André— Renata, assinei tudo que era preciso e não retorno para o escritório hoje.Estava em reunião com minha assistente, finalizando os compromissos do dia. Lorenna me aguardava no apartamento e iriamos passar a tarde inteira juntos. A mãe dela, estava melhor na virose e no dia seguinte retornaria para o trabalho. Entretanto, eu viajaria no outro dia, então pedi que ela conseguisse tirar a tarde de folga para ficarmos juntos. Nossa relação andava muito mais séria do que eu imaginava que andava pensando em oficializar nossa relação. Conversaria com Lorenna sobre o trabalho, se ela quisesse eu iria conseguir um emprego para ela na construtora ou até mesmo com algum conhecido na sua área de formação. Isso se ela quisesse sair do trabalho, porque conhecia muito bem a minha mãe e a dona Roseli seria contra minha namorada trabalhando e morando na mesma casa.— André, tudo pronto para a viagem. O hotel que vocês três ficarão hospedados é o favorito da sua mãe.Renata explicava sobre a minh
Lorenna— Te pedi para me deixar na rua de sempre, só que você é teimoso, trazendo-me na porta de casa praticamente.Passava das onze horas da noite. André acabou ficando a tarde toda e uma parte da noite ao meu lado no apartamento. Não saímos da cama, quero dizer apenas quando o nosso jantar chegou. Ele me tomou tantas vezes, que a semana em que ele estaria viajando, faria apenas com que a saudade fosse ainda maior.— Vou ficar te esperando para o café da manhã — André disse, afastando meu cabelo do pescoço, para beijar minha pele. Minha sorte é que os vidros do carro eram escuros e assim ninguém podia ver o que fazíamos aqui dentro.— Tão cedo assim? Sabe que me cansou demais depois de hoje — respondi, virando o meu rosto, encarando seu olhar e o beijando.— Um cansaço bom e que eu vou repetir quando voltar — André disse, afastando-se de mim, arrumando a camisa social que ficou bastante amassada.— Vou pedir para o Lúcio te buscar amanhã às sete, pode ser?— Posso ir de Uber, fazer
LorennaAguardava a chegada da minha amiga, na mesma padaria de sempre. Isabella estava na escola e aproveitei para encontrar com Juliana. André, com seus pais, viajaram dois dias atrás e nesse curto período, eu me sentia encurralada sem ter noção do que fazer. A ameaça da minha irmã martelava na minha cabeça, até pensei em tentar um empréstimo no banco escondida da minha mãe, mesmo sabendo que isso era agir de má e me faria igual à irmã que eu tanto detestava. Quando retornei para a mansão na manhã seguinte, encontrei André mais amoroso do que antes. Me disse que na volta, nós dois iríamos conversar sério sobre nossa situação e que ele havia pensado bem e queria assumir nosso relacionamento para sua família e minha mãe. Eu deveria ficar feliz, porque o homem a quem eu entreguei meu coração, muito mais velho do que eu e de um mundo diferente, queria me assumir perante a todos. Entretanto, isso fez apenas que meu medo aumentasse ainda mais. André e eu nunca tivemos uma conversa sobre n
André— Filho, estava falando com seu primo? Assustei-me ao ouvir a voz da minha mãe. Para minha sorte ela achava que conversava com meu primo. Ian andava passando por um baita problema, agora que Luciana descobriu a gravidez e não havia contado nada para os meus pais ainda. Luciana bem que queria abrir o bico e expor tudo para dona Roseli, contudo Ian implorou que ela não falasse nada, pelo menos enquanto a viagem não terminasse. Meu primo, sempre inconsequente, acabou caindo no golpe mais antigo e agora teria que assumir a criança.— Estava conversando com Lorenna — achei melhor ser sincero, omitindo somente o verdadeiro motivo da minha ligação — quis saber como estava tudo em casa.Guardei o celular no bolso do terno, dando o braço para minha mãe retornar comigo para a mesa. Nossa viagem estava se saindo melhor do que pensava e os projetos na Argentina estavam além do esperado.— André, recebi uma ligação da Angela, quando você e seu pai estavam em reunião. Estranhei a forma que a
LorennaCheguei à mansão, passavam das nove da noite. No caminho de volta, decidi refletir sobre tudo o que estava acontecendo. Sabia que precisaria encontrar a coragem para revelar o que ocorreu desde a noite da minha formatura até o relacionamento secreto com André. Minha irmã estava determinada a destruir minha vida, mas eu não permitiria que Laisa criasse problemas que pudessem afetar meu trabalho e relacionamento. Planejava pedir permissão à Dona Rose para ir até minha casa antes do meu dia de folga, de modo a conversar calmamente com minha mãe e explicar tudo. Talvez, dessa forma, conseguisse convencer Dona Carmem de que André tinha sérias intenções comigo, mesmo que nunca tivéssemos abordado nada além do que tínhamos. Enquanto lanchava em uma hamburgueria no bairro vizinho, conversei com Lissandra, informando que iria demorar para chegar. Minha colega de trabalho me contou que André ligou procurando por mim. Ao verificar as mensagens não respondidas e as chamadas perdidas em ví
LaisaA sensação que sentia nesse momento era de total plenitude. Saber que meu plano, se encaminha para o final que eu desejo, só me faz sentir a adrenalina que corre em meu corpo deixar-me ainda mais animada. Luciano me comia de forma bruta, do jeito que eu gostava. Começamos a comemorar a primeira parte, do plano que se iniciou assim, que a idiota da Lorenna apareceu em casa hoje cedo. Para minha sorte, a tonta foi até nossa casa, para conversar com mamãe e procurou e não a encontrou. Convenci a dona Carmem a não contar que ela iria para um passeio da igreja, retornando somente daqui a dois dias e assim Lorenna ficaria sozinha em casa por algumas horas, tempo suficiente dos fofoqueiros da rua, verem a visita especial que ela teria.— Você gosta disso, sua puta?Luciano, pergunta, batendo na minha bunda com toda força, fazendo com que meu corpo todo, se arrepiar a cada estocada dele. Hoje a noite, nosso plano seria finalizado, os quatro de menor, iriam fazer o que Zezinho ordenou e
AndréDesci do avião, louco para chegar em casa e ir direto para o quarto dela. Nem mesmo, avisei Lúcio da viagem antecipada. Queria ter um momento sozinho com minha garota, antes que os outros soubessem da minha chegada. Entretanto, tudo mudou, quando desci do táxi e encontrei uma confusão na entrada da minha casa. Agora estava prestando depoimento em uma delegacia, enquanto Ian, ao meu lado, conversava com o delegado de plantão. Até mesmo minha filha, foi obrigada a se apresentar e assim tentar esclarecer o que aconteceu horas atrás em nossa casa. A polícia nem precisou procurar muito, para achar os outros três marginais, que foram se esconder a poucos metros do bairro. A julgar pela idade dos quatro, não passavam crianças, com uma lista extensa de delitos, porém ainda assim eram crianças. O mais velho dos quatro mal completou dezessete anos, com passagens pela polícia desde tráfico a sequestro. Lorenna ao meu lado, demonstrava nervosismo por tudo, enquanto Lissandra se encontrava n
LorennaO mundo realmente não gira, capota e numa dessas eu acabei me ferrando. Sentada neste banco de cimento, olhando o vazio dessa cela, pensava em tudo que aconteceu nessas horas. Eu estava presa, acusada de ajudar quatro menores a assaltar a mansão em que eu trabalho. É algo tão surreal, que por um segundo tentei controlar o riso em meus lábios. Eu estava detida, sabe Deus por quanto tempo, até que se provasse que eu jamais ajudaria a roubar as pessoas que confiam em meu trabalho. Isso era uma brincadeira de péssimo gosto e André me garantiu que descobriria tudo e eu estaria de volta em breve. O delegado plantonista, conversou comigo após o interrogatório, dizendo que o mais velho dos quatro, continuava afirmando que eu os contratei e ficaria com uma grande parte da venda de tudo levado. Me senti muito mal, quando a policial insinuou que o fato de morar em uma comunidade me tornava criminosa e ela em nenhum momento acreditou nas minhas palavras. Ian se desculpou por não conseguir