AndréTentando manter a calma, me afastei dela, arrumando minha calça que não disfarçava a minha ereção. Rever aquela mulher novamente, me deixou louco e por pouco não cometi uma grande burrice dentro desse escritório. Atacar a garota dessa forma, quando somos patrão e funcionária. — Me desculpa pelo que aconteceu agora — observei a forma que Lorenna também se encontra — tão afetada quanto eu.— Senhor, de verdade não tinha ideia de que eu trabalharia para a sua família. Minha amiga Luciana foi quem me indicou o serviço, como sua mãe foi a pessoa que me entrevistou e no dia nem mesmo uma foto sua eu vi. Se eu soubesse, nunca teria aceitado e se achar melhor, invento qualquer desculpa para não continuar trabalhando aqui.A mulher se depara tão nervosa e abalada quanto eu, porém não deixaria que Lorenna se demitisse. Por três anos, seu rosto não saiu da minha mente, até pensei que nunca mais encontraria aquela mulher. Agora ela trabalha como babá da minha filha adolescente e não, eu nã
LorennaAcordei com o despertador tocando, olhei a hora no celular e passava um pouco das 5:30 da manhã. Cedo demais para mim, mas quase na hora para quem precisa estar a posto as 6:30. Hoje, sim, seria oficialmente meu primeiro dia como babá da Isabella. Peguei no sono tarde, acordei com as galinhas e precisaria colocar meu sorriso feliz e não aparecer na frente da patroa com cara de sono. Levanto-me da cama, indo para o banheiro, ligando o chuveiro na água quente. Meu quarto era enorme para uma simples funcionária. O banheiro era de primeira qualidade e não tinha do que reclamar. Quer dizer, tirando o fato do meu chefe ser o homem que eu desejava, tudo estava indo muito bem e obrigada. Recordo da dona Rose me avisando que André raramente almoçava em casa. Os jantares então aconteciam ocasionalmente. Então eu teria sorte de encontrá-lo poucas vezes nessa enorme mansão. Saio do banho, enrolada na toalha felpuda. O xampu mais sabonete que encontrei era de uma marca famosa. Pensei comig
André— André, as obras para esse ano são praticamente uma fortuna que a construtora vai receber. Ian após finalizar a partida do jogo online, se juntou a mim para ouvir a proposta que seria enviada por e-mail vindo da parte de Ricardo Martinez.— Papai, ficará feliz com todo o trabalho e dizer que vai se aposentar na melhor fase da construtora — respondi, bebendo um gole do café puro que Renata, a minha secretária, trouxe, assim que cheguei ao escritório.— O tio não cansa de falar dessa aposentadoria. A tia Rose me contou na última vez que estive na mansão, que com a nova funcionária para cuidar da Bella, logo os dois pretendem tirar umas férias de pelo menos seis meses.Ao ouvir meu primo, citando Lorenna sem ter noção de como ela era, me fez pensar que assim que o maldito colocasse os olhos nela, com certeza não pensaria duas vezes em paquerar a babá da minha filha. Ian não sabia da noite que passei ao lado dela, muito menos que a conheci na noite em que ele acabou não conseguind
Lorenna— Espero não estar incomodando a senhora — digo me aproximando da minha patroa, que cortava as folhas secas das plantas.— Você nunca me atrapalha, minha querida. Que bom estar aqui, assim me faz companhia enquanto estou terminando de cuidar dos meus bebês!Dona Rose me responde, sorrindo enquanto cortava os galhos e folhas secas, eu prestava atenção a tudo.— Isabella hoje não vem almoçar em casa — digo, ajudando minha patroa a guardar o material de jardinagem na cesta.— Lorenna, acabei esquecendo de avisar sobre o jantar dessa noite. Vamos ter visitas e meu sobrinho Ian vem nos visitar hoje. Dona Rose me avisa, eu ouvi por cima sobre o único sobrinho que seu Antônio tinha, o homem era advogado da empresa e alguns anos mais jovem que André. Só não sabia se era casado, solteiro ou viúvo como o primo.— A senhora precisa que eu faça algo para hoje a noite? Questiono, a dona Rose me responde que tudo estava sob controle.— Você vai se divertir muito com a presença do meu sobr
AndréO dia na empresa foi bastante produtivo. Almocei com Ian e discutimos as cláusulas do novo contrato que seria assinado com a rede hospitalar do grupo Martinez. As obras com o governo teriam início em breve e o ano mal começou e tínhamos trabalho para todos os meses. Papai, foi embora mais cedo e agora aguardava meu primo para irmos juntos para casa. Como Ian com certeza iria beber, decidiu deixar o carro na garagem do prédio. Pediria para o motorista deixar meu primo em casa e no dia seguinte passaria em seu apartamento para irmos juntos para o trabalho. Desligava o notebook, quando a porta do meu escritório abriu e Ian apareceu me avisando que estava me esperando para ir embora.— Primo, estou muito curioso para conhecer a nova babá da Bella. Você enrolou e não respondeu à idade da mulher, se é nova ou uma senhora.Ian diz com curiosidade e evito comentar sobre Lorenna na frente do meu primo. Era melhor chegar em casa e conhecer minha funcionária. Só esperava que ele não coloca
LorennaConversava na sala com a dona Rose, quando dei falta do meu celular. Com certeza acabei esquecendo no quarto da Isabella e pedi licença para buscar. Seu Antônio contava sobre as obras que a construtora teria durante o ano inteiro e elogiou o trabalho do filho e do sobrinho que eu conheceria no jantar. Pelo que entendi, o homem chamado Ian foi criado pelos tios e era 15 anos mais jovem que André, solteiro e trabalhava na parte jurídica, lidando com os contratos. O primo que ainda não conhecia, pelo que notei, era bem-querido por Isabella, que não parou de falar como estava ansiosa para rever o primo. Percebi uma certa empolgação vinda da parte da garota e talvez era bobagem ou coisa da minha mente. Pedi licença para subir até o quarto e quando estava virando o corredor para as escadas, esbarrei com André. Acabei levando um susto, quando dei de cara com meu patrão, que estava mais charmoso ainda sem o terno, usando apenas sua camisa azul social. Conversamos por alguns minutos, A
AndréSabia o quanto estava me arriscando, vindo atrás da minha funcionária na cozinha da minha casa. Lorenna ocupava minha mente, não conseguia pensar com clareza e queria apenas encontrá-la fora daqui.— André, ficou louco? Estamos na cozinha da sua casa, imagina se a sua mãe ou outra pessoa aparece aqui? Questiona, tentando sair de perto de mim. Eu permaneço de frente para ela, sem pensar nas consequências da minha impulsividade.— Só diga sim ou não, e te deixo em paz — respondo, num momento de distração ela consegue passar por mim, voltando sua atenção para a água que fervia no fogão.— Primo, perdeu algo aqui na cozinha?A voz do Ian surge, me fazendo virar de frente para o meu primo, tentando disfarçar a tensão entre mim e Lorenna.— Não perdi nada, vim aqui só beber um copo de água — digo disfarçando porque sei bem o primo que eu tenho e qualquer vacilo meu, Ian perceberia meu interesse na babá. Vejo Lorenna preparando o café no automático, sem virar o rosto ou dizer algo. Ia
AndréAcordei com uma enxaqueca após mentir que estava com uma e assim fugir do café na sala com meus pais e meu primo. Minha cabeça estava latejando e fui até o armário no banheiro, pegando um frasco de comprimido para dor de cabeça. Enchi o copo de vidro com a água da garrafa que minha mãe sempre deixava ao lado da minha cama. Tomando de uma só vez duas pílulas. Foda-se se estava de estômago vazio. Só queria trabalhar sem essa enxaqueca que me deixava nervoso sempre que aparecia. Começaria hoje o esboço do próximo projeto que eu trabalharia com Ricardo Martinez e quem sabe eu me concentraria melhor e não ficaria o tempo inteiro pensando na babá. Despi meu pijama, entrando embaixo do chuveiro quente. Deixei a água escorrer pelas minhas costas, imaginando como Lorenna estaria hoje. Era ridículo um homem da minha idade e posição, obcecado pela babá da minha filha adolescente. Entretanto, Lorenna não era apenas uma funcionária, era muito mais do que isso e ela nem mesmo tinha noção de