Lorenna— Filha, então você trabalhava nesse casarão?André adentra a entrada da mansão, a decoração começa logo na entrada. Rosas-brancas dão um toque romântico, mesmo que esse casamento não tenha nada de romantismo. — Minha mãe ama as flores e as plantas — André comenta estacionando o carro na área reservada.— Se aqui de fora eu já achei tudo lindo, imagino como deve ser lá dentro.Mamãe comenta com um sorriso em seu rosto. Ontem a noite, quando fui com André para casa, buscar meu vestido e minhas coisas, durante o jantar ela não parou de perguntar sobre o casamento e até mesmo quis saber do Lúcio. André e eu trocamos olhares ao ouvir ela perguntando sobre o motorista da família.— A casa inteira é linda mamãe, depois levo a senhora na parte da estufa que a Rose tem aqui na casa.Digo, descendo primeiro, abrindo a porta para ajudar minha mãe a sair do carro. Mal saímos do carro e Lúcio apareceu na entrada para recepcionar nós três.— Lúcio?André olha para o motorista, que se enco
AndréConversava com um dos clientes da construtora, sobre um novo projeto que meu pai trabalhava em conjunto com a empresa do amigo do meu pai: Antenor Barbosa. O homem era dono de uma rede de departamentos, com filiais em todo o interior de São Paulo. Eu estava me sentindo nas nuvens desde ontem a tarde, quando me reconciliei com Lorenna. Ela voltou para nossa casa, conversamos, nos entendemos e eu não agiria com a cabeça quente, se surgisse outro problema envolvendo minha namorada e a minha filha. De longe avistei Lorenna e Lissandra conversando e não parava de sorrir ao ver o quanto minha mulher estava linda e como eu sou sortudo por tê-la em minha vida.— André, conversei com Antônio e seu pai gostou da ideia de expandir as filiais para o Norte do nosso país. Ele me contou que os negócios nesta região do país, andam indo bem que outros clientes estão com o mesmo pensamento.— Meu pai tem razão. Um dos sócios do empreendimento, Castilho, tem pretensão de construir um novo shopping
Lorenna Sei que estou tentando fazer com que Isabella aceite a minha presença na vida do seu pai, porém também entendo que não posso forçar situações que podem acabar me prejudicando lá na frente. Porém, não posso deixar que minha enteada continue agindo de forma rebelde, muito menos mudando de um jeito apenas para fazer com que o pai dê atenção a ela. Subindo até o segundo andar, vou analisando bem as palavras que direi a Isabella, para que eu não acabe atrapalhando mais do que ajudando. Parei na porta do quarto, criando coragem para entrar sem bater. Pois conheço a forma que Isabella costuma agir quando é contrariada e hoje é um dia de festa e mesmo que Ian não esteja se casando por amor, não é justo estragar o seu casamento. Coloquei a mão na maçaneta da porta, abrindo com cuidado e ao adentrar o quarto, dei de cara com Isabella sentada em sua cama, de costas para a porta. Ela havia trocado de roupa e reparei que usava um dos vestidos que ela gostava. Ela virou o rosto, encontran
André— Meu amor, tá tudo bem contigo?Lorenna chama a minha atenção. Converso com meus pais e minha sogra, enquanto aguardamos Ian e Luciana. Os noivos entraram para conversar no escritório há dez minutos e nada de saírem de lá de dentro. Os convidados esperavam a cerimônia começar e minha mãe estava nervosa com tanta demora. Meu pensamento se encontra longe daqui, porém não quero trazer assuntos meus para a festa de casamento do meu primo.— Estou sim — respondi, observando minha filha conversando com duas garotas da idade dela. Eram netas das amigas da minha mãe. Isabella percebeu que eu a observava e sorriu para mim. Minha vontade era confrontar Isabella, sobre a conversa que ouvi entre Lorenna e ela. Porém, agora não era o momento certo para isso. Basta Ian com os seus problemas em relação ao casamento. Não era correto estragar a noite, muito menos os esforços que mamãe colocou para que tudo ocorresse sem problemas.— Não tenho nada — disse beijando sua testa com carinho — como c
André— Ian, espera! Não faça nenhuma loucura neste momento — me apressei para impedir meu primo de cometer uma burrada. Continuo tentando processar o choque em descobrir sobre a loucura que Luciana cometeu por amar, porém, se meu primo cancelasse o casamento, o nome da nossa família ficaria manchado, principalmente por conta da família da noiva que tinha tanta influência no Estado quanto a nossa.— Primo, não vou me casar com aquela criminosa. Não me peça para fingir que tudo está bem quando sabemos bem que não tá.Escuto ele dizer. Entendo o lado dele, entretanto precisamos manter a calma numa situação dessas, mesmo que sacrifícios sejam necessários.— André e Ian, o que os dois estão fazendo no corredor?Minha mãe surge do nada, para atrapalhar a conversa e eu espero que Luciana não tenha feito nenhuma idiotice, piorando ainda mais toda a situação.— Tia, eu preciso falar algo muito importante com a senhora — Ian começa a falar, porém, minha mãe o interrompe.— O que você aprontou
LorennaQuinze dias passaram, desde o casamento do Ian e Luciana. A cerimônia foi de bastante tensão e desconfiava que algo grave aconteceu antes do casamento. Na verdade, sentia que André escondia algo de mim, bem antes da chegada da noiva. Quando ele apareceu no quarto da filha para chamar nós duas, percebi seu rosto com um olhar estranho e desconfiava que ele poderia ter ouvido a nossa discussão? Se fosse isso, por qual motivo não me dizia nada ou confrontava a filha? Na ausência do primo, André chegava em casa mais tarde, pois Ian era o responsável jurídico da construtora e com alguns novos contratos milionários para lidar, Antônio preferiu esperar o sobrinho voltar de viagem. Em uma noite fomos jantar na mansão e Rose me confidenciou que a lua de mel do sobrinho não estava bem como Ian insistia em dizer. Contou que por duas vezes, ligou para o hotel e os dois não estavam, sendo que Luciana disse para a minha sogra que estava muito cansada e queria voltar logo para o Brasil.— Lor
AndréDesci para o meu escritório com pressa. Não quero ter que explicar para Lorenna o que anda acontecendo, para não deixá-la preocupada. O dia no escritório foi extremamente estressante. A discussão com Ian que voltou de viagem sem avisar, as acusações que ele me fez, por eu impedir de revelar tudo sobre a armação da mulher e de como ele viveu um inferno nos dias em que esteve em lua de mel. Meus pais ainda não sabiam de nada, evitava ao máximo ter que revelar o rumo das coisas. Além disso, eu não conversei com Isabella sobre suas mentiras. Pensava no que fazer com a minha filha, para que ela aprendesse a agir de maneira correta em relação às coisas da vida. Eu andava pesquisando colégios fora do Brasil e estava pensando seriamente em colocar Isabella em um intercâmbio. Dessa forma, seguiria os estudos no exterior e aprenderia que a vida não é como ela deseja. Abro notebook, para trabalhar em um novo projeto, quem sabe eu tiraria da mente a discussão com meu primo, que ainda rondav
LorennaEnquanto eu me vestia, decidi ir até o escritório para conversar com o André. Ele não estava bem, notei isso no banho e nem mesmo os carinhos que fiz nele, foram retribuídos. Algo que ele sempre fazia quando tomamos banho juntos. Então vesti a primeira roupa que encontrei e fui atrás dele. Ao entrar e encontrar sua expressão séria, sabia que algo muito grave andava acontecendo. Após fazer ele me contar os problemas, não pude deixar de ficar em choque com a questão dele mandar Isabella para estudar fora, algo que já era previsto, quando eu fui contratada para trabalhar na casa dos pais dele. Eu de verdade, não tinha noção de que todos os requisitos na realidade eram para morar fora do Brasil. Agora o que me deixou ainda mais surpresa e de uma maneira não muito boa, foi ouvir que a Luciana tinha armado para casar com o primo dele.— André, você não acha que é muito absurdo o que acabou de me contar?Questionei, voltando a sentar em seu colo.— Eu me fiz a mesma pergunta quando o