lívia Marque
Alice acordou animada, trocou de roupa e desceu após se arrumar. Ela olhou para Ian e franziu a testa.- Ian, se mamãe descobrir que saímos, iremos levar bronca? - Perguntou Alice, nervosa.Ian, calçando os sapatos, olhou para ela de soslaio. - Você não quer saber se ele é nosso pai? - Perguntou Ian, de volta.- Quero! - Respondeu Alice imediatamente, hesitando em seguida e acrescentando. - Mas mamãe disse que papai virou pó. - Se tiver medo, fique em casa para me dar cobertura. - Concluiu Ian, de pé.- Não! Ian, tenho medo de ficar sozinha! - Disse Alice, colocando rapidamente os sapatos e segurando a barra da roupa de Ian.- Se alguém for repreendido, será primeiro eu. Não se preocupe. - Consolou Ian, afagando a cabeça de Alice.Alice assentiu, seguindo Ian em direção ao Jardim Azul.Vinte minutos depois.Eles chegaram ao local e foram conduzidos à mansão de William pelos seguranças, talvez após Breno ter anunciado a visita. Breno já aguardava eles do lado de fora. Ao ver Breno,
Breno se virou para Mavis, nervoso, descendo apressadamente do sofá para seguir ela. Subiram para o segundo andar um trás outro, Mavis percebeu que Breno estava atrás dela. Ela se virou, lançando um olhar de repulsa para Breno.- Por que está me seguindo? - Questionou Mavis.Breno apertou os punhos, seus olhos estavam cheios de medo. - Vou voltar para o quarto. - Respondeu ele.- Se quer ir, vá, mas não ande como um fantasma sem fazer barulho! - Gritou Mavis.Seu grito chamou a atenção das crianças no quarto. - Ian, tem uma mulher lá fora gritando, será que é a mãe do Breno? Ela parece bem brava, será que vai entrar? - Perguntou Alice, assustada.- Tranque a porta. - Instruiu Ian, com calma, olhando para a porta.- Trancar a porta faz barulho. - Disse Alice, apreensiva, franzindo os lábios.- Não faz. - Disse Ian, desviou o olhar, continuando a digitar no teclado. - Esta porta é uma trava silenciosa, tranque ela.Ele tinha alguns minutos para quebrar a senha do software e talvez des
Aquela mulher lá fora devia ser a noiva daquele canalha e ela não era a mãe biológica de Breno!- Certo, eu vou ajudar. Mas não podemos sair agora, senão Breno pode acabar sendo machucado ainda mais. - Falou Ian, baixinho, seu rosto bonito ficou sombrio.Eles não tinham força para enfrentar os adultos, eles precisam encontrar uma solução alternativa para ajudar Breno!Ian pegou seu mini computador, acessou o software e rapidamente encontrou o e-mail de William, enviando uma mensagem com uma identidade falsa.Fora do aeroporto da Serafim. William acabava de entrar no carro quando seu celular vibrou duas vezes.Ao ver um e-mail anônimo, ele franziu a testa e abriu.“William! Seu filho está sendo agredido pela mãe dele!”A simples frase fez os olhos escuros de William se congelarem num instante. “Quem é você?”, respondeu William. “Não importa quem eu sou, vá para o Jardim Azul e veja por si mesmo!” Ian achou irônico que ele ainda perguntasse quem era naquele momento.A lógica distorci
William exalava uma aura bastante fria, avançando de leve em direção a Mavis.Mavis ficou pálida de medo.“Ele não estava a trabalho? Como diabos voltou tão rápido?”, pensava Mavis.- Wi... William, você... Escute minha explicação... - Gagueou Mavis, recuando com medo.Antes que Mavis pudesse terminar, William ergueu a mão e apertou com força sua garganta.- Mavis, você cansou da vida? - Rugiu William. - Por consideração a você ser a mãe do Breno, eu nunca te machuquei! Mas você é capaz de ser tão cruel! Breno tem apenas cinco anos e você machucou ele assim! Você ainda é humana?O rosto de Mavis ficou vermelho pela falta de ar, ela tentou explicar entre lágrimas, mas a mão de William silenciou ela completamente.Enquanto o rosto de Mavis mudava de vermelho para branco, seus olhos reviravam para cima, só então William retirou a mão.Depois de recuperar o fôlego, Mavis tossiu violentamente, caindo no chão e segurando a garganta por um tempo antes de se recuperar.Ela olhou para William c
Liliane se sentiu envergonhada com o comentário.Nos últimos cinco anos, ela esteve ocupada com o trabalho, negligenciando os assuntos dos filhos.Isso resultou em sua completa falta de conhecimento sobre as contas de redes sociais deles.- Kerry, você tem a conta de redes sociais de Ian? - Perguntou Liliane, tocando no nariz.- Tenho. - Kerry pegou o celular, abriu a conversa de Ian e entregou para Liliane.Liliane enviou uma mensagem. “Ian, onde você está? Responda sua mãe assim que ver!” Depois de enviar a mensagem, Liliane pegou as chaves do carro.Ela olhou para Lucinda, que estava claramente culpada e ansiosa, tranquilizando ela. - Lucinda, vou até a delegacia, não se preocupe. - Consolou Liliane.- Lili, foi culpa minha por não cuidar bem das crianças. - Disse Lucinda, com os olhos vermelhos.- Não é sua culpa, Lucinda. As crianças têm suas próprias ideias. Vou verificar onde eles foram. - Disse Liliane. Com isso, Liliane olhou para Kerry, acrescentando. - Kerry, fique aqui e
Alice pulou rapidamente do sofá, espalhando os pés enquanto se dirigia para perto de Ian.No entanto, William estendeu a mão e segurou seu braço.- Eu vou levar vocês. - Sugeriu William, com voz grave.- Não é necessário, tio. - Recusou Ian, educado, indo à frente para segurar a mão de Alice. - Nós conseguimos nos virar sozinhos, podemos voltar por conta própria. - Não é seguro. - Disse William, encarando ele com frieza.- É muito seguro. - Ian continuou recusando. - Não precisa se preocupar conosco. - Já que você é tão capaz, então eu não vou acompanhar vocês. - Disse William, semicerrando os olhos.- Breno, estamos indo. Até logo. - Disse Ian, olhando para Breno.Breno assentiu em silêncio, observando os dois saírem do quarto.Enquanto isso, Liliane ainda estava na delegacia, checando as câmeras de tráfego e quase teve um ataque cardíaco ao ver os dois filhos chegarem ao Jardim Azul.Como eles acabaram entrando naquele lugar perigoso?Liliane estava preocupada. Agora, ela deveria i
Sem muitas opções com Alice, Liliane dirigiu seu olhar para Ian, que estava desfazendo a mochila. - Ian, venha aqui. - Chamou Liliane, com uma expressão séria.Ian, com uma expressão tranquila, se dirigiu com calma para Liliane.Antes que Liliane pudesse falar, Ian tomou a dianteira.- Mamãe, me desculpe. Eu levei Alice para encontrar um amigo. Fui errado em não informar com antecedência, mas mamãe, não se importaria se eu fizer amizade com os colegas, certo? - Disse Ian. O rosto delicado e elegante de Ian exalava um charme refinado, mas seus olhos, densos como tinta, estavam cheios de astúcia.Vendo a criança se desculpar tão sinceramente, Liliane pensou que o que mais ela podia dizer? Deveria dizer para não irem mais ao Jardim Azul encontrar aquele amigo?Mas aquele garoto não fez nada de errado!Eles poderiam perguntar por que ela estava tão relutante.- Considerando sua iniciativa em se desculpar, vou deixar passar desta vez. Mas, Ian, da próxima vez que sair, avise os adultos.