- Lili, você consegue resolver sozinha? – Perguntou Eduardo, preocupado, erguendo seu rosto charmoso.- Não posso deixar você sempre me acompanhando. Além disso, quero dar uma olhada na escola particular para a Alice e o Ian. Eles estão na idade de estudar agora. – Respondeu Liliane, sorrindo de leve.Antes de voltar ao país, ela já havia pesquisado escolas online. Embora estivesse tentada a escolher uma imediatamente, decidiu visitar as escolas para garantir.- Tudo bem, então eu não vou com você. Evitamos olhares curiosos. – Disse Eduardo, resignado.Liliane assentiu, se arrumou um pouco e se despediu dos dois filhos antes de sair.Quando a porta se fechou, Ian levantou os olhos para observar Eduardo, que estava ocupado brincando de casinha com Alice. Então, suas mãos delicadas voaram sobre o teclado.A página do jogo foi rapidamente substituída pela interface de login de um site de uma organização de hackers.Logo, uma mensagem apareceu. O remetente era Ang.“Preciso de ajuda, di
Um som abafado ressoou e Liliane soltou um gemido abafado de dor.Breno, deitado em seu colo, ficou tenso ao ouvir o som estranho e levantou a cabeça rapidamente.Seu olhar, cheio de incredulidade, encontrou Liliane.Liliane segurava Breno com uma mão e massageava as costas doloridas com a outra, após o impacto.Com a boca torcida, ela se endireitou, priorizando verificar se Breno estava ferido.- Pequeno, você está bem? - Perguntou Liliane.A mente de Breno reagiu rapidamente, mas seu corpo parecia congelado.Ao sentir o suave aroma que vinha de Liliane, as inquietações acumuladas em seu coração pareciam desaparecer.Ele normalmente evitava contato humano, mas não com ela.Ela, mesmo após cair, estava preocupada com ele...Liliane, perplexa, olhou para ele. - Pequeno? Alguma dor? - Continuou Liliane.Os olhos escuros de Breno ficaram frios de repente, ele rapidamente se afastou de Liliane.Com os lábios cerrados, ele baixou a cabeça e agradeceu a ela, quase inaudível. Então, se viro
- Estou indo agora mesmo! - Disse Marcela.- Marcela! - Falou Liliane, apressadamente. - Não deixe que as pessoas dele percebam. - Eu nem sabia que William tinha tanta paciência! A grama sobre seu túmulo foi arrancada há cinco anos! Como é que ele ainda é tão obstinado? - Resmungou Marcela, ao celular.- Desculpe por te envolver nisso. - Desculpou Liliane.- Ah, eu só estou falando! - Brincou Marcela. - De qualquer forma, ele não vai descobrir que estou me comunicando com você, não é? - Vou te enviar minha localização, nos vemos lá. - Disse Liliane, com um sorriso.- Ok. - Respondeu Liliane, desligando a chamada.Ao abrir a porta de casa, Liliane ouviu a risada contínua de Alice na sala.Um sorriso apareceu nos lábios de Liliane ao ver Alice se divertindo. - Alice, estou de volta. - Disse Liliane.Alice olhou para a porta, largou imediatamente seus brinquedos e correu na direção de Liliane.- Mamãe, bem-vinda de volta! Já decidimos para qual escola eu vou? Posso ir para o mesmo infa
À noite.Marcela foi jantar, Liliane e Eduardo prepararam uma mesa farta de delícias.Assim que Marcela chegou, Alice abraçou ela imediatamente.- Madrinha! - Chamou Alice, com voz suave.- Ai, Alice! Senti tanto a sua falta! Me deixe te dar um beijo! - Disse Marcela, abraçando ela.Alice colaborou, colando seu rosto pequeno perto dela.Depois de beijar Alice, Marcela voltou sua atenção para Ian.- Ian, estou aqui e você fica aí parado, pode aprender um pouco com sua irmã! - Disse Marcela, fingindo estar brava.- Mamãe disse que homens e mulheres não devem se beijar. - Respondeu Ian, calmo como sempre.Marcela ficou sem palavrasIan se parecia tanto com William!- Mãe-dependente. - Resmungou Marcela.- Isso significa que eu amo minha mãe e me orgulho disso. - Retrucou Ian, tranquilamente, exibindo um orgulho claro em seu rosto delicado.Marcela, com raiva, olhou para Liliane. - Liliane! Você ensinou muito bem seu filho! - Reclamou Marcela.Liliane, segurando o último prato, o colocou
Um de setembro.Liliane acordou cedo para preparar o café da manhã para suas duas crianças e levou eles para o infantário.Ao chegar à entrada do infantário, Liliane levou seus filhos para dentro.No caminho, havia crianças chorando sem parar.Ao contrário, Alice e Ian estavam surpreendentemente comportados.- Mamãe, a escola é assustadora? Por que eles estão chorando. - Disse Alice, beliscando a mão de Liliane.Liliane estava prestes a explicar quando Ian se adiantou.- Não há professores canibais na escola. Nenhum diretor que brinque com chibata. Alice, não se preocupe com isso. - Disse Ian, com um sorriso leve nos lábios, olhando para Alice.Liliane queria apoiar a cabeça. Ian estava acalmando Alice ou assustando Alice?- Você está tentando me assustar novamente! Eu não sou criada com histórias de terror! - Disse Alice, inflando as bochechas.- Claro. - Disse Ian, sorrindo. - Você cresceu desenhando mapas. Alice, incapaz de argumentar, olhou para Liliane em busca de ajuda.- Mamãe,
Ao ouvir a voz, os olhos negros de William se estreitaram. - Quem é você? - Perguntou William.Liliane mal pôde evitar reclamar no seu coração.Será que ele tinha algum problema sério? Logo de cara, perguntava a um estranho quem era.- Senhor, não nos conhecemos, certo? Perguntar assim não é um pouco rude? - Disse Liliane.William semicerrou os olhos, mudando a abordagem. - Meu filho estuda aqui e, diante de uma mulher que esconde até o rosto, agindo de maneira suspeita, tenho o direito de perguntar sobre a segurança do meu filho. - Disse William.Liliane ficou sem palavras. A desculpa era perfeita demais!- Desculpe! - Desculpou Liliane. - Eu tive alergia no rosto recentemente e evitei mostrar minha face com medo de assustar as pessoas. Se você quiser saber quem sou, talvez devesse investigar com o diretor.Depois de dizer isso, Liliane saiu pelo caminho mais longo.As informações que ela forneceu na inscrição eram falsas, então não havia com o que se preocupar caso William descob
- Professora? - Atendeu Liliane, apressadamente.- Sra. Marques, poderia vir à escola? Aconteceu que Alice se envolveu em uma briga com um colega e o rosto dele foi arranhado até sangrar. - Avisou Helena.Liliane sentiu um aperto no coração. - Como está Alice? O que aconteceu com ela? - Perguntou Liliane.- Alice está bem, não se preocupe. - Respondeu Helena.- Estou indo agora. - Disse Liliane.Após encerrar a ligação, Liliane se apressou para a escola.A empresa não ficava longe da escola infantil, apenas a 15 minutos de carro.Liliane entrou na escola e caminhou rapidamente em direção ao escritório da professora.Ao chegar à porta, ouviu uma mulher resmungando alto.- Que tipo de alunos essa escola aceita? Vocês ousam aceitar crianças sem educação e sem modos? Isso precisa ser explicado e os pais dela devem pagar por isso! - Xingou a mulher. Depois de insultar, ela acrescentou de maneira zombeteira. - Uma bastarda sem pai! Liliane apertou com firmeza as mãos, entrou no escritório
- Pague! Não peço muito, apenas cinco milhões! Nem um centavo a menos! - Resmungou a mulher gorda, com frieza.- Cinco milhões como compensação pelo trauma psicológico de uma criança não é caro. - Comentou Liliane, sorrindo de leve.- Você pode pagar? - Perguntou a mulher gorda, surpresa.- Claro que posso. Mas agora, não seria hora de calcular a compensação pelo trauma psicológico dos meus filhos também? - Retrucou Liliane.A mulher gorda mudou de expressão num instante. - Seus filhos estão bem, por que deveríamos calcular isso? - Questionou a mulher gorda.- Precisa que eu revise as filmagens? Me lembro de você insultando minhas crianças como bastarda sem pai. As palavras podem ser tão prejudiciais quanto a violência. Eu não peço muito, apenas dez milhões para compensar o trauma psicológico de ambos os meus filhos. - Disse Liliane, olhando para as câmeras de vigilância no escritório.A mulher robusta se levantou abruptamente, apontando com raiva para Liliane.- Claro que foi sua fil