Kyle McLean.
Kyle McLean.
Kyle McLean.
Era como um mantra em sua cabeça, como uma daquelas músicas que você não suporta, mas que fica repetindo na sua mente várias vezes até você se acostumar e acabar gostando.
Talvez fosse isso que ele queria: repetir tantas vezes o nome do rapaz que acabasse se convencendo de que era uma boa ideia procurá-lo. Já estava com o Facebook aberto, só precisava digitar as duas palavrinhas na lacuna em branco e lá estaria ele, materializado como uma evidência.
Sua última experiência com álcool não fora lá muito proveitosa, mas algo lhe dizia que estava começando a se sentir melhor. Algum dia seus sentimentos negativos a abandonariam por completo, e ela poderia viver em paz. Sabia que devia muito a Jacob por sentir-se tão segura. Ele era um homem bom, que cuidava dela com carinho e dedicação, e ainda sabia exatamente como seduzi-la. Era o pacote completo. Um presente dos céus. Sentados no chão da casa dele, abraçados como dois namorados, ouviam música e compartilhavam uma garrafa de vinho. Paige ainda estava na primeira taça, mas já começava a sentir os efeitos da bebida.
Enquanto Paige e Zhoe se fartavam de cupcakes, Jacob e Fred terminavam de almoçar e partiam para a casa de Geoffrey Hill. Tratava-se de uma propriedade simples, de classe média, com dois andares, pintura em um tom discreto de amarelo e portões altos em madeira. Havia um interfone do lado de fora, e Jacob chegou a hesitar antes de tocá-lo. Apesar de ser um homem equilibrado, não fazia ideia de qual seria sua reação caso ficasse frente a frente com ele; com o monstro que destruiu a vida de sua Paige. Contudo, tentou respirar fundo e se lembrar que era um policial, que não podia levar coisas para o lado pessoal. Sendo assim, colocou o dedo no botão do interfone de forma decidida e esperou. 
A cama estava vazia, contrastando com seu coração. Sentia-o pleno, cheio de amor. Apesar de estar sozinha, o colchão ainda estava quente, sinal de que ele tinha se levantado há pouco tempo para tomar banho. Eram poucos os quartos da pensão que possuíam suíte, mas, como era a única hóspede, tivera tal privilégio. Ainda bem, pois conseguia ouvir de perto o barulho do chuveiro e uma canção sendo assobiada bem de leve, alegremente. Ainda era cedo, o relógio ainda não tinha marcado nem sete e meia, mas já estava na hora de ambos começarem a se aprontar para o trabalho. Também sentin
A cama estava vazia, contrastando com seu coração. Sentia-o pleno, cheio de amor. Apesar de estar sozinha, o colchão ainda estava quente, sinal de que ele tinha se levantado há pouco tempo para tomar banho. Eram poucos os quartos da pensão que possuíam suíte, mas, como era a única hóspede, tivera tal privilégio. Ainda bem, pois conseguia ouvir de perto o barulho do chuveiro e uma canção sendo assobiada bem de leve, alegremente. Ainda era cedo, o relógio ainda não tinha marcado nem sete e meia, mas já estava na hora de ambos começarem a se aprontar para o trabalho. Também sentin
Com um gesto discreto de cabeça, Zhoe demonstrou para Paige que tinha conseguido enviar a mensagem. Por mais que Tate fosse irresponsável, ela sabia que ele não iria deixá-la na mão. Paige, por sua vez, teria que acreditar na sorte. Era sua única chance. ― O que tanto vocês se comunicam com os olhos? Pensam que eu sou idiota? ― Geoffrey berrou descontrolado e apontou a arma novamente para Zhoe, mesmo a uma pequena distância. ― Não me custa nada matá-la, Amy! Eu juro que vou estourar os miolos dela aqui mesmo. Paige estremeceu, temendo por Zhoe. Ela não tinha nada a ver com aquilo, não deveria estar passando por um
Ainda de olhos fechados, Zhoe se permitia mais alguns minutos de sono. Depois do dia conturbado, onde fora feita refém de um maluco, merecia um descanso. Cora, seu ajo da guarda, estava cuidando de Colin, e tinha explicado tudo à primeira cliente dos cupcakes, que topou pagar pelos docinhos mesmo a festa estando em cima da hora, na noite anterior. Tudo que queria era tirar o dia de folga da vida e passá-lo inteiro na cama com Tate, fazendo amor por horas e horas. Lembrando da presença dele, estendeu a mão em sua direção, ainda sem abrir os olhos, e percebeu que a cama estava vazia. Abriu, então, os olhos e sorriu ao perceber que havia um b
Estava exausta. E suja, amedrontada e desorientada. Mas não ousaria parar. Continuar significava estar cada vez mais próxima de seu destino. De sua liberdade. Não que soubesse muito bem para onde deveria ir. Tinha apenas um mapa nas mãos e um carro cuja gasolina já estava quase acabando. A cidade mais próxima chamava-se Green Hill e ficava a apenas quinze quilômetros de distância. Sim, ela conseguiria chegar. Devia ser um bom sinal. Enquanto dirigia o carro velho ― roubado, é claro ―, começava a perceber que suas mãos tremiam. Pensara que quando estivesse longe de todo aquele pesadelo sentiria-se melhor, que aqueles sent
Com o carro devidamente abastecido, deixando-o estacionado em uma vaga no próprio posto de gasolina, Paige seguiu para a pousada indicada por Cora, que realmente ficava logo em frente. A pousada "Z" era bastante simples, mas tinha seu charme. Era limpa, rodeada por flores na entrada, além de um balanço branquinho e romântico. Mesmo que Paige não tivesse sido informada sobre a dona, rapidamente concluiria que se tratava de uma mulher. Tocou a campainha, ansiosa para que alguém a atendesse logo, pois tudo que mais queria era um banho e deitar em uma cama macia e quentinha. Contudo, a pessoa que abriu a porta não devia ter muito mais do que sete anos