Rodrigo
— Luana! — minha irmã grita chamando nossa atenção.
Tinha acabado de chegar ao bar com Beto quando Léo ficou sabendo que seu escritório estava sendo destruído por causa de uma briga, solto Daniel que agora parece mais calmo e corro em direção a Léo que está com Luana nos braços.
—Temos que levá-la ao hospital. — Léo fala, mas não consigo tirar os olhos da minha garota. — E vocês dois… — Olha na direção oposta. — Cadê o outro grandalhão? Bem, deixa para lá… você precisa de uns curativos. — Presto atenção em Léo e agora percebo que o outro rapaz que brigava com Daniel foi embora.
— Acorda, meu amor — digo para Luana que continua desacordada. — Vou para o hospital. — Pego
RodrigoOlho para o lugar onde Daniel está e percebo que sua fisionomia não é nada boa, seus olhos estão vermelhos, mas é como se ele não estivesse aqui, chego ao seu lado e me sento.— Daniel. — Ele não me olha. — O que você ainda está fazendo aqui?— Eu… eu… eu preciso me explicar — ele fala na mesma posição que estou, sem me olhar. — Ela precisa me ouvir.— E quem seria ela? — pergunto já imaginando a resposta, ele olha dentro de meus olhos.— Luana. Preciso contar tudo para ela, preciso que me ouça, antes de me julgar — ele diz com os olhos cheios de lágrimas.— Vai descansar, amanhã você conversa com ela — digo me levantando.— Não. Vou esperar — ele diz voltando para a mesma posiç&atil
Luana— Sim. Ela também quer falar com ele e acho melhor acabarmos com toda essa angústia logo.André sai e nos deixa sozinhos, vejo dor e preocupação nos olhos de Rodrigo, ele se aproxima mais e cola sua testa na minha.—Você quase me matou de susto ontem. Nunca tive tanto medo na vida, nem nas corridas de stock sinto tanto medo como o que senti ontem — comenta passando a mão levemente em meu rosto.— Eu te amo. — diz emocionado — Não imagino minha vida sem você!— Eu também te amo, muito — respondo. Começo a acariciar seu rosto também e ele fecha os olhos respirando fundo.— Me perdoe, não queria te deixar preocupado — falo baixo.— Shhhh, não tenho nada que perdoar, nenhum de nós poderia ter previsto isso. O importante é que agora você está bem. — A porta se abre novamente, quebrando nosso momento, André entra com Daniel logo atrás. Ele está com olheiras, um curativo acima dos olhos
Daniel— Eduardo! — Era Ronaldo que entrava no quarto. — Conversei com algumas pessoas que estavam na cozinha e eles viram o Gustavo batizando uma bebida, afirmando que a quantidade da droga utilizada foi pouca e suficiente para dar sonolência, confusão mental e um pouco de ilusão e que ele ainda comentou que queria levar uma garota para uma realidade paralela, que eles iam apenas se divertir.— Obrigado por isso, Ronaldo — Eduardo respondeu. — Acha que conseguimos realizar um exame para comprovar que havia droga na bebida? — ele perguntou olhando para Patrícia.— Claro, amor... posso pedir para um amigo que é dono de um laboratório, ele será discreto, pode ter certeza. — Ela olhou para ele com tanto amor, que por um minuto invejei meu amigo. — Mas primeiro temos que cuidar daquela bela adormecida, vamos faze
Luana— Manhêeeeeee... Vou ficar com a Sr.ª Veiga, a Alice me chamou para almoçar com eles. Tudo bem? — pergunto para minha mãe, que se arruma para ir ao supermercado com meu pai.— Tudo bem, filha, mas não vai dar trabalho, assim que retornarmos, te chamo. Não pretendemos demorar.— Obrigada, mamãe, te amo!— Também te amo, filha!Me despeço dos meus pais com um beijo e um aperto toma conta do meu peito, sinto algo que não consigo entender, sigo pensativa ao encontro da minha amiga, que me aguarda próximo a piscina.— Vamos pra sala, os meninos já estão esperando para jogarmos videogame, vamos jogar contra eles e tenho certeza que vamos arrasar — diz confiante.Não respondo. Apenas caminho em silêncio ao seu lado e apesar de gostar muito da companhia dos meus amigos, não consigo relaxar completamente.Rodrigo irmão de Alice e Beto seu melhor amigo, já estão com o vídeo game ligado prontos para iniciar a partida.Jogamos garotos contra garotas e pela primeira vez depois de uns minutos
Anos depois...Luana— Não acredito que você me convenceu a fazer essa viagem! — falonovamente para Alice.— Relaxa, Luana. Você anda trabalhando e estudando demais, quando foi a última vez que relaxou de verdade, sem entrar em tópicos como tendões, órgãos, diagnósticos e outros tantos termos que vocês usam.Sorrio ao me lembrar de uma reunião que fiz em nosso apartamento alguns dias atrás com alguns amigos médicos. Alice ficou toda animada achando que seria uma festa de arromba, porém sempre surgia conversas sobre os plantões que havíamos realizado e os diagnósticos de alguns casos. Alice se entediou tanto que se trancou no quarto, depois de trinta minutos de reunião.Depois do acidente que matou meus pais, senhor Clóvis entrou com o pedido de minha tutela e passei a morar definitivamente com eles. O pai de Alice também investiu todo o dinheiro do seguro de vida dos meus pais e assumiu minha educação, me tratando como uma filha. Dona Roberta, se recusou a ficar na mesma casa, pois tu
LuanaJá é fim de tarde e o restaurante está tranquilo ainda, sentamos próximos ao pequeno palco e depois de fazer nossos pedidos, conversamos sobre o tempo que ficamos sem nos ver.Depois de algum tempo, a banda começa a tocar, algumas pessoas se arriscaram em pequenos passos acompanhando a batida da música, percebo que Ali fica um pouco agitada e se levanta de repente.— Vamos dançar! — fala puxando a mão do Beto, que também não entende a atitude dela, mas cede sorrindo.— O que deu nela? — pergunta Rodrigo.— Não sei, coisas de Alice — respondo e ao olhar na direção da entrada do restaurante, vejo Daniel com uma garota pendurada em seu pescoço se aproximando da nossa mesa, ele balança a cabeça, cumprimentando Rodrigo.— De onde você conhece o Daniel? — pergunto curiosa.— O conheci em um jogo de futebol, temos alguns amigos em comum. Ficamos conversando após a partida e descobri que ele adquiriu uma casa de praia que fica ao lado da nossa, aquela que pertencia à família da Dona Isa
RodrigoChegamos em casa rápido e as meninas vão direto para o quarto.Ando de um lado para o outro na sala, imaginando o que pode ter acontecido para que Luana tenha essa reação, Beto me observa atentamente.— Cara, porque você não conversa com ela? — Beto indaga.— Do que você está falando? — digo sem entender onde ele quer chegar.— Luana, cara... tô falando da Luana! Vocês precisam conversar, sei que você gosta dela e não é sentimento de irmão. — Paro ao ouvir o que Beto diz. De onde ele tirou essa ideia?— Não sei do que você está falando! Nós crescemos juntos, quero protegê-la, eu quero...— Você a ama. Precisa parar de negar o que sente, faz tempo que tenho notado que você está diferente, e tenho certeza que essa mudança tem nome e sobrenome — Beto fala me interrompendo, seu olhar é sério. Ele é meu melhor amigo e me conhece muito bem, nunca consegui esconder nada dele.— Eu não sei quando comecei a me sentir assim, ela é tudo pra mim, mas me vê como seu irmão, eu não suporto,
RodrigoDroga!... Como sou estúpido!As ondas se desmancham na areia, levanto os olhos para o céu e os raios do sol ofuscam minha vista. Não deveria ter voltado a esse assunto, mas ela precisa saber que não me esqueci da promessa!— Rodrigo! Vem jogar com a gente! — Alice grita jogando o frisbee em minha direção.— Vou dar um mergulho — respondo devolvendo o disco.Preciso me acalmar, não me conformo de ter deixado Luana triste, ainda estou aprendendo a controlar minha impulsividade, pois muitas vezes magoo as pessoas ao meu redor.Não sei quanto tempo fiquei na água, quando volto a me juntar a eles encontro todos conversando animadamente, sinto os olhos de Luana fixos em mim.— Está tudo bem? — Luana pergunta, me oferecendo uma cerveja.— Sim, só estou pensando... — O que não era mentira, preciso descobrir o que está acontecendo com a gente e terá que ser hoje. Decido que logo após o jantar vou chama-la para conversar.***Luana— Vou matar meu irmão! Ele não podia ter convidado alg