Alice pulou rapidamente do sofá, espalhando os pés enquanto se dirigia para perto de Ian.No entanto, William estendeu a mão e segurou seu braço.- Eu vou levar vocês. - Sugeriu William, com voz grave.- Não é necessário, tio. - Recusou Ian, educado, indo à frente para segurar a mão de Alice. - Nós conseguimos nos virar sozinhos, podemos voltar por conta própria. - Não é seguro. - Disse William, encarando ele com frieza.- É muito seguro. - Ian continuou recusando. - Não precisa se preocupar conosco. - Já que você é tão capaz, então eu não vou acompanhar vocês. - Disse William, semicerrando os olhos.- Breno, estamos indo. Até logo. - Disse Ian, olhando para Breno.Breno assentiu em silêncio, observando os dois saírem do quarto.Enquanto isso, Liliane ainda estava na delegacia, checando as câmeras de tráfego e quase teve um ataque cardíaco ao ver os dois filhos chegarem ao Jardim Azul.Como eles acabaram entrando naquele lugar perigoso?Liliane estava preocupada. Agora, ela deveria i
Sem muitas opções com Alice, Liliane dirigiu seu olhar para Ian, que estava desfazendo a mochila. - Ian, venha aqui. - Chamou Liliane, com uma expressão séria.Ian, com uma expressão tranquila, se dirigiu com calma para Liliane.Antes que Liliane pudesse falar, Ian tomou a dianteira.- Mamãe, me desculpe. Eu levei Alice para encontrar um amigo. Fui errado em não informar com antecedência, mas mamãe, não se importaria se eu fizer amizade com os colegas, certo? - Disse Ian. O rosto delicado e elegante de Ian exalava um charme refinado, mas seus olhos, densos como tinta, estavam cheios de astúcia.Vendo a criança se desculpar tão sinceramente, Liliane pensou que o que mais ela podia dizer? Deveria dizer para não irem mais ao Jardim Azul encontrar aquele amigo?Mas aquele garoto não fez nada de errado!Eles poderiam perguntar por que ela estava tão relutante.- Considerando sua iniciativa em se desculpar, vou deixar passar desta vez. Mas, Ian, da próxima vez que sair, avise os adultos.
“Às 13h de amanhã, na caixa de correio do prédio 2 da Mansão Baía, haverá duas escovas de dentes. Faça a comparação de DNA para mim. Preciso dos resultados o mais rápido possível.” Após isso, Ian retirou o celular de um compartimento na parte inferior da mochila e transferiu vinte mil para a pessoa.Na outra sala, Liliane também estava trabalhando no computador. Novitex enviou a ela outro e-mail, cheio de vantagens que a empresa poderia oferecer, até mesmo acrescentando no final: Se achar insuficiente, pode fazer exigências. Liliane soltou um risada fria, pensando que, no passado, teria cedido diante de um salário anual de milhões. No entanto, agora, bastava criar uma peça de roupa, transformar ela em peças prontas para vender e gerar milhões em vendas. Queriam contratar ela? Sonhem!“Não discuto.”, ela respondeu sucintamente.Sua mensagem foi rapidamente recebida por Jorge. Assim que ela respondeu, Jorge enviou outra mensagem.“Posso perguntar, há algo que não satisfaça você?”
Breno desviou o olhar, permanecendo em silêncio. A atmosfera dentro do carro era pesada e estranha, deixando William incomodado. Dada sua ausência de tempo com a criança e a estranheza percebida em Breno desde o encontro com aquelas duas crianças.Breno estava mais quieto, menos sorridente e até sua voz parecia melancólica. Antes, William achava que a diferença de personalidade entre eles era a razão, mas agora percebia que Breno poderia estar sendo vítima de intimidação por parte de Mavis!William, preocupado, decidiu que seria necessário levar Breno a um psicólogo se houvesse sinais de problemas psicológicos.Se realmente houvesse um problema psicológico com Breno, William não deixaria Mavis impune. De repente, o celular tocou, interrompendo os pensamentos de William. Ao atender, o outro lado começou a falar.- Sr. William! Temos um problema grave, a rede da empresa foi invadida por hackers! - Avisou o outro lado. - Em vez de me ligar, deveria consertar urgentemente! - Respond
O coração de William se enchia de orgulho, mas também de um pouco de culpa. Como ele pôde negligenciar seu filho ao ponto de descobrir só agora que ele era um talento raro?William reprimiu suas emoções e focou na localização no computador. Apartamento Internacional da Serafim?Será que Mavis estava por trás disso?William cerrou o punho, seus olhos escuros ficaram ainda mais sombrios. Será que ela fez isso porque ele não deu dinheiro suficiente? Como ela ousava invadir sua empresa usando métodos tão desprezíveis?Breno, vendo a expressão feia do seu pai, soltou um suspiro de alívio. Chegaram ao infantário cinco minutos depois.Breno entrou na sala de aula, encontrando Ian e encarou ele de forma indiferente. - Você não deveria ter feito isso. - Comentou Breno.Ian levantou os olhos, sorrindo para Breno. - O que você está dizendo? Não entendi. - Disse Ian.- Você invadiu a rede da empresa do meu pai. - Respondeu Breno.- Como você sabe que fui eu? - Perguntou Ian, sem se abalar.
Liliane suspirou aliviada, com Kerry ao seu lado, as preocupações dela diminuíram consideravelmente. Nas próximas duas horas, ela imediatamente procurou online por fábricas de roupas disponíveis para compra. Após marcar encontros com três delas, Liliane foi buscar os filhos na escola primária.Quinze minutos depois. Ela estacionou em frente à escola primária.Chegou cedo, ainda faltavam dez minutos para a saída. Ao sair do carro, ela avistou Mavis.Mavis chegou apressada à porta da escola e logo a professora Helena apareceu com Breno. Mavis tentou segurar a mão de Breno, mas ele se afastou de imediato.- Breno! Seu pai pediu para eu te buscar. Pode cooperar? - Perguntou Mavis, paciente.- Não. - Breno segurou com firmeza a mão de Helena, se recusando a soltar.Helena, embaraçada, se agachou e tentou persuadir.- Breno, sua mãe está aqui para te buscar. Vá para casa primeiro, está bem? - Disse Helena, com voz suave.- Não quero. - Recusou Breno, de maneira breve, apertando os lábios
Liliane ficou meio surpresa, mas logo se recompôs. Era normal que a criança, sentindo ressentimento pela mãe, tomasse atitudes para se distanciar. - Está bem, você diz o que quiser. Vá de volta para a escola e espere seu pai te buscar, tudo bem? - Disse Liliane, com um sorriso, colocando Breno no chão.Liliane fez questão de separar os ressentimentos, não sendo mesquinha o suficiente para envolver uma criança nessa situação. Além disso, ao lidar com esse garoto, ela sempre sentia algo estranho, algo que não conseguia resistir, algo que fazia ela ser mais complacente.Breno, prometendo a Ian que não causaria problemas à mãe, apenas olhou para Liliane com um pouco de relutância antes de se dirigir de volta à escola.Quando o horário da saída chegou, Liliane pegou os dois filhos e colocou eles no carro. No entanto, ela não partiu imediatamente, esperou até William aparecer.- É o pai irresponsável... - Disse Alice.Ela apontou na direção de William, mas suas palavras foram abafadas por
- Certamente não foi Mavis que bateu. Mavis é gentil, doce e atenciosa, jamais seria capaz de bater em uma criança! - Defendeu Gilberto, seus cantos de boca se apertaram.William já esperava que Gilberto diria algo assim. Ele ergueu o queixo na direção de Jorge, que prontamente exibiu outro vídeo.No vídeo, Mavis estava na sala, espancando Breno na frente de duas empregadas. Sua expressão contorcida e feições sinistras fizeram Gilberto tremer de horror.- Quer continuar defendendo ela? - A expressão de William ficou aterrorizante. Ao assistir o vídeo, ele desejou matar Mavis.No entanto, deixar ela morrer seria dar a ela uma saída fácil demais.O rosto de Gilberto ficou sombrio. Ele afastou Jorge e foi até Mavis sem dizer uma palavra. Sem hesitar, deu dois tapas sonoros no rosto dela.Mavis, já tonta, agora balançava depois de ser golpeada à força por Gilberto. - Vo... Vovô? - Disse Mavis, com voz trêmula, olhando para ele com incredulidade.- Insano! - Gilberto gritou furioso. - E