GAELEu sabia que o fato dos Jupterianos terem nos descoberto mudava tudo, teríamos que nos separar porque o esconderijo era algo completamente temporário. Teríamos que mudar as nossas identidades e usar as novas, tínhamos um estoque e isso não era problema. O problema é que agora adotaríamos outra vida, a Ally já não falava mais comigo e eu não sabia se iria poder ficar ao lado dela para protegê-la. A viagem toda foi tranquila e não havíamos sigo seguidos. Por um instante eu sai do volante para ir ao banheiro e quando passei a Ally estava adormecida com a Esme ao seu lado. As duas eram lindas dormindo e se não fosse pelos olhos eu diria que elas eram mãe e filha. Pareciam tranquilas. Eu me agachei na cama onde elas estavam e sorri, elas eram incrivelmente lindas! Alisei os cabelos da Ally que não se mexeu e depositei um beijo em sua testa, meus olhos se encheram de lágrimas ao lembrar que ela estava com muita raiva de mim. Me levantei e notei que a Loren havia visto a cena, mas eu já
— Você irá voltar para a sua casa. — Jane falou. — Os Jupterianos nunca vão desconfiar que regredimos. Então, vamos voltar para a sua antiga casa. Eu serei a sua tia Susy, você vai continuar estudando na sua antiga faculdade e o Gael e a Loren irão se matricular lá para estarem lhe protegendo. Eles vão alugar uma casa no mesmo bairro e ficarem com a Green, que finalmente vai entender o que é uma escola e vida normal. É uma jogada que os Jupterianos não vão imaginar. — Ela deu de ombros. — Foi brusco te tirar de sua vida, vamos devolver de alguma forma até que tudo isso acabe.— Não é a mesma vida sem os meus pais. — Falei com os olhos cheios de lágrimas.— Eu sei que não. Mas, em breve, eles estarão junto com você no lugar de onde nunca deveriam ter saído. Por enquanto, é tudo que podemos fazer para que você não precise mudar de identidade e de vida social. Sei que vai ser menos doloroso para você estar cercada de suas amigas.— Tudo bem. — Eu não tinha mais nada para falar. Sincerame
Era um dia qualquer da semana e já fazia um mês que não tínhamos notícias da sociedade e nem dos meus pais, o Gael havia conseguido se matricular junto com a Loren e as minhas amigas seguiam acreditando que: a Jane era a minha tia e Esme era filha dela e o Gael e a Loren eram apenas colegas de quarto que haviam se mudado para São Paulo para estudar conosco. Apenas acontecimentos aleatórios... Queria eu! Eu continuava com o mesmo celular, a Jane havia conseguido bloqueá-lo não sei como, para que ninguém nos rastreasse caso tentassem. Eu não iria mudar até que conseguisse trazer os meus pais para casa.Estávamos sentadas, eu a Lou e Lorena na sala conversando e o Gael, a Loren e alguns meninos do outro lado da sala quando o meu celular tocou. Número desconhecido. Meu coração gelou e eu atendi.— Olá Alyssa. Tudo bem? — Olavo falou com uma voz tranquila do outro lado.— Oi. — Falei rispidamente, as meninas me encararam notando que havia algo de errado pois eu estava tremendo enquanto ape
Antes que eu pudesse falar qualquer coisa ele desligou. Aquilo me desestabilizou e eu não consegui falar pelos segundos restantes enquanto Gael segurava a minha mão ainda pensativo com toda aquela situação. Os dois haviam escutado, eu havia colocado no viva voz. Eu não sabia o que fazer e estava tudo girando.— Eu... Quero ficar sozinha! — Falei respirando fundo, senti que meu mundo estava prestes a desabar.— Ally... — Gael pensou no que iria falar, mas não falou.— Eu só quero ficar sozinha, não vou voltar para a aula. Avisa lá que eu passei mal, e não vou para casa. Contem para Jane o que aconteceu. — Falei me levantando.— Aonde você vai? Não está pensando em... — Antes que a Loren pudesse terminar eu a cortei.— Não vou até o Olavo hoje, Loren. Só quero ficar sozinha, apenas isso! — Falei.— Me deixa ir com você, você sabe que precisa de alguém para lhe ajudar caso aconteça algo. — Gael falou.— Ele não vai me caçar com rato, Gael. Não essa semana. — Ironizei. — Vocês estão me su
A minha caminhada pelo centro de São Paulo durou horas. Passei pelo museu da imagem e do Som e fiquei ali contemplando as belas obras de artes do lugar enquanto pensava em todo o salto que minha vida tinha dado da noite para o dia. Num dia eu era apenas uma garota qualquer de dezenove anos, na faculdade e sem saber o que o futuro me reservava. E em outro; eu era caçada por ser uma arma, arma essa encarregada de gerar o ser humano perfeito, e matar toda a humanidade, isso era bizarro!Pensei, pensei e pensei! Eu não conseguiria viver fugindo. Uma hora isso teria que acabar, e não seria com meus pais mortos.Quando cheguei já eram 21hrs, eu havia saído da faculdade as 11hrs. A Jane; o Gael e a Loren me esperavam em casa, a Esme estava no quarto juntamente com a Jasmine enquanto o trio estava sentado na sala. Todos pareciam aflitos, preocupados.— Você quase nos matou de preocupação. — Jane falou num tom sério.— Não sou eu quem quero matar vocês. — Ri com aquela ironia, fechei a porta a
“— Não é o que você está pensando. Ela não é o meu ponto fraco. — Ele falou.— Ah não? Você já contou para ela quem você é? De verdade? Ela pode colocar tudo a perder, você sabe disso. Robert, o plano aqui é colocar você como ameaça na linha de frente, como vou fazer isso? Estou com duas granadas em mãos e você sabe que isso pode acabar colocando nosso plano em risco. E se pegarem vocês dois juntos? O que nós aqui fazemos? Como tiramos os dois de lá? — Jane falou se controlando para não gritar.— Ela não vai colocar tudo a perder. — Ele falou respirando fundo. Odiava escutar sermão principalmente quando sabia que ela estava certa.— Ah não? Então eu não preciso esperar um ato heroico caso tenhamos que usar de violência? Não se apaixone por ela, não leve essa menina para cama porque aqui não tem lugar para filhos da nação. Você e ela são as bombas que não podem explodir, então não coloque o nosso plano por agua abaixo por causa da multiplicadora. Ela é o alvo e você a granada, você sab
— Me chame de gorda de novo, tem coragem? — A Lou – como as vezes eu chamava a Lorena - falou balançando os dedos maliciosamente a minha frente.— Eu não chamei. — Falei me sentando e recuperando o fôlego.— Ah chamou sim, eu ouvi. — A Lu falou segurando uma gargalhada.— Isso, coloca mais lenha na fogueira, AMIGA! — Eu a fuzilei com um olhar brincalhão.— Estamos assustando nossos convidados. — Lu falou agora se voltando para Gael e Loren.— Não se preocupem, na maior parte do tempo, somos normais.— A gente finge que não viu os 1% de anormalidade. Mas eu particularmente, gosto mais assim. — Ele sorriu.— Eu gosto dele! — Lorena falou enquanto colocava o filme para rodar. — Quem vai apagar a luz? Ela falou agora se deitando.— A noite é minha, — falei tentando se safar da tarefa.— Você é uma menina manipuladora. — Luiza falou estreitando os olhos em minha direção. — Pedra, papel, tesoura! — Era nosso desafio para tarefas “difíceis” como desligar luzes.Eu me sentia tão à v
GAELAcompanhei a Loren para a saída do prédio curioso para saber o que estava acontecendo.— Iai, vai me dizer? — Falei quando já estávamos do lado de fora do condomínio.— Jane precisa de ajuda com alguns relatórios. — Ela deu de ombros.— A essa hora? — Falei, incrédulo.— Estamos com uma operação importante em curso né, você já sabe como é a Jane. Está queimando os neurônios de ansiedade e preocupação, mas não sabe dizer. — Ela cruzou os braços.— Então é melhor eu ir também. — Falei preocupado.— Ordem direta da mesma: Não deixe o Gael desgrudar da Ally nem por um segundo. E o que eu tenho é amor, não insensibilidade. A menina vai tomar uma decisão bombástica em uma semana, não vou tirar ela daí. Ela parece feliz. — Loren suspirou.—É... — Cedi olhando se o carro que vinha era o Uber. — Me prometa que vai ligar se precisar.— Tá brincando? — Ela sorriu enquanto acenava para o motorista que estava encostando. — Na primeira oportunidade que eu tiver de tirar você de perto dela sem