✯AGNÊS WALDORF✯
— Era você ou a Aylla que tinha uma quedinha pelo Matheus? — Andrew perguntou em voz baixa.
Claro que está tentando me provocar, ele sabe muito bem que era eu. Mas nunca passou disso, uma quedinha idiota pelo irmão postiço da minha mãe. Afinal, nem poderia chamá-lo de tio, já que além de não terem o mesmo sangue, nunca tiveram uma convivência.
— Como você é engraçadinho, Waldorf — ironizei, abrindo meu melhor sorriso na intenção de provocá-lo.
Não importa quanto tempo passe ou o que aconteça entre nós, sempre seremos dois idiotas que gostam de provocar um ao outro. Mas no fim, sempre nos apoiaremos acima de tudo, como sempre foi desde que Andrew aprendeu a fazer merda e eu estava lá para concertar.
— E como você é irritante, gracinha. — O tom de provocação em sua voz, fez meu rosto virar em sua direção no mesmo instante. Desde quando esse apelido começou a faz
✯ANDREW WALDORF✯— Eu quero esses rostos sorridentes! — alertou dona Elizabeth, segundos antes da porta ser aberta.É sempre a mesma coisa, desde que éramos crianças. Ordens atrás de ordens, já deveria estar acostumado com seu jeito rígido. E lá estávamos nós, impecáveis. Como Elizabeth mandou. Cansados depois de horas de viajem, mas com sorrisos falsos estampados no rosto.— Feliz aniversário, vovó — desejei, logo tentando me desfazer do seu abraço apertado.— Como vocês cresceram. A quanto tempo não os vejo? — perguntou, olhando para nós três enfileirados. — Deu fermento para essas crianças, Elizabeth? — tentou fazer uma piada, mas apenas mamãe e papai riram por consideração. — Entrem. Elena, Matheus e Noora já estão na sala de jantar — avisou.Elena e Elizabeth são irmãs. Quando mamãe estava prestes a se casar, pegou tia Elena e o noivo no flagra. Faltava menos de uma sema
✯AGNÊS WALDORF✯Suspiro, sentindo seu corpo junto ao meu; sem deixar espaços. Não posso, não podemos, mas é mais forte do que qualquer coisa que eu já tenha sentido. Andrew é a minha metade, amém ele estou perdida; sem rumo. Por isso não posso deixar que nós mesmos coloquemos um fim no único fio de amor fraternal que nos restou.Seus fios castanhos estão entre meus dedos, posso sentir seu hálito quente roçar sobre meus lábios. Sei que Andrew está esperando eu dar o segundo passo, e beijá-lo de uma vez por todas. Mas simplesmente não podemos; isso é errado!— Por favor, de novo não — implorei em um sussurro.—Por quê? — Me encostou na bancada, sem se afastar um centímetro.— Sabe que ela é sua prima, não sabe? — troquei de assunto, usando suas antigas palavras.Seus olhos se abriram lentamente, à medida em que ele foi se afastando e recobrando o controle de sua respiração
✯ANDREW WALDORF✯Se Elizabeth acha mesmo que Agnês vai estudar em um colégio interno, ela está bem enganada. E também ela não vai ficar aqui para cuidar da vovó Elly. Não vou deixar minha irmã morar em um lugar infeliz só por capricho da nossa mãe. Nossa vó não é tão velha, e mesmo se fosse, ela ainda tem o marido e o filho de consideração. Não precisa de Agnês pra exatamente nada.— O que? Eu não posso ficar aqui! Mãe eu tenho uma vida! —Agnês levantou-se irritada.— Eu sei, querida. Entretanto, um pouco de disciplina lhe cairiam bem — falou, levando a taça de vinho até os lábios. Ela pode não ser o Blake, mas consegue ser tão indiferente quanto ele.— Eu. Não. Quero. Morar. Aqui! — falou, pausadamente. Com os punhos cerrados, seu peito subindo e descendo de raiva.— Certo, então o colégio interno. Ou é um, ou é outro, Agnês. — Minha mãe encarou ela, como se estivesse se divertindo com
✯AGNÊS WALDORF✯Depois de anos sem visitar minha avó, sem visitar esse lugar, ainda parece estar tudo igual a antes. Menos nós, a nossa família mudou por completo. Não reconheço mais minha mãe, eu nem se quer me reconheço de verdade. Não sou mais a garota que costumava a ser, e ainda não descobri se isso é uma boa coisa.Não vou mais ficar aqui chorando, esperando que Elizabeth mude de ideia e comece a ser a mãe que nunca foi. Se ela acha que eu sou uma filha ruim... Ainda vai ver o que é ser ruim de verdade.Levantei do balanço e caminhei até a beirada do lago. Me viro para Andrew, e a expressão em seu rosto já diz que meu irmão não faz ideia do que estou prestes a fazer.— Ainda gosta de nadar sem roupas? — perguntei, levando minhas mãos até o zíper do vestido e o fazendo deslizar pelo meu corpo, até cair no chão.Com certeza está chocado, e sua boca entreaberta já diz isso
✯ANDREW WALDORF✯Como vou falar pra ela o que eu sinto se realmente não faço ideia dos meus reais sentimentos? Eu sei que quero muito transar com essa mulher, já foram muitos anos esperando e sendo ignorado. Dessa vez Agnês vai ceder, eu sei disso. E já somos maiores de idade, se ela quiser e eu também; nada mais importa.Só não posso deixar que ela fique aqui. Não com o Matheus morando nessa maldita casa. Não acho que Agnês ainda sinta alguma coisa por ele, mas é sempre bom prevenir que algo aconteça. Porque eu sinceramente mataria ele se encostasse um dedo nela.Depois de alguns minutos, entrei em casa e fui para a sala de estar. Vendo que estavam todos reunidos assistindo à algumas fotos antigas.— Lembra desse dia, Elizabeth? — perguntou meu pai, lançando um sorriso discreto para ela.— Como não lembrar? — falou, sorrindo de volta e olhando a imagem.Uma foto d
✯AGNÊS WALDORF✯Andrew aperta meu corpo contra o dele, sem parar de me beijar e apertar meus seios rígidos. Estou quente e ofegante, sentindo minha intimidade latejar em excitação.Minhas unhas deslizam pelo seu abdômen, enquanto me mantenho nas pontas dos pés para continuar sentindo seus lábios.Seus braços rodeiam minhas coxas, fazendo com que eu prenda minhas pernas em sua cintura. Ele caminha até a cama e me deita nela, logo ficando por cima de mim, distribuindo beijos pelo meu pescoço, descendo para meus seios, passando levemente a língua quente pela minha barriga.Andrew se coloca entre minhas pernas. Solto um gemido baixo e me contorço, sentindo sua língua deslizar pela parte interna da minha coxa esquerda; até alcançar minha entrada. Suspiro e mordo o lábio inferior, evitando que mais algum gemido escape.Ele abocanha minha buceta, chupando e lambendo enquanto mantém seu olhar fi
✯ANDREW WALDORF✯Respiro fundo, sentindo a água cair sobre meu corpo. Eu nunca tive tanto autocontrole antes, não quando se trata de Agnês. Sinto uma pontada de arrependendo por tê-la deixado daquele jeito, estava tão perfeita gemendo meu nome. Entretanto, sei que só assim vou conseguir convencê-la a ficar comigo sem que se arrependa.Eu sei, isso é loucura. Agnês é minha irmã e eu não deveria pensar nela de outra forma e muito menos transar com ela. Mas não consigo sentir culpa quando estamos juntos, quando a beijo e encosto em seu corpo.As imagens de algumas minutos não saem da minha cabeça. Agnês gemendo meu nome, agarrando os lençóis, mordendo o lábio inferior para não gemer alto... Essa garota vai acabar me enlouquecendo, se é que já não fez isso sem que eu perceba.Desligo o chuveiro e me enrolo em uma toalha, me preparando psicologicamente para olhar em seus olhos depois do que fizemos. O problema não
✯AGNÊS WALDORF✯Não vou mais deixá-lo saber que tem controle total sobre o meu corpo. Essa foi a última vez que fiz algo por impulso movido a desejo e excitação. Andrew não me tem nas mãos, e nunca vai ter.Balancei Aylla, acordando-a para que saíssemos do carro. Antes que pudéssemos entrar em casa, minha mãe nos chamou e disse:— Quero os três no meu escritório, agora mesmo. — Sua voz soou seca, fazendo eu me encolher e apertar mais a mão de Aylla.Deixamos nossas coisas no centro de mesa da sala e seguimos para o escritório dela. Era inevitável não ficar tensos, com certeza Andrew e eu estamos prestes a surtar, só de pensar que ela sabe de nós dois.— O que acham que ela vai falar? — perguntou Aylla, sentando-se ao meu lado enquanto esperávamos Elizabeth.Olhei para Andrew, que também mantinha seus olhos firmes em mim. Ele fez uma careta, sugerindo que está