AnneEla cochilou e foi despertada com vários beijos pelo seu rosto. A barba a arranhou e resmunga sonolenta, seus olhos se abriram quando a letargia do sono e percebeu de quem se tratava. Com alegria ela desliza a mão pela barba macia. Os olhares um no outro, o dele foi para sua boca, o moreno tocou sua testa na da negra.__ Caranho, eu não posso ficar mais sem você. O que você fez comigo? - sua voz estava rouca.Ela imediatamente notou pela forma que ele procurava a tocar no que aquilo levaria. Seus beijos se dirigiam para o seu pescoço, arepiando a pele. O membro duro empurrando em sua coxa, demonstrava que Joe desejava algo mais quente.__ Você demorou. - resmunga manhosa com os toques.__ Depois eu respondo o que quiser, agora eu quero você e te amar. - Joe colocou o rosto no decote da blusa e seus dedos exploraram por dentro.Anne gemeu ao ter o bico do peito beliscado e acariciado depois.__ Estou aqui amor. - ela o disse.O carinho que via nele a aqueceu, os dois expôs no
AnneAo abrir a porta, alguém quase caiu se ela não tivesse a segurado. Viu que tratava de uma das moças que ajudava na cozinha. Uma morena curvinia que extremamente envergonhada se desculpou.Uma pequeno palpite que ela escutava atrás da porta correu nos seus pensamentos.__ Não foi nada, vocês teriam limões? - pergunta a ela e Ruan que sorria da colega enquanto virava alguns bifes.__ E-eu... não... - ela olhou para Ruan que deu um aceno negativo com a cabeça, e sem jeito sorriu.- pode ser outra fruta?__ Lamento que não, é um desejo de grávida. E o meu bebê quer uma limonada fresquinha. - acaricia a barriga.Ela arregalou os olhos e sua boca fez um som engraçado antes de dizer eufórica:__ Eu vou ao mercado, desejo de grávida é sagrado. Deus me livre seu bebê nascer com cara de limão. - fez um sinal da cruz. - Ruan pode cuidar da cozinha na minha ausência. Não é baixinho? - ela o cutucou em algo, porque ele ruborizou e abaixou a cabeça para a panela.__ Eu dou conta aqui, vai lá
AnneAlguns anos atrás, um casal esteve no orfanato e seus olhos de imediato foram para Bella, para a total angústia de Anne. Essa foi a vez que chegou mais perto de a levarem, e tudo conspirava a favor para que a garota ganhasse uma família. E por mais que deve-se estar feliz por ela, o egoísmo despertou. Com Bella adotada, a outra não a veria mais. E juntas criaram algo só delas, não foi a solidão que motivou recusar a deixá-la ir, foram um time que se protegia. O que a fez sentir que era uma amiga ruim, por não festejar a conquista de Bella.Os cochichos espalhavam, mas Anne tinha um sorriso no rosto e agia normalmente pelos próximos dias. E então restos de conversas sobre uma menina adotada chegou aos seus ouvidos, engoliu o choro e subiu para o quarto. Porém encontrou Bella sentada ao chão colorindo um livro de desenhos e voltou a respirar. A resposta que teve antes que ela concentrasse de volta ao livro foi:__ Parece que eu sou muito bonita, mas não sociável o suficiente para
Débora Ela deslizou as mãos por sua barriga e ficou em dúvida se seu estômago avantajado era o bebê desenvolvendo ou apenas gordura. O espelho grande pegava o seu corpo todo, onde podia ver uma lista de suas maiores inseguranças. O bumbum e coxas e marcado por listras brancas, das quais Ângelo ama brincar. Alguns dias ela acordava e se sentia muito gostosa, outros como hoje: enorme e feia.Estava deprimida, e não tem uma razão boa pra isso, ela só se viu no espelho e não gostou. Geralmente ela não dava espaço, mas dias como hoje, eles viam carregados e fazem lembrar de tia Sônia. Quando pensa em maldade, tia Sônia aparece sem esforço. Ela a criou, porque seus pais não tinham tempo pra outra. A mãe era uma alcoólatra, que nunca esteve sóbria para cuidar de uma criança e o pai... bom, não sabe. Deve estar em algum lugar do mundo, apenas o viu quatro vezes em toda sua vida.A tia ficou com a responsabilidade de cuidar dela e o fez muito ruim. Era bruta para uma mulher, e com nenhuma
Débora Agatha fazia Débora querer cometer assassinato, se não tivesse medo da prisão. Um lugar cheio de mulheres duras dentro de uma cela pequena a dava arrepios. Porém Ângelo e seus irmãos tinham suas peculiaridades, o marido tem muitos segredos. E ela odeia essa parte arrogante dele, em que acha que dinheiro e o nome de sua família acaba com todos os problemas.Adora vestidos novos, jóias e os sapatos com um salto de matar que ficam perfeitos em seus pés. O que? Ela era uma garota vaidosa.Mas trabalha diariamente a questão da personalidade de Ângelo, essa frieza e superioridade que ele tem em relação as pessoas. Ele parece não se importar com nada que não seja ela e sua família, e Débora sabe que não é algo saudável.Ao abrir a porta, Heitor saia do seu quarto no mesmo instante. Entretido com algo no telefone, ela range os dentes antes de ir até ele é retirar o telefone de sua mão. __ Hey! - Heitor reclamou e tentou pegar o aparelho, mas ela colocou braço para trás.__ Eu e
AnneBella anda na frente com um olhar entediado, com a pitada de arrogância comum. Do lado de Anne, Joe á quem segura sua mão e atrás a assistente social distante para os dar privacidade.__ Eu não sei não hein... - Joe mumurrrou.__ O quê? - pergunta, antes de olhar para onde Joe encarava. Bella parou numa barraca de cachorro quente - Ela é uma adolescente Joe, está nos provocando. Não seja uma manteiga derretida, pulso firme. Joe não pareceu convencido.__ O que as crianças de hoje gostam? Brinquedos? - param alguns metros de onde Bella está.__ Sério Joe, chantagem?Ele sorriu.__ Pensou em algo melhor? __ Não, mas brinquedos não vai funcionar com Bella. Ela é assim como você: metida e fresca. - Joe grulhiu. - Para a agradar terá que ser mais sofisticado, por exemplo: uma estufa ou livros, a leve numa galeria de arte.__ Bom que dinheiro não vai ser um problema. - diz sarcástico, ela puxa sua mão para que andasse.__ Querido eu faço o plano, você o financia.__ Você me ama, ou o
AnneAnne cuidou do seu cabelo selvagem, o quer dizer que demorou quase uma hora entre definir os cachos mecha por mecha e o secar com o secador para não molhar o travesseiro.Quando chegou no quarto, Joe falava no telefone. O seu rosto não é exatamente feliz, mas o moreno nunca distribui sorrisos por aí. O homem tem um rosto duro, porém é seu rosto de sempre, carrancudo e fechado.__ O que você está fazendo? - ele tem no colo um papel rabiscado.Sem dizer algo, ele a deu o papel, mas sua atenção ficou na outra pessoa do outro lado da linha. Anne leu os três primeiros itens da lista e o olhou com um meio sorriso. __ Como você é pretensioso querido. - disse se movendo para sentar no seu colo. __ Eu não diria pretensioso, desesperado...? Talvez. - fala tirando o celular do ouvido por alguns segundos.As mais de Anne passaram pelo peito desnudo e seguiu a trilha de pelos negros abaixo do umbigo, ele olhou atentamente para suas mãos. Mas uma linha tensa se fez em sua testa, e ele voltou
AnneDiferente de viver, existir não tem um ensinamento a tirar, você sente tudo: som, vozes, imagens. As mudanças acontecem e a vida segue seu ciclo. E você...? Você continua indiferente, invisível a sua volta. E como está caindo, uma queda sem término e lenta, muito lenta. O mundo vira um cinza desbotado e sem graça, e a falta de lucidez atormenta seus dias.Anne concluiu que a desesperança é o mais trágico sentimento que 9uma pessoa possa sentir."Como convencer uma mente a sair do escuro, quando a escuridão é mais atrativa que a luz?"Atualmente, ela estava numa infindável escuridão. As últimas horas foram terríveis, ficou tempo demais pensando como aquilo podia ter acontecido.Ontem ela tinha total convicção que seríam uma família, faltava pouco para a realização desse sonho, e hoje?Hoje ela não sabia mais de nada, uma briga interna desenvolve no seu íntimo. Entre culpa e remorso, por ter cruzado com alguém igual a Marx.Quem mais teria tanto ódio por ela á não ser ele? Anne