Inúmeras pessoas olhavam para ela.No entanto, naquele momento, Valentina não conseguia prestar atenção nos olhares. Contava novamente aquela sequência de zeros, cobrindo a boca com as mãos, em choque.Um bilhão...Era realmente um bilhão!Mas de onde veio tanto dinheiro?Rapidamente, o choque nos olhos de Valentina se transformou em pavor.- Deu problema, deu problema. - Disse Valentina, guardando o celular e falando para o marido, um gigolô de primeira linha, do outro lado da mesa. - Preciso ir agora.Ela precisava ir ao banco urgentemente para entender o que estava acontecendo com aquele dinheiro.Mas justo quando estava prestes a sair, Mateus a segurou.Ele havia observado cada uma de suas reações e agora, com um sorriso nos olhos, puxou Valentina de volta para se sentar.Só então Mateus falou:- O que é tão urgente? Hoje não é o dia de luto da nossa mãe? Vamos tomar café da manhã primeiro e depois comprar um buquê bonito para ela.Valentina ficou sem palavras."Nossa mãe?"O que
- Você ditou, pediu que eu escrevesse, a impressão da mão foi você que colocou voluntariamente. Você duvida que eu tenha forjado o acordo? - Disse Mateus, com um traço de tristeza nos olhos. - Eu disse que poderíamos falar sobre o acordo quando você estivesse sóbria, mas não esperava que ainda desconfiasse de mim. Tudo bem, se você não o reconhece, então podemos rasgá-lo. Mesmo sem ele, eu ainda te ajudaria...Mateus tomou o acordo das mãos de Valentina.Seu rosto belo estava cheio de mágoa.Parecia que Valentina realmente o tinha injustiçado.Ao vê-lo assim, um sentimento de culpa surgiu em Valentina, fazendo ela sentir como se tivesse cometido um grande erro.Ele só queria ajudá-la, e ela ainda duvidava dele...Além disso, para lidar com os quinhentos milhões que Nicole havia pedido, ela realmente precisava de dinheiro.Talvez as coisas fossem realmente como ele dizia, que ela insistiu em fazer esse acordo.Quando Mateus estava prestes a rasgar o acordo, Valentina de repente o chamou
Mateus terminou de dar as instruções e, ao caminhar em direção a Valentina, já exibia um sorriso no rosto. - Vamos comprar flores para nossa mãe. - Disse Mateus, segurando a mão de Valentina. Valentina hesitou por um momento. "Nossa mãe?" - Essa é a minha mãe! - Corrigiu Valentina seriamente. Mateus apenas sorriu, despreocupado. - Sim, é a sua mãe... Mas e se a mãe dela era também a mãe dele? Portanto, ao dizer "nossa mãe", ele não estava errado! Ao chegarem ao cemitério, Mateus colocou as flores que trazia diante do túmulo. A fotografia na lápide mostrava uma mulher muito bonita. Os olhos de Valentina eram muito parecidos com os dela. Para ser preciso, além de Valentina, ele já tinha visto várias outras pessoas com olhos semelhantes aos da mulher na fotografia. Mas Mateus não pensou muito nisso. Eles permaneceram no cemitério por um bom tempo, até que finalmente voltaram para a cidade. Mateus deixou Valentina no Jardim da Serenidade e logo depois recebeu u
Sr. Jorge murmurava para si mesmo.- Freitas, seu sobrenome é Freitas...A luz da expectativa nos olhos do Sr. Jorge gradualmente se apagava.Não era ela.Ela havia feito um juramento, seria Alice por toda a vida, mesmo que os céus a castigassem, jamais teria o sobrenome Freitas como o dele.Portanto, ela não poderia ser ela.Sr. Jorge respirou fundo, afastando a decepção de seu coração, e olhou para Valentina.- Sua mãe, onde está ela?Valentina esboçou um sorriso triste.- Ela faleceu.Sr. Jorge hesitou por um momento, como se não esperasse essa resposta.Ele olhou para Valentina com compaixão e então segurou seu pulso.- Venha, se sente. Minha filha e sua mãe compartilham a mesma data de aniversário, isso é destino, nosso encontro também é destino, que tal celebrarmos juntos o aniversário delas? Temos um bolo. - Sr. Jorge sugeriu.- Claro. - Valentina não recusou.Ela também queria celebrar o aniversário de sua mãe, e encontrar esse senhor foi realmente um encontro destinado.Valent
Os sons de socos e chutes acompanhavam os gritos agonizantes de Benjamin, que persistiram por um bom tempo.Se não fosse pelo Mateus começar a pensar em Valentina, ele teria continuado a agressão por mais algum tempo.Mateus fez um sinal com a mão.- Chega. - Ordenou Paulo aos seguranças.Logo após, seguiu Mateus para fora do quarto.- Sr. Mateus, o que faremos com esse homem? - Perguntou Paulo, cauteloso.Mateus alisou as mangas do paletó, sorrindo serenamente.- O deixe em algum canto, ele saberá como voltar para casa. Além disso...Mateus pensou nos quinhentos milhões que Valentina havia transferido para Benjamin.O Grupo QY tinha seus métodos para fazer com que Benjamin devolvesse aqueles quinhentos milhões, mas não podiam deixar que Benjamin soubesse que a surra desta noite tinha a ver com Valentina.Mateus franziu a testa, mas logo teve uma ideia.- Em nome do Sr. Mateus, lance uma isca para que Benjamin entre no mercado de ações.Os quinhentos milhões que ele tirou de Valentina,
- Está bem.Depois de um longo tempo, Valentina, como se fizesse uma promessa, respondeu a Mateus. As luzes da sala de emergência ainda estavam acesas. Mateus perguntou sobre o ocorrido e então telefonou para um renomado médico do Hospital Harmonia Saúde. Após o atendimento emergencial, o senhor acordou.Ele foi transferido para a UTI e, assim que Valentina foi fazer a admissão hospitalar, Daniel chegou. No quarto, Mateus olhou para a cama e imediatamente reconheceu a identidade do Sr. Jorge. Ele não esperava que o Sr. Jorge tivesse vindo para a cidade HC, e menos ainda que a pessoa que compartilhava um bolo de aniversário da filha, mencionada por Valentina, fosse o Sr. Jorge.- Vovô...Daniel entrou apressadamente, viu a pessoa com os olhos fechados na cama e chamou baixinho algumas vezes, sem receber resposta. Somente após verificar que todos os aparelhos ao redor estavam funcionando normalmente, conseguiu se acalmar um pouco. Então, viu Mateus no quarto e ficou surpreso.- É
Daniel e Rafaela ficaram perplexos. Eles se olharam, e Rafaela ainda não havia entendido o que estava acontecendo. Ela estava prestes a explicar ao Sr. Jorge que ela era sua neta. Mas o Sr. Jorge, de repente, ficou impaciente: - Como assim? Não está feliz? Ser minha neta traz muitos benefícios. Sr. Jorge lançou o atrativo. - Bem, serei a neta do meu avô! - Rafaela pensou que o avô estava apenas delirando, ainda não lúcido. Decidiu seguir a vontade do Sr. Jorge. Sr. Jorge ficou extremamente feliz e imediatamente deu instruções ao Daniel: - Ótimo, Daniel, vá se preparar, quero organizar uma grande festa, para que todos saibam que a encontrei. Aquela "ela", Daniel e Rafaela sabiam muito bem a quem se referia. Alice! Fosse a antiga Rafaella ou a atual Rafaela, a oportunidade delas de entrar na família Freitas se devia apenas ao fato de terem olhos muito parecidos com os de Alice. Sr. Jorge estava, por meio daqueles olhos, tentando se redimir com Alice. Sr. Jorge
- Inveja, claro que sinto inveja! Isso é da família Freitas da cidade de JC, quem quer que seja o sortudo, ficará feliz por vários dias e noites sem conseguir dormir.Valentina tinha um brilho nos olhos, como se, ao pensar na família Freitas, visse inúmeras quantias de dinheiro flutuando à sua frente.Esse olhar de avidez fez com que Mateus revirasse os olhos.Ele queria dizer a ela que não importava quem fosse o sortudo, ela não precisava ter inveja.Afinal, a família Mello era a mais rica do país.- Você vai? - Perguntou Mateus, tentando sondar.- Claro que vou, quero ver quem é essa sortuda! - Ela havia prometido ao Sr. Daniel, afinal, não seria bom quebrar a palavra.As sobrancelhas de Mateus se franziram.Se ela fosse, ele não iria, assim não se encontrariam, e naturalmente ele não descobriria sua identidade.Mas ao pensar que o convite tinha sido feito a ela por Daniel, ele simplesmente não conseguia ficar tranquilo.Daniel nunca teve boas intenções com Valentina, e essa era uma