Breno desviou o olhar, permanecendo em silêncio. A atmosfera dentro do carro era pesada e estranha, deixando William incomodado. Dada sua ausência de tempo com a criança e a estranheza percebida em Breno desde o encontro com aquelas duas crianças.Breno estava mais quieto, menos sorridente e até sua voz parecia melancólica. Antes, William achava que a diferença de personalidade entre eles era a razão, mas agora percebia que Breno poderia estar sendo vítima de intimidação por parte de Mavis!William, preocupado, decidiu que seria necessário levar Breno a um psicólogo se houvesse sinais de problemas psicológicos.Se realmente houvesse um problema psicológico com Breno, William não deixaria Mavis impune. De repente, o celular tocou, interrompendo os pensamentos de William. Ao atender, o outro lado começou a falar.- Sr. William! Temos um problema grave, a rede da empresa foi invadida por hackers! - Avisou o outro lado. - Em vez de me ligar, deveria consertar urgentemente! - Respond
O coração de William se enchia de orgulho, mas também de um pouco de culpa. Como ele pôde negligenciar seu filho ao ponto de descobrir só agora que ele era um talento raro?William reprimiu suas emoções e focou na localização no computador. Apartamento Internacional da Serafim?Será que Mavis estava por trás disso?William cerrou o punho, seus olhos escuros ficaram ainda mais sombrios. Será que ela fez isso porque ele não deu dinheiro suficiente? Como ela ousava invadir sua empresa usando métodos tão desprezíveis?Breno, vendo a expressão feia do seu pai, soltou um suspiro de alívio. Chegaram ao infantário cinco minutos depois.Breno entrou na sala de aula, encontrando Ian e encarou ele de forma indiferente. - Você não deveria ter feito isso. - Comentou Breno.Ian levantou os olhos, sorrindo para Breno. - O que você está dizendo? Não entendi. - Disse Ian.- Você invadiu a rede da empresa do meu pai. - Respondeu Breno.- Como você sabe que fui eu? - Perguntou Ian, sem se abalar.
Liliane suspirou aliviada, com Kerry ao seu lado, as preocupações dela diminuíram consideravelmente. Nas próximas duas horas, ela imediatamente procurou online por fábricas de roupas disponíveis para compra. Após marcar encontros com três delas, Liliane foi buscar os filhos na escola primária.Quinze minutos depois. Ela estacionou em frente à escola primária.Chegou cedo, ainda faltavam dez minutos para a saída. Ao sair do carro, ela avistou Mavis.Mavis chegou apressada à porta da escola e logo a professora Helena apareceu com Breno. Mavis tentou segurar a mão de Breno, mas ele se afastou de imediato.- Breno! Seu pai pediu para eu te buscar. Pode cooperar? - Perguntou Mavis, paciente.- Não. - Breno segurou com firmeza a mão de Helena, se recusando a soltar.Helena, embaraçada, se agachou e tentou persuadir.- Breno, sua mãe está aqui para te buscar. Vá para casa primeiro, está bem? - Disse Helena, com voz suave.- Não quero. - Recusou Breno, de maneira breve, apertando os lábios
Liliane ficou meio surpresa, mas logo se recompôs. Era normal que a criança, sentindo ressentimento pela mãe, tomasse atitudes para se distanciar. - Está bem, você diz o que quiser. Vá de volta para a escola e espere seu pai te buscar, tudo bem? - Disse Liliane, com um sorriso, colocando Breno no chão.Liliane fez questão de separar os ressentimentos, não sendo mesquinha o suficiente para envolver uma criança nessa situação. Além disso, ao lidar com esse garoto, ela sempre sentia algo estranho, algo que não conseguia resistir, algo que fazia ela ser mais complacente.Breno, prometendo a Ian que não causaria problemas à mãe, apenas olhou para Liliane com um pouco de relutância antes de se dirigir de volta à escola.Quando o horário da saída chegou, Liliane pegou os dois filhos e colocou eles no carro. No entanto, ela não partiu imediatamente, esperou até William aparecer.- É o pai irresponsável... - Disse Alice.Ela apontou na direção de William, mas suas palavras foram abafadas por
- Certamente não foi Mavis que bateu. Mavis é gentil, doce e atenciosa, jamais seria capaz de bater em uma criança! - Defendeu Gilberto, seus cantos de boca se apertaram.William já esperava que Gilberto diria algo assim. Ele ergueu o queixo na direção de Jorge, que prontamente exibiu outro vídeo.No vídeo, Mavis estava na sala, espancando Breno na frente de duas empregadas. Sua expressão contorcida e feições sinistras fizeram Gilberto tremer de horror.- Quer continuar defendendo ela? - A expressão de William ficou aterrorizante. Ao assistir o vídeo, ele desejou matar Mavis.No entanto, deixar ela morrer seria dar a ela uma saída fácil demais.O rosto de Gilberto ficou sombrio. Ele afastou Jorge e foi até Mavis sem dizer uma palavra. Sem hesitar, deu dois tapas sonoros no rosto dela.Mavis, já tonta, agora balançava depois de ser golpeada à força por Gilberto. - Vo... Vovô? - Disse Mavis, com voz trêmula, olhando para ele com incredulidade.- Insano! - Gilberto gritou furioso. - E
Liliane não percebeu o que Ian queria dizer. - Eu sei. - Respondeu ela, atordoada.- Então, mamãe, você sabe que Breno não é filho da mulher ruim? - Perguntou Ian.A mente de Liliane ficou vazia por um momento. O que ele queria dizer com “não é filho da mulher ruim”? Mavis não estava grávida naquela época?Liliane franziu o cenho, seu rosto estava ligeiramente sombrio. - Ian, o que você sabe? - Perguntou ela.O rosto pequeno de Ian estava cheio de sorrisos. - Mamãe, que tal fazer um teste de DNA com Breno? - Sugeriu Ian.A respiração de Liliane ficou desordenada num instante. O que ele queria dizer com “fazer um teste de DNA com Breno”? O que as duas crianças sabiam? O que estavam escondendo dela?Seu primeiro filho não deveria ter morrido?O sangue em Liliane circulou rapidamente, seus olhos também ficaram vermelhos. Ela levantou a mão trêmula em direção a Breno. - Você é meu filho? - Perguntou Liliane, com a voz quase rouca.Liliane não se atreveu a admitir. Ela tinha acabado
Por que eles tratariam assim uma criança? Toda a inocência e encanto que uma criança deveria ter, em Breno, não era possível encontrar.Os olhos de Liliane ficaram vermelhos e a animosidade entre ela e Mavis aumentou ainda mais! Eduardo acariciou o rosto pequeno de Breno. - Breno, tanto eu quanto sua mãe, Lucinda, Ian e Alice, todos gostamos muito de você. Vamos corrigir o que você precisa. Mas agora, eu gostaria de levar você de volta ao Jardim Azul, tudo bem? - Disse Eduardo.- Eduardo! - Chamou Liliane, emocionada. - Não podemos mandar Breno embora! Eu não quero que ele volte para aquela casa fria! - Lili, agora não é hora para impulsos. Breno precisa voltar, ou William pode ficar desconfiado, expondo você. Ele pode não agir contra você, mas você pode garantir que a família Gabalto não fará nada? - Falou Eduardo, suspirando.Ao ouvir a última frase do tio, Ian estreitou de leve os olhos. Ele tinha mais algumas coisas para resolver além disso. Quanta injustiça sua mãe sofreu ant
Eduardo levou Breno de volta ao Jardim Azul. - Breno, você culpa eu por não deixar você ficar? - Perguntou Eduardo, ao Breno no caminho.- Não culpo. - Respondeu Breno, obedientemente. - Poder conhecer minha mãe já me deixa muito satisfeito.Ele não queria causar problemas para sua mãe e ficar no Jardim Azul permitiria que ele vigiasse as ações de seu pai. Enquanto sua mãe não quisesse encontrar seu pai, ele iria impedir. O que quer que sua mãe dissesse, ele aceitaria.Eduardo ficou em silêncio por um momento. - Breno, eu e sua mamãe estamos sem escolha, há coisas que não podemos te contar muito. Mas você precisa acreditar que nós nos importamos muito com você. - Disse Eduardo.O coração de Breno estava cheio de alegria. Ele podia ver que sua mãe realmente se importava com ele. Ao mesmo tempo, ele estava curioso sobre o que aconteceu entre seu pai e sua mãe....Assim que Breno retornou ao Jardim Azul, William voltou. A aura impetuosa em torno dele assustou Breno. Seu pai descob