AndréVoltei cedo para casa, sem imaginar que teria uma surpresa ao sair do banho. Ter Lorenna aqui novamente, encontrar com minha mulher, tê-la outra vez em meus braços, beijar a sua boca, sentir o seu perfume deixou-me louco.Eu mantinha Lorenna em um abraço, para ela perceber o estado em que me encontro por conta desse maldito tempo que ela me pediu.A beijava mostrando todo o meu desespero, o quanto sentia falta dela e faria tudo para que ela voltasse para nossa casa e abandonasse toda essa bobagem de plano ou o que quer que seja.— André me solta — diz tentando sair dos meus braços, entretanto continuo mantendo-a comigo.— Não vou soltar enquanto você não dizer que vai voltar hoje para esta casa. Chega Lorenna! Cansei de ficar sem poder te encontrar, te beijar e te procurar. Somos dois adultos que se amam, e estamos separados por conta de uma besteira de adolescente.Digo sem me importar com mais nada. Se Lorenna quiser, me ajoelho aos pés dela, apenas para voltar para mim.— Não
Lorenna— André, vamos! Levanta dessa cama que o mecânico daqui a pouco vem deixar seu carro.— Fica comigo só mais dez minutos nessa cama, ainda não matei a saudade que estava de você.Ele me mantém presa em seu abraço, sua perna por cima da minha, sem que eu possa me mexer na cama. Tínhamos tomado banho minutos atrás, porém bastou voltarmos para o quarto, para o André me levar para cama novamente. Eu me sinto feliz por estar em seus braços outra vez e não me arrependo de ter cedido e reatar nosso namoro. Mesmo sabendo dos problemas, ainda assim vou tentar esquecer o que aconteceu.— Vamos ter muito mais que dez minutos para ficar juntos. Agora levanta dessa cama, porque eu também vou me vestir, que o seu carro está chegando, preciso voltar na casa da minha mãe para buscar meu vestido e as minhas coisas.Disse, beijando sua boca, descendo minha mão até o meio das suas pernas, para distraí-lo antes de conseguir fugir da cama e correr até o banheiro. Me soltei do seu abraço, no instant
Lorenna— Filha, então você trabalhava nesse casarão?André adentra a entrada da mansão, a decoração começa logo na entrada. Rosas-brancas dão um toque romântico, mesmo que esse casamento não tenha nada de romantismo. — Minha mãe ama as flores e as plantas — André comenta estacionando o carro na área reservada.— Se aqui de fora eu já achei tudo lindo, imagino como deve ser lá dentro.Mamãe comenta com um sorriso em seu rosto. Ontem a noite, quando fui com André para casa, buscar meu vestido e minhas coisas, durante o jantar ela não parou de perguntar sobre o casamento e até mesmo quis saber do Lúcio. André e eu trocamos olhares ao ouvir ela perguntando sobre o motorista da família.— A casa inteira é linda mamãe, depois levo a senhora na parte da estufa que a Rose tem aqui na casa.Digo, descendo primeiro, abrindo a porta para ajudar minha mãe a sair do carro. Mal saímos do carro e Lúcio apareceu na entrada para recepcionar nós três.— Lúcio?André olha para o motorista, que se enco
AndréConversava com um dos clientes da construtora, sobre um novo projeto que meu pai trabalhava em conjunto com a empresa do amigo do meu pai: Antenor Barbosa. O homem era dono de uma rede de departamentos, com filiais em todo o interior de São Paulo. Eu estava me sentindo nas nuvens desde ontem a tarde, quando me reconciliei com Lorenna. Ela voltou para nossa casa, conversamos, nos entendemos e eu não agiria com a cabeça quente, se surgisse outro problema envolvendo minha namorada e a minha filha. De longe avistei Lorenna e Lissandra conversando e não parava de sorrir ao ver o quanto minha mulher estava linda e como eu sou sortudo por tê-la em minha vida.— André, conversei com Antônio e seu pai gostou da ideia de expandir as filiais para o Norte do nosso país. Ele me contou que os negócios nesta região do país, andam indo bem que outros clientes estão com o mesmo pensamento.— Meu pai tem razão. Um dos sócios do empreendimento, Castilho, tem pretensão de construir um novo shopping
Lorenna Sei que estou tentando fazer com que Isabella aceite a minha presença na vida do seu pai, porém também entendo que não posso forçar situações que podem acabar me prejudicando lá na frente. Porém, não posso deixar que minha enteada continue agindo de forma rebelde, muito menos mudando de um jeito apenas para fazer com que o pai dê atenção a ela. Subindo até o segundo andar, vou analisando bem as palavras que direi a Isabella, para que eu não acabe atrapalhando mais do que ajudando. Parei na porta do quarto, criando coragem para entrar sem bater. Pois conheço a forma que Isabella costuma agir quando é contrariada e hoje é um dia de festa e mesmo que Ian não esteja se casando por amor, não é justo estragar o seu casamento. Coloquei a mão na maçaneta da porta, abrindo com cuidado e ao adentrar o quarto, dei de cara com Isabella sentada em sua cama, de costas para a porta. Ela havia trocado de roupa e reparei que usava um dos vestidos que ela gostava. Ela virou o rosto, encontran
André— Meu amor, tá tudo bem contigo?Lorenna chama a minha atenção. Converso com meus pais e minha sogra, enquanto aguardamos Ian e Luciana. Os noivos entraram para conversar no escritório há dez minutos e nada de saírem de lá de dentro. Os convidados esperavam a cerimônia começar e minha mãe estava nervosa com tanta demora. Meu pensamento se encontra longe daqui, porém não quero trazer assuntos meus para a festa de casamento do meu primo.— Estou sim — respondi, observando minha filha conversando com duas garotas da idade dela. Eram netas das amigas da minha mãe. Isabella percebeu que eu a observava e sorriu para mim. Minha vontade era confrontar Isabella, sobre a conversa que ouvi entre Lorenna e ela. Porém, agora não era o momento certo para isso. Basta Ian com os seus problemas em relação ao casamento. Não era correto estragar a noite, muito menos os esforços que mamãe colocou para que tudo ocorresse sem problemas.— Não tenho nada — disse beijando sua testa com carinho — como c
André— Ian, espera! Não faça nenhuma loucura neste momento — me apressei para impedir meu primo de cometer uma burrada. Continuo tentando processar o choque em descobrir sobre a loucura que Luciana cometeu por amar, porém, se meu primo cancelasse o casamento, o nome da nossa família ficaria manchado, principalmente por conta da família da noiva que tinha tanta influência no Estado quanto a nossa.— Primo, não vou me casar com aquela criminosa. Não me peça para fingir que tudo está bem quando sabemos bem que não tá.Escuto ele dizer. Entendo o lado dele, entretanto precisamos manter a calma numa situação dessas, mesmo que sacrifícios sejam necessários.— André e Ian, o que os dois estão fazendo no corredor?Minha mãe surge do nada, para atrapalhar a conversa e eu espero que Luciana não tenha feito nenhuma idiotice, piorando ainda mais toda a situação.— Tia, eu preciso falar algo muito importante com a senhora — Ian começa a falar, porém, minha mãe o interrompe.— O que você aprontou
LorennaQuinze dias passaram, desde o casamento do Ian e Luciana. A cerimônia foi de bastante tensão e desconfiava que algo grave aconteceu antes do casamento. Na verdade, sentia que André escondia algo de mim, bem antes da chegada da noiva. Quando ele apareceu no quarto da filha para chamar nós duas, percebi seu rosto com um olhar estranho e desconfiava que ele poderia ter ouvido a nossa discussão? Se fosse isso, por qual motivo não me dizia nada ou confrontava a filha? Na ausência do primo, André chegava em casa mais tarde, pois Ian era o responsável jurídico da construtora e com alguns novos contratos milionários para lidar, Antônio preferiu esperar o sobrinho voltar de viagem. Em uma noite fomos jantar na mansão e Rose me confidenciou que a lua de mel do sobrinho não estava bem como Ian insistia em dizer. Contou que por duas vezes, ligou para o hotel e os dois não estavam, sendo que Luciana disse para a minha sogra que estava muito cansada e queria voltar logo para o Brasil.— Lor