AndréApós conversar com Bella, fui para o meu quarto, tomei um banho quente para relaxar os músculos, peguei uma cueca bóxer, vesti e fui para a cama. Apanhei o meu celular, que deixei em cima da cama, ligando para Lorenna. Era tarde, porém queria ouvir sua voz antes de dormir.— Alô!Ouço sua voz sonolenta do outro lado da linha. Imaginei ela deitada em nossa cama, pensando que em breve dormiria e acordaria ao seu lado todos os dias.— Te acordei?Perguntei, acomodando-me melhor na cama.— Acabei cochilando na sala, enquanto assistia ao filme. Tudo bem por aí?Quis saber com a voz sem disfarçar o nervosismo.— Tranquilo por enquanto. Contei para todos sobre nosso namoro. Tanto os meus quanto a minha filha sabem da nossa relação.Estiquei as pernas na cama, tentando relaxar os músculos cansados.— André! Com certeza foi uma confusão — Lorenna disse eu tratei de tranquilizar minha namorada.— Não foi fácil, isso não vou esconder de você. Porém, meu pai está ao nosso lado. Agora minha
Lorenna— Você é muito teimosa — Juliana fala, enquanto dobra as roupas de cima da cama, guardando nas gavetas da cômoda — abre a boca e conta tudo de uma vez para a tia, ao invés de ficar floreando as palavras.Cheguei na casa da minha amiga, triste com a discussão que tive com a minha mãe. Liguei para André, contando que passaria a manhã com Juliana, ocultei o motivo de não ter ficado na casa da minha mãe. Ele tinha os seus problemas e não queria ter que ficar dando mais trabalho ainda.— Tentei falar sem enfeitar as coisas como você disse — falei, deitada na cama, ao lado das roupas que Juliana dobrava. O quarto dela parecia uma zona de guerra quando cheguei.— Contou para o André que você veio aqui para casa?Juliana perguntou, eu respondi que sim. Tentei distrair-me com as conversas dela, sobre Carlos que ligou querendo saber como eu estava e a situação envolvendo Laisa. Que ele havia oferecido ajuda para o que fosse e que conhecia uma boa advogada criminalística.— Amiga, vou te
AndréBusquei Lorenna na casa da amiga, no horário marcado. No trajeto até o restaurante tentei distraí-la contando sobre Ian e Luciana, porém sem sucesso visto que ela não prestava atenção a nada do que eu falava. No restaurante o almoço transcorreu com ela, distraída mexendo na comida desinteressada. Voltamos para a casa, comigo recebendo apenas poucas respostas vindo dela. Agora na cozinha, enquanto eu instalava uma prateleira na parede, para colocar potes de mantimentos, Lorenna estava sentada na banqueta olhando-me trabalhar. Estava sem camisa, usando apenas a calça social, enquanto terminava de parafusar a prateleira. Virei-me de lado, perguntando sobre a visita até a casa de sua mãe.— Meu amor, sua mãe disse algo a você que te magoou?Perguntei.Lorenna olhou-me com um sorriso triste.— Mamãe culpa-me por tudo que vem acontecendo com Laisa. Disse que eu devo dar o meu jeito de livrar aquela garota da prisão.Respondeu-me. Ao ouvir minha garota falando assim, sinto raiva por ou
LaisaEstou vivendo um pesadelo!É o meu pensamento ao entrar naquele lugar. Fui revistada como se fosse um animal. Senti-me constrangida com todas as perguntas e ainda por cima, quando tive que ficar nua na frente daquelas policiais. Mulheres com cara de mal-encaradas tratando-me como se eu fosse um lixo. Quem elas acham que são para me humilhar assim? Quem deveria estar passando por tudo isso era a desgraçada daquela Lorenna e não eu. O delegado, fez questão de dizer que eu precisava de toda a sorte do mundo para sair daqui. O Luciano iria me salvar, tenho certeza que meu homem, aguardava o momento certo para me tirar da prisão. Eu aguentaria tudo, pois a certeza de que minha estadia nesse lugar seria breve, é o que me dava forças para continuar. Eu não tinha um advogado de defesa até o momento. Será que nem isso aquela puta conseguiria para mim? E mamãe que não aparecia para me visitar. Eu preciso, de uma forma ou outra, agir rápido para convencer a mamãe da minha inocência. Lucian
André— Você me espera, na praça de alimentação do Shopping. Almoçamos juntos e depois vamos até o escritório da advogada.Terminei de beber meu suco, passava um pouco das sete da manhã. Acordamos tarde e por mim, teria ficado o dia inteiro com Lorenna na cama. Os momentos que estamos vivendo, eram mais do que perfeitos para mim. Chegaria em casa e pediria para Lissandra, separar uma mala com algumas roupas. Começaria a mudança e avisaria minha mãe primeiro. A noite conversaria com Isabella, minha filha era uma garota inteligente, iria entender e aceitar.— Eu vou aproveitar para criar alguns banners e reavivar o meu perfil de professora. Quem sabe assim eu consigo alguns trabalhos. Estou até pensando em retomar as revisões de texto e TCC.Lorenna diz, começando a limpar a mesa. Não insisti na questão de conversar com um conhecido para conseguir uma entrevista. Detalhes bobos, não seriam motivos para atrapalhar a nossa vida.— Você com toda certeza vai conseguir — levantei-me indo até
André— Filho, sua mãe vai aceitar Lorenna. Basta ter paciência. Conheço bem Roseli, sei que ela gosta muito daquela jovem, então calma que em breve tudo se ajeita.Meu pai, estava em meu escritório, conversando comigo sobre as mudanças que estão acontecendo e também questionou a situação de Laisa. Contei sobre a advogada, até avisei que Cortez disse-me que a mulher era realmente a melhor na área, tanto que participou de fórum sobre mulheres que entram no mundo do crime por meio de relacionamentos, que muitas foram enganadas, pagando pelos crimes dos parceiros, entretanto o que ouvi da Lorenna e como Cortez se referiu a Laisa, sabia bem que a garota tinha plena consciência do que fazia.— Hoje a noite, passo em casa para buscar minhas coisas e conversar com Isabella — respondi, enquanto começava a organizar as pastas para amanhã. Não trabalharia novamente na parte da tarde, tirando o restante do dia para sair com Lorenna e resolver a situação da irmã.— Seu primo, ligou cedo para avis
LorennaTive uma manhã corrida em casa, organizando algumas coisas do trabalho, liguei para Juliana e contei da reunião com a advogada hoje a tarde e descobri que minha mãe havia saído cedinho para procurar um defensor público que pudesse defender Laisa. Minha amiga comentou que insistiu para que mamãe ficasse em casa, que eu tentaria resolver tudo, entretanto sem sucesso. Mamãe era teimosa demais, confesso que fiquei chateada ao ouvir Juliana contar que minha mãe deu a entender que eu não estava fazendo esforço algum para tirar minha irmã da cadeia. Será que ter perdido o emprego, ser acusada indiretamente de fazer parte do assalto, presa injustamente não era o suficiente? Tudo bem, que não tive a oportunidade, na realidade não quis expor toda a verdade para minha mãe em relação a tudo que aconteceu, porém, era conhecia a filha o suficiente para saber que eu sempre fiz tudo para manter nossa família unida, mesmo com Laisa passando a me tratar mal, quando entrou na adolescência, um te
LorennaSaímos do elevador, caminhando pelo corredor até a recepção. O prédio em que o escritório ficava, existiam várias salas de advocacia e contabilidade.— Boa tarde! Digo para a recepcionista sorridente até demais ao ver André ao meu lado.— Boa tarde, senhorita! Em que posso lhe ajudar?Pergunta, sem tirar os olhos do homem ao meu lado.— Tenho um horário marcado com a doutora Suzana — respondo de forma séria— Qual o seu nome?Pergunta, eu respondo passando nome.— Senhorita Lorenna, pode aguardar que a doutora está encerrando uma reunião em breve — diz apontando para o sofá que existe ali na recepção.— Aceitam uma água, café ou suco?Eu nego, olhando para André que responde que não queria nada. De mãos dadas, vamos sentar, aguardando sermos chamados.— Vai ficar tudo bem — André sorri para mim, confortando-me ao ver como estou ansiosa.— Ao meu lado, sei que tudo fica melhor — respondi beijando seus lábios.Aguardamos cerca de dez minutos, até que a recepcionista veio até nós