À noite.Marcela foi jantar, Liliane e Eduardo prepararam uma mesa farta de delícias.Assim que Marcela chegou, Alice abraçou ela imediatamente.- Madrinha! - Chamou Alice, com voz suave.- Ai, Alice! Senti tanto a sua falta! Me deixe te dar um beijo! - Disse Marcela, abraçando ela.Alice colaborou, colando seu rosto pequeno perto dela.Depois de beijar Alice, Marcela voltou sua atenção para Ian.- Ian, estou aqui e você fica aí parado, pode aprender um pouco com sua irmã! - Disse Marcela, fingindo estar brava.- Mamãe disse que homens e mulheres não devem se beijar. - Respondeu Ian, calmo como sempre.Marcela ficou sem palavrasIan se parecia tanto com William!- Mãe-dependente. - Resmungou Marcela.- Isso significa que eu amo minha mãe e me orgulho disso. - Retrucou Ian, tranquilamente, exibindo um orgulho claro em seu rosto delicado.Marcela, com raiva, olhou para Liliane. - Liliane! Você ensinou muito bem seu filho! - Reclamou Marcela.Liliane, segurando o último prato, o colocou
Um de setembro.Liliane acordou cedo para preparar o café da manhã para suas duas crianças e levou eles para o infantário.Ao chegar à entrada do infantário, Liliane levou seus filhos para dentro.No caminho, havia crianças chorando sem parar.Ao contrário, Alice e Ian estavam surpreendentemente comportados.- Mamãe, a escola é assustadora? Por que eles estão chorando. - Disse Alice, beliscando a mão de Liliane.Liliane estava prestes a explicar quando Ian se adiantou.- Não há professores canibais na escola. Nenhum diretor que brinque com chibata. Alice, não se preocupe com isso. - Disse Ian, com um sorriso leve nos lábios, olhando para Alice.Liliane queria apoiar a cabeça. Ian estava acalmando Alice ou assustando Alice?- Você está tentando me assustar novamente! Eu não sou criada com histórias de terror! - Disse Alice, inflando as bochechas.- Claro. - Disse Ian, sorrindo. - Você cresceu desenhando mapas. Alice, incapaz de argumentar, olhou para Liliane em busca de ajuda.- Mamãe,
Ao ouvir a voz, os olhos negros de William se estreitaram. - Quem é você? - Perguntou William.Liliane mal pôde evitar reclamar no seu coração.Será que ele tinha algum problema sério? Logo de cara, perguntava a um estranho quem era.- Senhor, não nos conhecemos, certo? Perguntar assim não é um pouco rude? - Disse Liliane.William semicerrou os olhos, mudando a abordagem. - Meu filho estuda aqui e, diante de uma mulher que esconde até o rosto, agindo de maneira suspeita, tenho o direito de perguntar sobre a segurança do meu filho. - Disse William.Liliane ficou sem palavras. A desculpa era perfeita demais!- Desculpe! - Desculpou Liliane. - Eu tive alergia no rosto recentemente e evitei mostrar minha face com medo de assustar as pessoas. Se você quiser saber quem sou, talvez devesse investigar com o diretor.Depois de dizer isso, Liliane saiu pelo caminho mais longo.As informações que ela forneceu na inscrição eram falsas, então não havia com o que se preocupar caso William descob
- Professora? - Atendeu Liliane, apressadamente.- Sra. Marques, poderia vir à escola? Aconteceu que Alice se envolveu em uma briga com um colega e o rosto dele foi arranhado até sangrar. - Avisou Helena.Liliane sentiu um aperto no coração. - Como está Alice? O que aconteceu com ela? - Perguntou Liliane.- Alice está bem, não se preocupe. - Respondeu Helena.- Estou indo agora. - Disse Liliane.Após encerrar a ligação, Liliane se apressou para a escola.A empresa não ficava longe da escola infantil, apenas a 15 minutos de carro.Liliane entrou na escola e caminhou rapidamente em direção ao escritório da professora.Ao chegar à porta, ouviu uma mulher resmungando alto.- Que tipo de alunos essa escola aceita? Vocês ousam aceitar crianças sem educação e sem modos? Isso precisa ser explicado e os pais dela devem pagar por isso! - Xingou a mulher. Depois de insultar, ela acrescentou de maneira zombeteira. - Uma bastarda sem pai! Liliane apertou com firmeza as mãos, entrou no escritório
- Pague! Não peço muito, apenas cinco milhões! Nem um centavo a menos! - Resmungou a mulher gorda, com frieza.- Cinco milhões como compensação pelo trauma psicológico de uma criança não é caro. - Comentou Liliane, sorrindo de leve.- Você pode pagar? - Perguntou a mulher gorda, surpresa.- Claro que posso. Mas agora, não seria hora de calcular a compensação pelo trauma psicológico dos meus filhos também? - Retrucou Liliane.A mulher gorda mudou de expressão num instante. - Seus filhos estão bem, por que deveríamos calcular isso? - Questionou a mulher gorda.- Precisa que eu revise as filmagens? Me lembro de você insultando minhas crianças como bastarda sem pai. As palavras podem ser tão prejudiciais quanto a violência. Eu não peço muito, apenas dez milhões para compensar o trauma psicológico de ambos os meus filhos. - Disse Liliane, olhando para as câmeras de vigilância no escritório.A mulher robusta se levantou abruptamente, apontando com raiva para Liliane.- Claro que foi sua fil
Liliane deu um sorriso frio, se inclinando para pegar as mãos das duas crianças. - Há muitas pessoas no mundo com traços faciais semelhantes! A menos que haja algo importante, por favor, pare de fazer essas perguntas tão absurdas! - Disse Liliane.Dizendo isso, Liliane levou as crianças para longe de William e saiu.Ao ver as costas dos três, William ficou com o rosto extremamente sombrio.Mesmo que ela não admitisse, ele ainda acreditava que aquela mulher era Liliane!Mas ele não ousava tirar os óculos dela!Ele tinha medo de que, no final, visse um rosto desconhecido!Fora do prédio escolar. Liliane levou as crianças de volta ao carro com passos apressados.Ao ligar o carro para sair, ela engatou as marchas erradas várias vezes.- Mamãe, o que aconteceu? Por que está tremendo? Aquele senhor é seu amigo? - Perguntou Alice, franzindo a testa.- Não é um amigo! Eu não conheço ele! - Respondeu Liliane, de maneira desconfortável, ao ouvir a pergunta de Alice.Ian arqueou uma sobrancelha
- Acho que logo ele vai me reconhecer. - Admitiu Liliane, olhando para Lucinda.- Sr. William? - Pergunto Lucinda, surpresa. Liliane assentiu, contando a Lucinda o que aconteceu no infantário hoje.- Lili, isso é inevitável. Além disso, acho que mesmo se ele descobrir, não é algo ruim. - Comentou Lucinda, suspirando.- Tenho medo de que ele impeça minha vingança. Afinal, Mavis é a mãe biológica do filho dele. - Disse Liliane, preocupada. - Não é bem assim. - Disse Lucinda, puxando Liliane para se sentar. - Eu já te disse antes, Sr. William passou por um momento muito difícil. Quando alguém desenvolve sentimentos por você, ele vai te apoiar em qualquer coisa que faça. Mesmo que haja preocupações, ele vai favorecer você.Liliane ficou em silêncio, embora Lucinda tivesse dito isso, ela ainda não conseguia esquecer o que havia acontecido no passado.William duvidou da gravidez dela e depois tentou tirar o filho dela através de terceiros. Com aqueles fatos, ela não conseguia perdoar ele.
As mãos pequenas de Breno apertaram a roupa, sem responder às palavras de Alice. Ele não queria que eles vissem como Mavis tratava ele.Vendo Breno calado, Alice rolou os olhos. - Parece que você não quer ser meu amigo. Se eu soubesse, não teria te ajudado da última vez! - Disse Alice.Ian, segurando o riso, observava Alice usando sua técnica de provocação.O belo rosto de Breno se enrugou com culpa e confusão ao mesmo tempo.- Vocês podem vir ao Jardim Azul no sábado. - Disse Breno.Alice imediatamente abriu um sorriso doce, estendendo seu pequeno polegar para Breno. - Está combinado, sábado nós vamos te visitar! - Concordou Alice.Breno, ao ver o polegar dela, ficou atordoado. Nervoso, apertou levemente a mão antes de conectar seu dedo ao dela. - Está bem. - Falou Breno.À noite, Jorge entregou a William as informações que conseguiu. Uma era sobre os pais dos alunos da escola, outra sobre Liliane.William pegou a informação sobre Liliane, ao ver, franziu a testa. - Lívia Marque