DIEGO- Eu preciso ir, de verdade. - Falei pela milésima vez para aquele moreno que insistia em não me deixar ir.- Não, ainda podemos ficar um pouquinho mais. - Falou com a voz manhosa, o que me fez rir. Quem imaginaria que eu estaria vendo tal cena. Erick me olhava com os olhinhos tristes e um belo biquinho em seus lábios. Neguei com a cabeça para aquela situação.- Erick, já ficamos tempo de mais aqui. São quase quatro da tarde. - Falei para ele ao olhar as horas no meu celular.Ficamos conversando, na verdade, Erick me contou metade de como viemos parar neste exato momento. Não foi contado tudo, mas foi o suficiente para aquele dia. Saber daquilo, mesmo que não seja toda a história fez minha cabeça quase explodir, na verdade foi tudo muito novo, mas um novo bom e intrigante. Me deixou curioso para saber mais, porém pedi que fossemos devagar e ele respeitou isso.- Só mais uma hora vai. - Pediu com aquela típica vozinha manhosa e sôfrega, aparente chantagem emocional, mas comigo is
DIEGO- É melhor nós irmos agora. - Falei meio sem graça, Erick me olhou com um sorriso cafajeste. - Diz se esse não foi o seu melhor beijo. - Ele disse ao perceber meu estado, minhas bochechas esquentaram ainda mais.- Só vamos de uma vez, convencido.Erick soltou uma gargalhada baixa e rouca.- Tudo bem, mas saiba que só vamos porque você quer. Por mim, ficaríamos juntos aqui. - Falou se levantando e pegando suas chaves em cima da mesinha de centro.Neguei com a cabeça e revirei os olhos.- Você é um serzinho tão boca aberta as vezes. - Eu disse quando o mesmo passou por mim e juntos seguimos para a saída.- É meu charme. - Falou ao abrir a porta e me jogar uma piscadela marota.- É claro que é.Alguns minutos depois estávamos dentro do carro dele indo em direção a minha casa.- Meus pais vão encher meus ouvidos por hoje. - Comentei mais para mim mesmo que para Erick ao meu lado.- Por quê?- Ah, bem simples, fugi da escola, deixei minha moto lá, estou chegando com um estranho que e
DIEGO- Convencido de uma figa. - Eu disse saindo do carro, não sem antes ouvir a risada de Erick. Ele deu partida no carro, buzinou para mim e assim acelerou indo para o seu ninho. Pensando em ninho, lembrei que não perguntei a ele sobre o assunto com seu pai. Mas perguntarei em outra oportunidade, isso com certeza.- Posso saber onde o senhorzinho estava? - Minha mãe perguntou no instante que cruzei a porta. Olhei para ela como se tivesse sido pego fazendo algo errado, o que de fato estava mesmo fazendo, mas enfim.- Dona Alice. - Falei em um suspiro já sabendo que iria ouvir um sermão.A mais velha me olhou com o olhar analítico, Letícia estava ao lado de nossa mãe no sofá. Revirei os olhos ao ver sua expressão de satisfação pela situação em que me meti.- Chegou cedo mamãe. - Falei descontraído indo sentar ao seu lado no sofá, claro no lado oposto da minha irmã.- Não me venha com essa Diego. Onde você estava? E melhor, com quem? - Perguntou com a tom sério e a olhei com incerteza
DIEGO- Nem abra essa boca ou eu mato você e não estou brincando. -Falei para Letícia que entrou na sala novamente com aquela cara de cobra peçonhenta. Ela parou com a boca aberta e levantei para ir ao meu quarto tomar um banho relaxante.No dia seguinte, Erick e eu estávamos sentados juntos novamente, claro que isso nos proporcionou muitos olhares de questionamento e curiosidade por parte dos nossos colegas de classe, afinal estávamos brigados e agora estávamos quase colados um ao outro.Para deixar claro que Erick que estar grudado em mim, okay. Vez ou outra ele aperta minha coxa sorrateiramente e me lança um sorriso descarado após receber um olhar reprovador de minha parte.- Me encontre no vestiario. - Murmurou ao meu lado, o que me fez o olhar confuso e negar com a cabeça. - Professor, posso ir ao banheiro? - Perguntou erguendo a mão.- Claro, Erick. - Afirmou o homem mais velho.- Espero você lá. - Sussurrou mais uma vez para mim antes de levantar e ir até a porta tranquilamente
DIEGO- Como assim você marcou de sair e nem pode Diego? - Nathy resmungou incrédula e a olhei acusador.- Você disse que não iria me julgar. - Reclamei e Nathy suspirou.Contei a ela sobre o impasse em que eu estou metido e também ela sabe sobre Erick e eu. Claro né, para Nathy era meio óbvio minhas fugidinhas já que minha amigo sabia o que havia rolado antes disso.- Atenção! - Amanda gritou a nossa frente.Ah, é mesmo, estávamos no último período de aula, porém os líderes de torcida tinham ensaio como podem perceber.Amanda dava ordens e nós obedecíamos, mas sempre os mesmos passos então não havia muita dificuldade. As vezes me pergunto se ela não tem um pingo de criatividade para criar outra coreografia.- E o que você quer que eu faça? - Minha amiga perguntou ao meu lado enquanto fazia seus movimentos.- Que me ajude. - Falei ao mesmo tempo que fazia meus movimentos também.- Com?- Falei para minha mãe que você irá dormir comigo, que iremos fazer uma noite de amigos. - Expliquei
DIEGORimos um do outro pelos nossos péssimos gostos, um pequeno detalhe sobre Nathy e Felipe, ambos não conseguiam ficar no mesmo ambiente sem trocar farpas e até uns xingamentos, tudo tesão encubado. Parando para pensar, se você perceber bem... Não deixa pra lá. Não é relevante.- Minhas crianças, trouxe um lanchinho para vocês.Arregalei os olhos ao ouvir a voz da minha mãe do outro lado da porta, Nathy apontou para o banheiro do meu quarto e corri em direção ao mesmo para me esconder porque estava com a roupa que iria sair hoje e se dona Alice me visse assim, com certeza perceberia tudo.- Ah, oi tia, pode entrar.Ouvi a voz de Nathy e logo em seguida a porta se abrindo.- Oi querida, trouxe isso aqui para vocês, onde está o Diego? - Minha mãe perguntou.- Ele está no banheiro. - Minha amiga disse.- Tudo bem, se precisarem de alguma coisa vocês podem pegar. Fique a vontade Nathy.- Obrigado tia Alice.Ouvi alguns segundos depois a porta do meu quarto se fechar e suspirei aliviado
DIEGO- Convencido. - Murmurei e o mesmo gargalhou baixo.- Eu sei que você está babando por mim, confessa. - Falou provocativo. Olhei para ele e disse:- Vamos de uma vez seu egocêntrico.Erick riu mais uma vez e deu partida no carro. Antes de sair totalmente do alcance da minha casa verifiquei para ver se não havia ninguém na entrada, vai que, não é mesmo!- Onde você está me levando? - Perguntei curioso porque ele não havia dito nada para mim.- Quando chegar você saberá. - Falou misterioso. Ergui a sobrancelha em questionamento e o encarei. - O quê? - Perguntou ao ver meu olhar sobre ele.- É com essa mesma resposta que muitas pessoas foram encontradas mortas no dia seguinte.- Você não desiste da ideia que vou matar você né? - Me olhou acusador e dei de ombros. - Diego, só vamos a um encontro. Nada além disso. - Explicou e murmurei um "hum" bem suspeito. Ele negou com a cabeça, parou o carro em um sinal vermelho e me deu um selinho demorado. Seu ato me deixou com surpresa, mas re
ERICKDiego passou de um simples garoto nerd e invisível para um garoto notável e desejado por algumas pessoas.Sua mudança começou a chamar atenção de mais. Tanto de meninos, estes principalmente, e algumas meninas também.Ele estava bem mais apreciável, não seria hipócrita em negar isso. Aquele nerd passou a exala uma áurea confiante e um leve senso de dominação por onde passava. Irritante, era o que estava se tornando. Não que fosse admitir isso para alguém.Diego estava se tornando assunto entre alguns meninos que gostavam da fruta. Ouvi muitos comentários ao longo da semana, o que fez uma onde de irritação me dominar naqueles dias. Sem dúvidas, foi uma das piores semanas da minha vida.- Não olha onde anda, merdinha! - Falei irritado para Diego, sendo eu o culpado por esbarrar nele de propósito, ele me olhou com desgosto.- E desde quando enxergo babacas?Soltou essa frase com ironia e raiva e seguiu seu caminho sem se importar coma minha reação com sua resposta.Um incomodo géli