Breno se virou para Mavis, nervoso, descendo apressadamente do sofá para seguir ela. Subiram para o segundo andar um trás outro, Mavis percebeu que Breno estava atrás dela. Ela se virou, lançando um olhar de repulsa para Breno.- Por que está me seguindo? - Questionou Mavis.Breno apertou os punhos, seus olhos estavam cheios de medo. - Vou voltar para o quarto. - Respondeu ele.- Se quer ir, vá, mas não ande como um fantasma sem fazer barulho! - Gritou Mavis.Seu grito chamou a atenção das crianças no quarto. - Ian, tem uma mulher lá fora gritando, será que é a mãe do Breno? Ela parece bem brava, será que vai entrar? - Perguntou Alice, assustada.- Tranque a porta. - Instruiu Ian, com calma, olhando para a porta.- Trancar a porta faz barulho. - Disse Alice, apreensiva, franzindo os lábios.- Não faz. - Disse Ian, desviou o olhar, continuando a digitar no teclado. - Esta porta é uma trava silenciosa, tranque ela.Ele tinha alguns minutos para quebrar a senha do software e talvez des
Aquela mulher lá fora devia ser a noiva daquele canalha e ela não era a mãe biológica de Breno!- Certo, eu vou ajudar. Mas não podemos sair agora, senão Breno pode acabar sendo machucado ainda mais. - Falou Ian, baixinho, seu rosto bonito ficou sombrio.Eles não tinham força para enfrentar os adultos, eles precisam encontrar uma solução alternativa para ajudar Breno!Ian pegou seu mini computador, acessou o software e rapidamente encontrou o e-mail de William, enviando uma mensagem com uma identidade falsa.Fora do aeroporto da Serafim. William acabava de entrar no carro quando seu celular vibrou duas vezes.Ao ver um e-mail anônimo, ele franziu a testa e abriu.“William! Seu filho está sendo agredido pela mãe dele!”A simples frase fez os olhos escuros de William se congelarem num instante. “Quem é você?”, respondeu William. “Não importa quem eu sou, vá para o Jardim Azul e veja por si mesmo!” Ian achou irônico que ele ainda perguntasse quem era naquele momento.A lógica distorci
William exalava uma aura bastante fria, avançando de leve em direção a Mavis.Mavis ficou pálida de medo.“Ele não estava a trabalho? Como diabos voltou tão rápido?”, pensava Mavis.- Wi... William, você... Escute minha explicação... - Gagueou Mavis, recuando com medo.Antes que Mavis pudesse terminar, William ergueu a mão e apertou com força sua garganta.- Mavis, você cansou da vida? - Rugiu William. - Por consideração a você ser a mãe do Breno, eu nunca te machuquei! Mas você é capaz de ser tão cruel! Breno tem apenas cinco anos e você machucou ele assim! Você ainda é humana?O rosto de Mavis ficou vermelho pela falta de ar, ela tentou explicar entre lágrimas, mas a mão de William silenciou ela completamente.Enquanto o rosto de Mavis mudava de vermelho para branco, seus olhos reviravam para cima, só então William retirou a mão.Depois de recuperar o fôlego, Mavis tossiu violentamente, caindo no chão e segurando a garganta por um tempo antes de se recuperar.Ela olhou para William c
Liliane se sentiu envergonhada com o comentário.Nos últimos cinco anos, ela esteve ocupada com o trabalho, negligenciando os assuntos dos filhos.Isso resultou em sua completa falta de conhecimento sobre as contas de redes sociais deles.- Kerry, você tem a conta de redes sociais de Ian? - Perguntou Liliane, tocando no nariz.- Tenho. - Kerry pegou o celular, abriu a conversa de Ian e entregou para Liliane.Liliane enviou uma mensagem. “Ian, onde você está? Responda sua mãe assim que ver!” Depois de enviar a mensagem, Liliane pegou as chaves do carro.Ela olhou para Lucinda, que estava claramente culpada e ansiosa, tranquilizando ela. - Lucinda, vou até a delegacia, não se preocupe. - Consolou Liliane.- Lili, foi culpa minha por não cuidar bem das crianças. - Disse Lucinda, com os olhos vermelhos.- Não é sua culpa, Lucinda. As crianças têm suas próprias ideias. Vou verificar onde eles foram. - Disse Liliane. Com isso, Liliane olhou para Kerry, acrescentando. - Kerry, fique aqui e
Alice pulou rapidamente do sofá, espalhando os pés enquanto se dirigia para perto de Ian.No entanto, William estendeu a mão e segurou seu braço.- Eu vou levar vocês. - Sugeriu William, com voz grave.- Não é necessário, tio. - Recusou Ian, educado, indo à frente para segurar a mão de Alice. - Nós conseguimos nos virar sozinhos, podemos voltar por conta própria. - Não é seguro. - Disse William, encarando ele com frieza.- É muito seguro. - Ian continuou recusando. - Não precisa se preocupar conosco. - Já que você é tão capaz, então eu não vou acompanhar vocês. - Disse William, semicerrando os olhos.- Breno, estamos indo. Até logo. - Disse Ian, olhando para Breno.Breno assentiu em silêncio, observando os dois saírem do quarto.Enquanto isso, Liliane ainda estava na delegacia, checando as câmeras de tráfego e quase teve um ataque cardíaco ao ver os dois filhos chegarem ao Jardim Azul.Como eles acabaram entrando naquele lugar perigoso?Liliane estava preocupada. Agora, ela deveria i
Sem muitas opções com Alice, Liliane dirigiu seu olhar para Ian, que estava desfazendo a mochila. - Ian, venha aqui. - Chamou Liliane, com uma expressão séria.Ian, com uma expressão tranquila, se dirigiu com calma para Liliane.Antes que Liliane pudesse falar, Ian tomou a dianteira.- Mamãe, me desculpe. Eu levei Alice para encontrar um amigo. Fui errado em não informar com antecedência, mas mamãe, não se importaria se eu fizer amizade com os colegas, certo? - Disse Ian. O rosto delicado e elegante de Ian exalava um charme refinado, mas seus olhos, densos como tinta, estavam cheios de astúcia.Vendo a criança se desculpar tão sinceramente, Liliane pensou que o que mais ela podia dizer? Deveria dizer para não irem mais ao Jardim Azul encontrar aquele amigo?Mas aquele garoto não fez nada de errado!Eles poderiam perguntar por que ela estava tão relutante.- Considerando sua iniciativa em se desculpar, vou deixar passar desta vez. Mas, Ian, da próxima vez que sair, avise os adultos.
“Às 13h de amanhã, na caixa de correio do prédio 2 da Mansão Baía, haverá duas escovas de dentes. Faça a comparação de DNA para mim. Preciso dos resultados o mais rápido possível.” Após isso, Ian retirou o celular de um compartimento na parte inferior da mochila e transferiu vinte mil para a pessoa.Na outra sala, Liliane também estava trabalhando no computador. Novitex enviou a ela outro e-mail, cheio de vantagens que a empresa poderia oferecer, até mesmo acrescentando no final: Se achar insuficiente, pode fazer exigências. Liliane soltou um risada fria, pensando que, no passado, teria cedido diante de um salário anual de milhões. No entanto, agora, bastava criar uma peça de roupa, transformar ela em peças prontas para vender e gerar milhões em vendas. Queriam contratar ela? Sonhem!“Não discuto.”, ela respondeu sucintamente.Sua mensagem foi rapidamente recebida por Jorge. Assim que ela respondeu, Jorge enviou outra mensagem.“Posso perguntar, há algo que não satisfaça você?”
Breno desviou o olhar, permanecendo em silêncio. A atmosfera dentro do carro era pesada e estranha, deixando William incomodado. Dada sua ausência de tempo com a criança e a estranheza percebida em Breno desde o encontro com aquelas duas crianças.Breno estava mais quieto, menos sorridente e até sua voz parecia melancólica. Antes, William achava que a diferença de personalidade entre eles era a razão, mas agora percebia que Breno poderia estar sendo vítima de intimidação por parte de Mavis!William, preocupado, decidiu que seria necessário levar Breno a um psicólogo se houvesse sinais de problemas psicológicos.Se realmente houvesse um problema psicológico com Breno, William não deixaria Mavis impune. De repente, o celular tocou, interrompendo os pensamentos de William. Ao atender, o outro lado começou a falar.- Sr. William! Temos um problema grave, a rede da empresa foi invadida por hackers! - Avisou o outro lado. - Em vez de me ligar, deveria consertar urgentemente! - Respond