** BRUNO **
Depois de uma noite agitada, acordei cedo. Fiquei feliz em ver que Patrícia ainda estava dormindo.Ela precisava descansar depois da segunda noite desastrosa em nossas férias. Peguei meu telefone da mesa de cabeceira e abri minhas mensagens.Desconhecido: “ Voltarei, e da próxima vez vou levar as crianças.”Eu estreitei meus olhos para a tela, esses filhos da puta. Eram os Bragas, devem ter sido.Quem mais tinha algo contra mim e a Patrícia? Minha mulher é um doce com todos, muito embora às vezes sou um pouco cabeça quente não tenho inimigos a esse ponto.Eu tive meu quinhão de conflitos, mas não desde que comecei uma família. As crianças mudaram tudo.Agora tínhamos tudo a perder… Eu parei essa linha de raciocínio, qualquer que fosse o psicopata que estava invadindo, vandalizando e nos ameaçando, ele queria que eu ficasse com medo.Aquele era o ponto principal e eu não ia dar a ele o que ele queria, Patrícia se mexeu ao meu lado, aco** PATRÍCIA ** - Waffle especial! - Priscila gritou, pegando a monstruosidade coberta de caramelo, pingando chocolate e enfeitado com polvilho com as mãos nuas. - Chocolate quente especial! - Breno ecoou, com seu rosto emergindo de trás da caneca gigante com chantilly no nariz. O hotel realmente exagerou nessa… Eu sei que a intenção era puramente nos manter aconchegados depois de tudo que aconteceu, mas talvez eles tenham passado do ponto. - Mmmm, mimosa - Roger disse com um sorriso embriagado. - Mãe, mãe, mãe! - Acrescentou Jade. Todos nós estávamos tornando café da manhã juntos, minha família, Beatriz e sua família e Carlos. Estávamos sentados na única mesa em um terraço especial desfrutando de um café da manhã final antes de seguir para para o nosso próximo ponto de férias. Eu sabia que Josué se sentiu mal com o que aconteceu, e ele estava tentando nos compensar com o melhor tratamento que o hotel poderia oferecer. Mas Bruno e eu não
Na delegacia, os policiais cumprimentaram Bruno e a mim e nos levaram a uma pequena sala com um espelho falso para que pudéssemos assistir ao interrogatório.- Eles estarão aqui a qualquer minuto - O oficial nos informou, e então nos deixou sozinhos.Bruno e eu nos acomodamos nas duas cadeiras. Ele segurou minha mão enquanto verificava seu telefone.- Tomás encontrou um guarda-costas para nós", disse ele animado.- O nome dele é Mauro, ele está a caminho do hotel agora.- Isso é ótimo - eu respondi. Eu não tinha ficado louca com a ideia de um guarda no começo, mas a notícia me fez sentir aliviada.Eu estava ansiosa desde a noite anterior... e saber que veria Samuel e Marta, mesmo através de um espelho falso, só estava piorando as coisas.Bruno deve ter notado, porque ele agarrou minha mão.- Ei, vai ficar tudo bem. Eu prometo.Balancei a cabeça, eu confiei nele. Só então, através do espelho falso, vimos a porta aberta, apertei a mão de Bruno.
Depois de um almoço maravilhoso com muitos frutos do mar, batatas fritas e hambúrgueres para as crianças, todos estavam felizes.Finalmente parecia que eu estava na tão sonhada férias que desejei por semanas. Eu, minha família e amigos.Bruno e eu estávamos nos sentindo muito melhor com nossas roupas novas e conseguimos evitar por pouco os colapsos das crianças e do adolescente que atende pelo nome de Roger.Para os três, uma ida ao shopping era tão agradável quanto uma consulta no dentista.Ao contrário de dona Marly, minha mãe, que adora dar uma boa olhada em tecidos macios e sedosos.Tudo estava indo muito bem, estas são as férias que esperávamos o tempo todo, estava totalmente relaxada. Passamos por uma fonte gigantesca, com a água tilintando ao cair.- Não pode ser, porra. - A voz de Bruno me parou no caminho. Fiquei atordoada e assustada.- Palavra feia, papai! - Priscila repreendeu.O que está acontecendo? Algo está errado? Eu segui o olhar de
Samuel Braga foi levado ao hospital por sua irmã. Apesar de sair um tanto quanto atordoado do parque, aparentemente ele estava bem. Apenas um corte na cabeça. Um susto levou a grande comoção.Eu fui ao meu quarto para tomar um banho e relaxar, a essa altura mamãe fez questão de ficar com as crianças para que eu possa ter um momento de descanso. Meus filhos estavam em boas mãos, limpos e alimentados, não poderia desejar mais nada. Além da minha cama, é claro. Passada toda aquela atenção indesejada das pessoas que passeavam no parque e dos fotógrafos, eu e Bruno estávamos no nosso quarto, meu marido e eu depois daquela confusão em praça pública estávamos curtindo um ao outro, tudo o que precisamos era de um momento a sós.Era um momento de extrema intimidade, estava completamente nua enquanto Bruno idolatrava o meu corpo.Ele me acariciava com paixão enquanto seus olhos piscavam em luxúria. Bruno beijava lentamente um dos meus seios enquanto suas mãos fortes e gr
** BRUNO **”Lá estava eu, sentado em uma cela no presídio em outra cidade. Inferno, eu passei a noite na cadeia! Já estive naqueles lugares que tinha sido muito mais chique do que este.E isso... não era o ideal. A grande cela comunitária estava cheia de caras grandes em pequenas cadeiras de metal.O ar cheirava a cerveja e mijo, e quando me mexi, minha calça grudou no assento embaixo de mim. Merda, vou ter de queimar meus novos Guccis.Havia quase uma dúzia de nós delinquentes na cela, e pela aparência deles, eu não era o único aqui por agressão grave.- Ei, amigo, você tem um cigarro? - Perguntou um cara que parecia bêbado demais para fazer mal a alguém. Provavelmente estava aqui por vadiagem ou urinar em público.- Não - eu respondi, virando-me para o caso de ele ter alguma ideia de conversar.Há quanto tempo estou aqui? Verifiquei meu relógio, pouco menos de trinta minutos.Cara, o tempo passa devagar quando você é arrancado da cama com sua
- Na verdade, existem dois suspeitos viáveis: Samuel e Marta Braga.- Meus colegas em Spa não conseguiram coletar nenhuma evidência significativa contra eles - continuou o oficial - então este departamento não aceita as acusações.Merda. Esse interrogatório estava ficando pior a cada minuto.- De qualquer forma, estamos lidando com uma situação completamente diferente aqui. Você, Sr. Ricci, é acusado de agressão grave.Suspirei, apertando a base do meu nariz. Isso era horrível. A polícia de Spa foi útil para nós, mas claramente essa conexão não significava nada aqui.E o departamento de polícia de outra cidade estava claramente na mão de Samuel Braga.Olhei para o espelho à minha direita, eu confiava que tanto Samuel quanto Marta estavam sentados lá atrás, me observando.- A cabeça do Samuel está bem? - Eu perguntei. O policial continuou a franzir o cenho.- Ele precisou de quatro pontos - Estremeci, mas não disse nada. Meu advogado ficaria
** PATRÍCIA**- Shhh, está tudo bem. Está bem. - Pricila fungou em meus braços. Breno estava enrolado no colo da minha mãe ao nosso lado no sofá.Que pesadelo.- Papai está voltando para casa em breve, mas quando? - Breno perguntou.- Mamãe ainda não sabe, mas definitivamente antes de você acordar de manhã.Eu me virei para minha mãe cujos olhos preocupados se fixaram nos meus. Eu só podia esperar que pudéssemos resgatar meu marido antes disso.Eu já havia falado ao telefone com nosso advogado, que me garantiu que estava em contato com a polícia e me ligaria imediatamente quando descobrisse o valor da fiança.Mas ele não podia falar por muito tempo. Eu nem sabia as perguntas certas a fazer. Toda essa situação estava muito fora da minha zona de conforto.- Eu quero ficar acordada até o papai voltar - Priscila decidiu, mas seus olhos já estavam se fechando.- Eu também! - Breno concordou com um bocejo. Levei as crianças para a cama, prometendo-
** BRUNO **O rosto de Carlos caiu quando lhe contei a notícia, estávamos sentados em um café. Era um dia lindo, com uma bela vista, mas eu estava me sentindo longe de feliz.As bonecas na noite passada foram a gota d'agua para mim, os Bragas invadiram novamente.Nem mesmo contratar um guarda-costas tinha ajudado e a polícia estava do lado deles. Foi tudo demais.- Então, essa besteira com os Bragas só vai acabar se vendermos a SecureVault - Carlos repetiu. Eu balancei a cabeça.- E você sabe que eu não estaria considerando isso se não fosse pelas…- Pelas crianças - ele terminou.- Sim - Olhei para o meu cappuccino, que mal havia tocado. Eu não tinha apetite. Carlos suspirou, olhando pela janela, pensando em tudo isso.- Eu odeio pensar que estamos dando a eles o que eles querem - Carlos disse, balançando a cabeça.- Mas se algo acontecesse com Breno e Priscila…- Eu sei. - Eu não conseguia nem pensar nisso. E, francamente, até os últim