Valentina Carvalho Aksoy Eu não conseguia acreditar que Joon-Ho estava ali, parado na minha frente, segurando meus braços com tanto cuidado. Seu perfume invadiu minhas narinas. Sua voz sussurrou no meu ouvido, enviando arrepios pela minha espinha. Era como se o tempo tivesse parado naquele momento.“Você não deveria estar aqui.”"Joon-Ho... é você?" Minha voz saiu trêmula, carregada de emoção. Ele foi me soltando aos poucos, mas ainda parecia relutante em me deixar. Eu me sentia frágil e vulnerável, e a presença dele era reconfortante. Eu estava tão triste e machucada, e era evidente que Emir havia me enviado para aquela casa para me manter presa, para me vigiar a cada momento."Valentina," ele chamou meu nome, sua voz cheia de preocupação. "Acho que você não me ouviu. O que você estava fazendo aqui fora a essa hora?" Só então percebi que era de madrugada, e eu estava ali há horas, chorando e contemplando as estrelas. Minha tristeza e angústia haviam me levado a um lugar escuro e so
Park Joon-Ho Meu coração queimava dentro do peito toda vez que observava Valentina nos braços de Emir Aksoy. A raiva tomava conta de mim, pois ele não merecia alguém tão especial como ela. Eu sabia que Emir estava passando por problemas, mas isso não justificava tratá-la como um objeto. Valentina merecia muito mais do que isso, ela merecia alguém que a valorizasse, alguém como eu.Sempre atento a tudo, era parte do meu trabalho estar em alerta constante. Então, quando ouvi um barulho vindo do jardim da casa durante a madrugada, meu instinto me levou a pegar minha arma e correr em direção ao som. Eu não podia permitir que nada de ruim acontecesse a ela.Quando cheguei ao jardim, lá estava ela, parecendo um anjo em meio à escuridão. Me senti como se estivesse em um filme, mesmo sabendo o quão tolo isso soava. Como eu desejava que ela fosse minha, meu anjo.Seu olhar estava perdido, e lágrimas escorriam por seu rosto. Meu coração se apertou ao vê-la daquela forma, e eu ansiava por abraç
Valentina Carvalho Aksoy Meu coração estava acelerado, parecia que ia sair pela boca, assim que cheguei em meu quarto. Fechei a porta atrás de mim e coloquei a mão no peito, tentando acalmar os batimentos descompassados. Joon-Ho, com sua personalidade encantadora e jeito perfeito, tinha mexido comigo de uma forma que eu não esperava. Ele era tão diferente de Emir, e eu me vi dividida entre cometer um erro novamente de beijá-lo No entanto, ao invés de me afastar de Joon-Ho, eu cometi um erro ao pedir que ele me ajudasse a atirar. Onde eu estava com a cabeça? Eu deveria ficar longe, me proteger e não pedir para ele se aproximar ainda mais. Mas a verdade é que eu estava chateada com Emir. Seu descaso comigo e o poder que ele sempre tentava exercer sobre mim me irritavam e me deixavam confusa.Joon-Ho, por outro lado, estava sempre presente, sempre disposto a me ajudar. Ele era um ombro amigo, alguém em quem eu podia confiar. Mas nessa história toda, eu percebi que precisava aprender a
Valentina Carvalho Aksoy Fechei os olhos e reuni todas as minhas forças para sair de perto dele, mas Joon-Ho acabou tomando a iniciativa. Ele me soltou suavemente e caminhou alguns passos para longe, deixando-me ali, parada, com uma mistura de nervosismo e empolgação."Venha, você será a melhor atiradora que já se viu em toda a Turquia", disse Joon-Ho, com um sorriso brincalhão no rosto. Senti um arrepio de emoção percorrer minha espinha.Com um sorriso tímido, prendi meus cabelos no alto, subi as mangas da camisa que eu usava e estava pronta para aprender a atirar. Joon-Ho começou explicando sobre a arma, detalhando cada parte e como ela funcionava. Ele era paciente e cuidadoso ao me mostrar os movimentos e gestos corretos.Chegou o momento de segurar a arma pela primeira vez. Minhas mãos tremiam de ansiedade enquanto Joon-Ho ajustava minha postura e me ensinava a mirar. Ele me mostrou como controlar minha respiração e como pressionar o gatilho suavemente.O nervosismo corria por mi
Emir Aksoy A extravagância do aniversário de Mohamed era inigualável. Tigres e elefantes, símbolos vivos de riqueza e poder, vagavam pelo jardim, uma exibição ostensiva de fortuna que deixava todos boquiabertos.Juana, com seu vestido carmesim, se aproximou de mim, parecia andar sobre nuvens e qualquer homem que estivesse ali poderia se apaixonar por ela, mas os olhos brilhando de curiosidade foi o que chamou minha atenção. Eu conhecia aquela garota."Onde está a senhora Aksoy?" ela perguntou, a voz suave como seda. “Pensei que a conheceria hoje, mas pelo jeito me enganei.”"Ela foi para casa, onde é o lugar dela", respondi, tentando manter a frieza na voz. “E você fez o seu trabalho direito?”"Um homem como você merece alguém forte e que saiba se impor, e não uma garota boba como ela", Juana continuou, a voz cheia de condescendência."Ela não é uma garota boba, e é até teimosa demais", retruquei, a defesa emergindo antes que eu pudesse controlá-la. Juana parecia prestes a retrucar,
Emir AksoyEu sabia que Juana me amava, e por um tempo, eu também pensei que a amava. Porém, algo mudou. Não queria magoá-la, de forma alguma. Não queria ver a dor em seus olhos. Mas, ao mesmo tempo, não podia ignorar o que estava acontecendo."Juana..." eu chamei, correndo atrás dela. Ela estava fora do galpão, fumando um cigarro e olhando para o horizonte."Você é um idiota," ela disse, sem olhar para mim. "Se apaixonou pela primeira mulher que apareceu."Eu balancei a cabeça, frustrado."Não estou apaixonado por ninguém, sabe que não tenho coração, Juana."Ela riu, um som amargo e triste."Você está com os quatro pneus arriados por essa tal Valentina, só de olhar para sua cara a gente vê o quanto essa mulher enfeitiçou você."Eu fiquei em silêncio, sem saber o que dizer. Era verdade? Eu estava apaixonado por Valentina? A ideia parecia absurda, mas ao mesmo tempo, não conseguia negar que algo dentro de mim havia mudado desde que a conheci. Mesmo eu não querendo isso."Era pra eu ser
Juana VelasquezSempre fui uma mulher muito prática, mas nunca pensei que um dia me encontraria sentada no frio chão de um hospital, agarrada à esperança como uma âncora. Emir, meu amor, meu tudo, estava lá dentro, lutando por sua vida.Eu e Emir, éramos como duas metades de um todo. Ele era a minha base de sustentação, o meu porto seguro. Eu sabia que, não importava o quão longe ele fosse, sempre voltaria para mim. No entanto, a chegada daquela mulher... aquela prostituta do Brasil... abalou tudo.Eu sempre fui a mulher certa para ele, eu! Somente eu! Era o que eu repetia para mim mesma, tentando afastar a dor que aquela imagem trazia. Emir, meu Emir, trazendo outra mulher para casa, para a cama onde tantas vezes nós dois fizemos amor. Mas eu sabia, no fundo do meu coração, que ele sempre voltava para mim. E isso era o que importava.Agora, aqui estou eu, aguardando notícias dele. E a prostituta, onde está? Provavelmente em seu quarto quente, deitada em lençóis limpos e cheirosos. Já
Juana VelasquezA mulher forte que eu sempre fui, capaz de lidar com qualquer situação, mas naquele momento, ver o homem que sempre amei à beira da morte, me deixou abalada. Era Emir, o homem que eu sempre amei, e eu não tinha ideia de que a situação dele fosse tão complicada. O médico estava com desfibrilador nas mãos e o corpo de Emir estava em choque. Naquele momento, eu não tive palavras, apenas sussurrei um desesperado pedido ao homem que era o único que podia fazer algo por meu amor."Salve-o, por favor."Foi então que Asaf, apareceu ao meu lado, me segurando, ele também ficou impressionado com o que viu. Uma enfermeira veio até nós e nos levou para fora. "Vocês não podem ficar aqui", ela disse, e eu perguntei com lágrimas nos olhos."O que está acontecendo com ele?""O doutor está cuidando dele, só nos deixe trabalhar, vão lá pra fora e logo vamos falar com vocês", ela respondeu. Asaf me puxou delicadamente.“Venha Juana, vamos esperar lá fora, não podemos fazer nada aqui."Se