Débora Ela deslizou as mãos por sua barriga e ficou em dúvida se seu estômago avantajado era o bebê desenvolvendo ou apenas gordura. O espelho grande pegava o seu corpo todo, onde podia ver uma lista de suas maiores inseguranças. O bumbum e coxas e marcado por listras brancas, das quais Ângelo ama brincar. Alguns dias ela acordava e se sentia muito gostosa, outros como hoje: enorme e feia.Estava deprimida, e não tem uma razão boa pra isso, ela só se viu no espelho e não gostou. Geralmente ela não dava espaço, mas dias como hoje, eles viam carregados e fazem lembrar de tia Sônia. Quando pensa em maldade, tia Sônia aparece sem esforço. Ela a criou, porque seus pais não tinham tempo pra outra. A mãe era uma alcoólatra, que nunca esteve sóbria para cuidar de uma criança e o pai... bom, não sabe. Deve estar em algum lugar do mundo, apenas o viu quatro vezes em toda sua vida.A tia ficou com a responsabilidade de cuidar dela e o fez muito ruim. Era bruta para uma mulher, e com nenhuma
Débora Agatha fazia Débora querer cometer assassinato, se não tivesse medo da prisão. Um lugar cheio de mulheres duras dentro de uma cela pequena a dava arrepios. Porém Ângelo e seus irmãos tinham suas peculiaridades, o marido tem muitos segredos. E ela odeia essa parte arrogante dele, em que acha que dinheiro e o nome de sua família acaba com todos os problemas.Adora vestidos novos, jóias e os sapatos com um salto de matar que ficam perfeitos em seus pés. O que? Ela era uma garota vaidosa.Mas trabalha diariamente a questão da personalidade de Ângelo, essa frieza e superioridade que ele tem em relação as pessoas. Ele parece não se importar com nada que não seja ela e sua família, e Débora sabe que não é algo saudável.Ao abrir a porta, Heitor saia do seu quarto no mesmo instante. Entretido com algo no telefone, ela range os dentes antes de ir até ele é retirar o telefone de sua mão. __ Hey! - Heitor reclamou e tentou pegar o aparelho, mas ela colocou braço para trás.__ Eu e
AnneBella anda na frente com um olhar entediado, com a pitada de arrogância comum. Do lado de Anne, Joe á quem segura sua mão e atrás a assistente social distante para os dar privacidade.__ Eu não sei não hein... - Joe mumurrrou.__ O quê? - pergunta, antes de olhar para onde Joe encarava. Bella parou numa barraca de cachorro quente - Ela é uma adolescente Joe, está nos provocando. Não seja uma manteiga derretida, pulso firme. Joe não pareceu convencido.__ O que as crianças de hoje gostam? Brinquedos? - param alguns metros de onde Bella está.__ Sério Joe, chantagem?Ele sorriu.__ Pensou em algo melhor? __ Não, mas brinquedos não vai funcionar com Bella. Ela é assim como você: metida e fresca. - Joe grulhiu. - Para a agradar terá que ser mais sofisticado, por exemplo: uma estufa ou livros, a leve numa galeria de arte.__ Bom que dinheiro não vai ser um problema. - diz sarcástico, ela puxa sua mão para que andasse.__ Querido eu faço o plano, você o financia.__ Você me ama, ou o
AnneAnne cuidou do seu cabelo selvagem, o quer dizer que demorou quase uma hora entre definir os cachos mecha por mecha e o secar com o secador para não molhar o travesseiro.Quando chegou no quarto, Joe falava no telefone. O seu rosto não é exatamente feliz, mas o moreno nunca distribui sorrisos por aí. O homem tem um rosto duro, porém é seu rosto de sempre, carrancudo e fechado.__ O que você está fazendo? - ele tem no colo um papel rabiscado.Sem dizer algo, ele a deu o papel, mas sua atenção ficou na outra pessoa do outro lado da linha. Anne leu os três primeiros itens da lista e o olhou com um meio sorriso. __ Como você é pretensioso querido. - disse se movendo para sentar no seu colo. __ Eu não diria pretensioso, desesperado...? Talvez. - fala tirando o celular do ouvido por alguns segundos.As mais de Anne passaram pelo peito desnudo e seguiu a trilha de pelos negros abaixo do umbigo, ele olhou atentamente para suas mãos. Mas uma linha tensa se fez em sua testa, e ele voltou
AnneDiferente de viver, existir não tem um ensinamento a tirar, você sente tudo: som, vozes, imagens. As mudanças acontecem e a vida segue seu ciclo. E você...? Você continua indiferente, invisível a sua volta. E como está caindo, uma queda sem término e lenta, muito lenta. O mundo vira um cinza desbotado e sem graça, e a falta de lucidez atormenta seus dias.Anne concluiu que a desesperança é o mais trágico sentimento que 9uma pessoa possa sentir."Como convencer uma mente a sair do escuro, quando a escuridão é mais atrativa que a luz?"Atualmente, ela estava numa infindável escuridão. As últimas horas foram terríveis, ficou tempo demais pensando como aquilo podia ter acontecido.Ontem ela tinha total convicção que seríam uma família, faltava pouco para a realização desse sonho, e hoje?Hoje ela não sabia mais de nada, uma briga interna desenvolve no seu íntimo. Entre culpa e remorso, por ter cruzado com alguém igual a Marx.Quem mais teria tanto ódio por ela á não ser ele? Anne
Joe O delegado os olha sério.__ O porteiro disse que dois dias atrás, quatro homens mal encarados e tatuados procuraram por Evangeline e ela autorizou que eles subissem. Mas não desceu do apartamento desde então, ele ficou preocupado e ligou pra ela. Mas ela disse ao porteiro que estava bem. - Rubens fala enquanto entram no elevador.Evangeline mora no nono andar, num bairro classe média. Vive uma vida confortável.__Suspeito. - Heitor observou. - como chama aquele traficante que faz negócios com Marx? - perguntou ao irmão.__ Santiago Juarez. - diz Ângelo com desgosto.- Os pais eram imigrantes, mas ele nasceu aqui. Passou a traficar as joias há pouco tempo, todo fim de mês, seu pai manda peças para ele. Deve ter vindo conferir por que não recebeu as joias este mês. __ E vocês tem certeza que podem lidar com um traficante? - Erick perguntou cuidadoso.Apesar do seu tamanho e tatuagens, Erick tem um coração de açúcar.__ Ele é poderoso mas não imune, temos tanto homens como ele. - r
AnneAnne olhou para os lados em busca da adolescente, o cômodo não é iluminado e o piso como pensou é de madeira. Mas não há algum móvel ali, duas janelas de vidro. Ela vê montanhas distantes e árvores, o lugar e cercado por elas. Quando o homem sai da sua frente, ela tem uma vista limpa. A cadeira de Bella está de frente para a sua, seus cabelos caem no rosto e estão bagunçados. __ Como você está? - pergunta a observando minuciosamente.Suas bochechas estão vermelhas e suor escorre de sua testa, suas mãos estão amarradas, mas nenhum corte e machucado.__ Eu estou bem, mas não vejo como você fazendo as vontades do seu sogro, vai nos tirar daqui. - respondeu.Anne não tinha um plano, se quer pensou o que faria depois de chegar a Bella. Ela conta com uma probabilidade pequena de que Ruan tenha a ouvido no telefone e nem faz muita diferença já que o grandalhão o quebrou. __ A família do sócio de Joe tem uma empresa de segurança, deve servir de algo. O Ângelo é bem inteligente, eles
Joe A porta do escritório se abriu e mais dois homens entraram; altos, sérios, ambos de ternos.__ Quantos irmãos vocês são? - pergunta a Ângelo fitando os dois rostos novos.__ Cinco, imagine o inferno que é crescer cercado por brutamontes. - Oliver quem diz, recebendo um tapa de Drake.__ Foi por esse brutamontes que você não reprovou. - o lembra.__ Irrelevante. - resmunga alisando o couro cabeludo. __ Eu sou Conrado, pai desses moleques briguentos. - o mais velho diz amistoso estendendo a mão.Elr o aperta e encara o outro tatuado.__ Mason. - respondeu simplesmente, encostado na parede de braços cruzados.__ Você consegue ser mais rápido? - se vira para o garoto pequeno com os ombros encolhidos na poltrona.Ele assentiu desconfortável.__ Ele está nervoso com todos vocês o olhando. - Heitor grulhe. - anjo, finja que estamos sozinhos. - orientou pegando sua mão carinhoso. Ruan minimamente sorriu, mas retirou sua mão de Heitor sobre a sua com o coçar de garganta de Mason e o olh