Capítulo 22Após o café da manhã, Gabriel segurou a mão de Jussara com um sorriso no rosto.— Vamos, querida? Quero aproveitar o dia ao seu lado.Jussara assentiu, ainda se sentindo radiante pela recepção calorosa de Dona Amélia. Eles saíram juntos e, após uma breve viagem, chegaram a uma joalheria luxuosa no centro da cidade.Jussara entrou no local e imediatamente ficou deslumbrada. As vitrines brilhavam com joias de tirar o fôlego. Gabriel parecia saber exatamente o que procurava.— Estamos aqui para algo especial — disse ele ao atendente, que prontamente os conduziu a uma área mais reservada.— Algo especial, senhor Monteiro? — perguntou o atendente, com um sorriso cortês.— Um anel de compromisso para a mulher mais especial da minha vida — respondeu Gabriel, apertando levemente a mão de Jussara, que ficou sem graça.— Gabriel, não precisa ser nada extravagante... — começou ela, mas ele a interrompeu.— Deixe isso comigo, querida. Não precisa se preocupar.O atendente trouxe uma b
Capítulo 23Dona Amélia, empolgada com a conversa, foi direto para seu quarto pegar a agenda e ligar para o obstetra de confiança.— Doutor Vargas? Aqui é Amélia Monteiro, tudo bem? Gostaria de marcar uma consulta para minha nora. É, sim, ela está esperando um bebê.Enquanto Amélia organizava tudo, Jussara decidiu sair um pouco. A manhã estava ensolarada, e o jardim da mansão parecia o lugar perfeito para relaxar. Ela desceu os degraus que levavam ao grande gramado e caminhou lentamente entre as flores.O perfume das rosas e o som suave da água na fonte central a fizeram sorrir. Sentou-se em um banco sob uma árvore frondosa e fechou os olhos por um instante, aproveitando o momento.— Já se adaptou à mansão? — perguntou Gabriel, que havia saído do escritório e a observava à distância.Ela abriu os olhos, vendo-o caminhar em sua direção. Ele ainda tinha uma expressão concentrada, provavelmente pensando no trabalho, mas seus olhos suavizaram ao encontrar os dela.— Estou começando — resp
Capítulo 24Dona Amélia chegou da ida rápida ao mercado, o motorista levou a compra até a cozinha. Ela agradeceu e o acompanhou a cozinha verificar o almoço.— Eu já venho, querida.— Vou aguardar a senhora no jardim.Depois de garantir que tudo estava em ordem na cozinha, tirou o celular da bolsa e viu que tinha uma ligação perdida de um número conhecido.Curiosa, ligou de volta e, após alguns toques, uma voz animada atendeu do outro lado.— Amélia! Quanto tempo! — disse uma voz feminina calorosa.— Clara? Que surpresa boa! Como você está?— Estou ótima, querida. Liguei porque estou organizando uma pequena festa para minha sobrinha. Ela faz 27 anos hoje e vamos fazer algo simples, mas especial. Gostaria muito que você viesse.Dona Amélia sorriu. Clara era uma amiga das antigas.— Que convite adorável! Onde vai ser?— Aqui na minha casa, às oito. Vai ser algo pequeno, mas cheio de carinho. Você pode trazer quem quiser, é claro.Amélia pensou por um momento e respondeu:— Vou adorar! V
Capítulo 25Gabriel apertou o abraço, como se quisesse transmitir ainda mais conforto e segurança. Aos poucos, foi afrouxando os braços, dando espaço para Jussara se recompor. No entanto, ao se afastar, seus olhos finalmente captaram os detalhes que antes a preocupação não havia permitido ver. Ela estava quase nua, com aquela minúscula calcinha e a pele brilhando pelo creme que ela havia passado. Seus olhos, instintivamente, percorreram toda a sua formosura, e ele sentiu um calor subir pelo corpo, quase o deixando sem ar. Seus pensamentos começaram a correr soltos, mas ele fechou os olhos por um instante, tentando se controlar. Gabriel deu um passo para trás, esboçando um sorriso tenso. — Você é mesmo uma tentação, sabia? — disse com a voz rouca, quase num sussurro. Jussara corou violentamente, colocando as mãos no rosto.— Gabriel! Eu… eu nem me dei conta de que estou… — balbuciou, apressando-se em pegar o vestido que estava pendurado. Ele soltou uma risada baixa, passando
Capítulo 26Enquanto Gabriel conversava com alguns amigos no salão principal, Jussara se afastou para pegar um pouco de ar na varanda. Observando a oportunidade perfeita, Cecília a seguiu com um sorriso falso e uma taça de champanhe na mão.— Ah, Jussara, querida, precisava encontrar um momento para falar com você.Jussara virou-se para ela, mantendo a educação.— Claro, Cecília. Algum problema?Cecília deu um sorriso enviesado.— Não, nenhum problema. Só achei que seria gentil da minha parte te dar um pequeno... aviso.— Aviso? — perguntou Jussara, confusa.Cecília tomou um gole da bebida antes de continuar:— Não sei o quanto Gabriel te contou sobre o passado dele, mas... digamos que temos uma história. Algo... especial.Jussara sentiu um aperto no peito, mas tentou manter a calma.— Tenho certeza de que Gabriel já compartilhou tudo que é importante comigo.Cecília soltou uma risada baixa.— Será? Porque, da última vez que conversamos, ele não parecia tão decidido a seguir em frente
Capítulo 27Marcus estava sentado em sua sala na empresa do pai, o silêncio preenchia o ambiente, e isso era extremamente monótono para ele. Nas mãos, um lápis que ele girava distraidamente entre os dedos. Seus pensamentos estavam longe, perdidos entre memórias do passado e dúvidas sobre o futuro. Ele franziu o cenho, cerrando os dentes, enquanto um mistura de frustração e raiva tomava conta de si.Sem perceber, apertou o lápis com força demais, até ouvi-lo quebrar com um estalo seco. Ele olhou para os pedaços em suas mãos e suspirou profundamente, como se aquilo fosse um reflexo de sua própria confusão interna."Chega," pensou ele, levantando-se abruptamente. "Isso precisa ser resolvido agora."Determinado, pegou o paletó e saiu de sua sala com passos firmes, ignorando os cumprimentos dos colegas de trabalho enquanto caminhava em direção ao elevador. Sua mente estava clara em um único objetivo: falar com seu pai. Era hora de resolver as coisas, mesmo que isso significasse um confront
Capítulo 28Dona Amélia estava cortando legumes na cozinha, quando os gritos de Marcus ecoaram pela mansão. Ela parou por um instante, franzindo o cenho, e suspirou profundamente.— O que será agora? — murmurou para si mesma.Limpou as mãos no pano de prato e o deixou sobre a bancada.— Esperem um momento.Retirando o avental rapidamente, foi em direção ao escritório, o som das vozes altas guiando seus passos apressados. Quando chegou à porta entreaberta, pôde ouvir Gabriel, já com o tom mais firme, encerrando a discussão:— Tenha um bom dia, filho.Marcus passou por ela no corredor como um furacão, nem ao menos a cumprimentando, a expressão rígida e os punhos cerrados. Amélia ficou parada por um momento, observando o neto desaparecer, e então entrou no escritório.— Gabriel, o que está acontecendo aqui? Por que Marcus estava gritando? — perguntou, fechando a porta atrás de si e cruzando os braços, claramente preocupada.Gabriel suspirou, recostando-se na cadeira.— Marcus ainda não a
Capítulo 29 Jussara aceitou mais uma porção do prato delicioso que Dona Amélia serviu. Entre uma garfada e outra, ela sentiu-se cada vez mais à vontade. Dona Amélia, sorrindo, incentivava: - Isso, querida, coma sem pressa. Você está se cuidando tão bem, vai ficar radiante nesse período. - Obrigada, Dona Amélia. Acho que meu apetite triplicou! - Jussara respondeu, rindo. Depois de terminar o prato, ela agradeceu novamente, deu um abraço em Dona Amélia e seguiu em direção ao escritório. Enquanto isso, Dona Amélia voltou a coordenar a cozinha com os cozinheiros, finalizando o almoço com maestria. Jussara caminhou pelos corredores da mansão, admirando os detalhes decorativos que pareciam ter uma história. Ao chegar à porta do escritório, deu duas leves batidas antes de abrir. - Posso entrar? - perguntou, espiando pela fresta da porta. Gabriel levantou os olhos dos papéis que estava revisando e sorriu imediatamente ao vê-la. - Claro, entre! Estava pensando em você. Jussara entrou,