Samuel Braga foi levado ao hospital por sua irmã. Apesar de sair um tanto quanto atordoado do parque, aparentemente ele estava bem. Apenas um corte na cabeça. Um susto levou a grande comoção.
Eu fui ao meu quarto para tomar um banho e relaxar, a essa altura mamãe fez questão de ficar com as crianças para que eu possa ter um momento de descanso. Meus filhos estavam em boas mãos, limpos e alimentados, não poderia desejar mais nada. Além da minha cama, é claro. Passada toda aquela atenção indesejada das pessoas que passeavam no parque e dos fotógrafos, eu e Bruno estávamos no nosso quarto, meu marido e eu depois daquela confusão em praça pública estávamos curtindo um ao outro, tudo o que precisamos era de um momento a sós.Era um momento de extrema intimidade, estava completamente nua enquanto Bruno idolatrava o meu corpo.Ele me acariciava com paixão enquanto seus olhos piscavam em luxúria. Bruno beijava lentamente um dos meus seios enquanto suas mãos fortes e gr** BRUNO **”Lá estava eu, sentado em uma cela no presídio em outra cidade. Inferno, eu passei a noite na cadeia! Já estive naqueles lugares que tinha sido muito mais chique do que este.E isso... não era o ideal. A grande cela comunitária estava cheia de caras grandes em pequenas cadeiras de metal.O ar cheirava a cerveja e mijo, e quando me mexi, minha calça grudou no assento embaixo de mim. Merda, vou ter de queimar meus novos Guccis.Havia quase uma dúzia de nós delinquentes na cela, e pela aparência deles, eu não era o único aqui por agressão grave.- Ei, amigo, você tem um cigarro? - Perguntou um cara que parecia bêbado demais para fazer mal a alguém. Provavelmente estava aqui por vadiagem ou urinar em público.- Não - eu respondi, virando-me para o caso de ele ter alguma ideia de conversar.Há quanto tempo estou aqui? Verifiquei meu relógio, pouco menos de trinta minutos.Cara, o tempo passa devagar quando você é arrancado da cama com sua
- Na verdade, existem dois suspeitos viáveis: Samuel e Marta Braga.- Meus colegas em Spa não conseguiram coletar nenhuma evidência significativa contra eles - continuou o oficial - então este departamento não aceita as acusações.Merda. Esse interrogatório estava ficando pior a cada minuto.- De qualquer forma, estamos lidando com uma situação completamente diferente aqui. Você, Sr. Ricci, é acusado de agressão grave.Suspirei, apertando a base do meu nariz. Isso era horrível. A polícia de Spa foi útil para nós, mas claramente essa conexão não significava nada aqui.E o departamento de polícia de outra cidade estava claramente na mão de Samuel Braga.Olhei para o espelho à minha direita, eu confiava que tanto Samuel quanto Marta estavam sentados lá atrás, me observando.- A cabeça do Samuel está bem? - Eu perguntei. O policial continuou a franzir o cenho.- Ele precisou de quatro pontos - Estremeci, mas não disse nada. Meu advogado ficaria
** PATRÍCIA**- Shhh, está tudo bem. Está bem. - Pricila fungou em meus braços. Breno estava enrolado no colo da minha mãe ao nosso lado no sofá.Que pesadelo.- Papai está voltando para casa em breve, mas quando? - Breno perguntou.- Mamãe ainda não sabe, mas definitivamente antes de você acordar de manhã.Eu me virei para minha mãe cujos olhos preocupados se fixaram nos meus. Eu só podia esperar que pudéssemos resgatar meu marido antes disso.Eu já havia falado ao telefone com nosso advogado, que me garantiu que estava em contato com a polícia e me ligaria imediatamente quando descobrisse o valor da fiança.Mas ele não podia falar por muito tempo. Eu nem sabia as perguntas certas a fazer. Toda essa situação estava muito fora da minha zona de conforto.- Eu quero ficar acordada até o papai voltar - Priscila decidiu, mas seus olhos já estavam se fechando.- Eu também! - Breno concordou com um bocejo. Levei as crianças para a cama, prometendo-
** BRUNO **O rosto de Carlos caiu quando lhe contei a notícia, estávamos sentados em um café. Era um dia lindo, com uma bela vista, mas eu estava me sentindo longe de feliz.As bonecas na noite passada foram a gota d'agua para mim, os Bragas invadiram novamente.Nem mesmo contratar um guarda-costas tinha ajudado e a polícia estava do lado deles. Foi tudo demais.- Então, essa besteira com os Bragas só vai acabar se vendermos a SecureVault - Carlos repetiu. Eu balancei a cabeça.- E você sabe que eu não estaria considerando isso se não fosse pelas…- Pelas crianças - ele terminou.- Sim - Olhei para o meu cappuccino, que mal havia tocado. Eu não tinha apetite. Carlos suspirou, olhando pela janela, pensando em tudo isso.- Eu odeio pensar que estamos dando a eles o que eles querem - Carlos disse, balançando a cabeça.- Mas se algo acontecesse com Breno e Priscila…- Eu sei. - Eu não conseguia nem pensar nisso. E, francamente, até os últim
Carlos e eu já estávamos no segundo bule de café, há duas horas em nossa reunião em uma sala de conferências no hotel. Mas não estávamos mais perto de decidir sobre uma declaração.- E se você for apenas honesto? Diga a todo mundo que os Bragas são pessoas idiotas que foram atrás de seus filhos quando você não deu a eles o que eles queriam - Ele propôs.Eu gemi.- Essa é a melhor ideia até agora, mas não vai dar certo.- Hmmm… - Ficamos quietos novamente, perdidos em nossos próprios pensamentos.- Eu notei que eles fizeram uma oferta que eu não poderia recusar. Isso é verdade, mesmo que a oferta fosse realmente uma ameaça - propus.- Isso é bom. Escreva isso - Carlos concordou. Eu escrevi, mas depois rabisquei.- Só estou pensando, o que nossos funcionários pensariam se ouvissem isso? Temos dito o tempo todo que isso não é sobre dinheiro e depois vendemos.- Bom ponto - Carlos observou.A sala ficou em silêncio mais uma vez.- E se você disser
** PATRÍCIA **Terminamos a rodada de cartas, e então Priscila e Breno começaram a brincar com os bichos de pelúcia que Bruno comprou para eles durante nossa viagem de compras.- Mamãe, podemos pegar um cachorrinho? - Breno me perguntou.- Eu poderia aprender a ter responsabilidade cuidando dele.- Eu também! - Priscila entrou. Nenhum deles estava olhando para cima. Eles estavam absortos em brincar com seus brinquedos, tocando docemente seus narizes. Olhei para Bruno, ele também os observava brincar. Era muito adorável. Imaginei como seria fofo com um cachorro de verdade e Breno estava certo, isso os ajudaria a aprender sobre responsabilidade… - Mamãe e papai vão falar sobre isso, ok? - Eu respondi. Essa parecia ser uma resposta boa o suficiente para as crianças. - Mamãe, quando começamos a escola? - Breno perguntou, levantando os olhos do jogo. - Em um mês - eu disse a ele. - Você está animado? - Sim - ele respondeu, subindo
- Obrigado a todos por estarem aqui hoje - comecei, examinando a multidão - E obrigado por me dar o tempo que precisei para fazer este anúncio.Havia quase cem repórteres lá, com gravadores e câmeras de vídeo apontadas para mim. Eu vi Carlos também, e duas figuras conspícuas em casacos e chapéus que eu sabia serem os Bragas. Bom. Fiquei feliz por terem aceitado meu convite de última hora. Eu queria que eles ouvissem isso. - Estas últimas semanas foram intensas para mim e minha família. Desde que chegamos aqui, experimentamos altos maravilhosos e baixos inquietantes. - Viemos de férias e para celebrar o patrocínio do SecureVault ao Grandes revelações. Alguns aplausos subiram da multidão. - Mas fui pego em um negócio sob pressão que foi nada menos que um escândalo. Murmúrios se ergueram, e eu vi os casacos começarem a se contorcer. - Então, meu parceiro Carlos e eu decidimos vender o SecureVault para os gêmeos Braga, uma das mais antiga
Com isso, havia acabado. Um rugido de perguntas se lançou em minha direção, mas eu não ia respondê-las. Conduzo minha família pelos degraus onde Mauro estava esperando. - Isso foi incrível - Patrícia disse, sem fôlego. - Mas o que vai acontecer!? - Não se preocupe. Eu tenho um plano - eu disse a ela. Ao passarmos pelo saguão, tirei meu telefone do bolso, abri o aplicativo de memorando de voz e comecei a gravar. O saguão ainda estava cheio de atividade, embora a equipe do hotel estivesse fazendo o possível para manter a mídia fora. Mauro guiou-nos pelo caminho até o elevador e todos nós nos esprememos. As portas se fecharam e, finalmente, tudo ficou quieto. - Ótimo discurso, filho - Marly disse, batendo no meu ombro.- Obrigado, Marly.Priscila estava correndo em círculos no pequeno espaço, empolgada com a energia da multidão. Quando chegamos ao nosso andar, encorajei Roger, Mauro e as crianças a entrarem. Patrícia e eu nos juntaríamos a ele