DIEGO- Convencido de uma figa. - Eu disse saindo do carro, não sem antes ouvir a risada de Erick. Ele deu partida no carro, buzinou para mim e assim acelerou indo para o seu ninho. Pensando em ninho, lembrei que não perguntei a ele sobre o assunto com seu pai. Mas perguntarei em outra oportunidade, isso com certeza.- Posso saber onde o senhorzinho estava? - Minha mãe perguntou no instante que cruzei a porta. Olhei para ela como se tivesse sido pego fazendo algo errado, o que de fato estava mesmo fazendo, mas enfim.- Dona Alice. - Falei em um suspiro já sabendo que iria ouvir um sermão.A mais velha me olhou com o olhar analítico, Letícia estava ao lado de nossa mãe no sofá. Revirei os olhos ao ver sua expressão de satisfação pela situação em que me meti.- Chegou cedo mamãe. - Falei descontraído indo sentar ao seu lado no sofá, claro no lado oposto da minha irmã.- Não me venha com essa Diego. Onde você estava? E melhor, com quem? - Perguntou com a tom sério e a olhei com incerteza
DIEGO- Nem abra essa boca ou eu mato você e não estou brincando. -Falei para Letícia que entrou na sala novamente com aquela cara de cobra peçonhenta. Ela parou com a boca aberta e levantei para ir ao meu quarto tomar um banho relaxante.No dia seguinte, Erick e eu estávamos sentados juntos novamente, claro que isso nos proporcionou muitos olhares de questionamento e curiosidade por parte dos nossos colegas de classe, afinal estávamos brigados e agora estávamos quase colados um ao outro.Para deixar claro que Erick que estar grudado em mim, okay. Vez ou outra ele aperta minha coxa sorrateiramente e me lança um sorriso descarado após receber um olhar reprovador de minha parte.- Me encontre no vestiario. - Murmurou ao meu lado, o que me fez o olhar confuso e negar com a cabeça. - Professor, posso ir ao banheiro? - Perguntou erguendo a mão.- Claro, Erick. - Afirmou o homem mais velho.- Espero você lá. - Sussurrou mais uma vez para mim antes de levantar e ir até a porta tranquilamente
DIEGO- Como assim você marcou de sair e nem pode Diego? - Nathy resmungou incrédula e a olhei acusador.- Você disse que não iria me julgar. - Reclamei e Nathy suspirou.Contei a ela sobre o impasse em que eu estou metido e também ela sabe sobre Erick e eu. Claro né, para Nathy era meio óbvio minhas fugidinhas já que minha amigo sabia o que havia rolado antes disso.- Atenção! - Amanda gritou a nossa frente.Ah, é mesmo, estávamos no último período de aula, porém os líderes de torcida tinham ensaio como podem perceber.Amanda dava ordens e nós obedecíamos, mas sempre os mesmos passos então não havia muita dificuldade. As vezes me pergunto se ela não tem um pingo de criatividade para criar outra coreografia.- E o que você quer que eu faça? - Minha amiga perguntou ao meu lado enquanto fazia seus movimentos.- Que me ajude. - Falei ao mesmo tempo que fazia meus movimentos também.- Com?- Falei para minha mãe que você irá dormir comigo, que iremos fazer uma noite de amigos. - Expliquei
DIEGORimos um do outro pelos nossos péssimos gostos, um pequeno detalhe sobre Nathy e Felipe, ambos não conseguiam ficar no mesmo ambiente sem trocar farpas e até uns xingamentos, tudo tesão encubado. Parando para pensar, se você perceber bem... Não deixa pra lá. Não é relevante.- Minhas crianças, trouxe um lanchinho para vocês.Arregalei os olhos ao ouvir a voz da minha mãe do outro lado da porta, Nathy apontou para o banheiro do meu quarto e corri em direção ao mesmo para me esconder porque estava com a roupa que iria sair hoje e se dona Alice me visse assim, com certeza perceberia tudo.- Ah, oi tia, pode entrar.Ouvi a voz de Nathy e logo em seguida a porta se abrindo.- Oi querida, trouxe isso aqui para vocês, onde está o Diego? - Minha mãe perguntou.- Ele está no banheiro. - Minha amiga disse.- Tudo bem, se precisarem de alguma coisa vocês podem pegar. Fique a vontade Nathy.- Obrigado tia Alice.Ouvi alguns segundos depois a porta do meu quarto se fechar e suspirei aliviado
DIEGO- Convencido. - Murmurei e o mesmo gargalhou baixo.- Eu sei que você está babando por mim, confessa. - Falou provocativo. Olhei para ele e disse:- Vamos de uma vez seu egocêntrico.Erick riu mais uma vez e deu partida no carro. Antes de sair totalmente do alcance da minha casa verifiquei para ver se não havia ninguém na entrada, vai que, não é mesmo!- Onde você está me levando? - Perguntei curioso porque ele não havia dito nada para mim.- Quando chegar você saberá. - Falou misterioso. Ergui a sobrancelha em questionamento e o encarei. - O quê? - Perguntou ao ver meu olhar sobre ele.- É com essa mesma resposta que muitas pessoas foram encontradas mortas no dia seguinte.- Você não desiste da ideia que vou matar você né? - Me olhou acusador e dei de ombros. - Diego, só vamos a um encontro. Nada além disso. - Explicou e murmurei um "hum" bem suspeito. Ele negou com a cabeça, parou o carro em um sinal vermelho e me deu um selinho demorado. Seu ato me deixou com surpresa, mas re
ERICKDiego passou de um simples garoto nerd e invisível para um garoto notável e desejado por algumas pessoas.Sua mudança começou a chamar atenção de mais. Tanto de meninos, estes principalmente, e algumas meninas também.Ele estava bem mais apreciável, não seria hipócrita em negar isso. Aquele nerd passou a exala uma áurea confiante e um leve senso de dominação por onde passava. Irritante, era o que estava se tornando. Não que fosse admitir isso para alguém.Diego estava se tornando assunto entre alguns meninos que gostavam da fruta. Ouvi muitos comentários ao longo da semana, o que fez uma onde de irritação me dominar naqueles dias. Sem dúvidas, foi uma das piores semanas da minha vida.- Não olha onde anda, merdinha! - Falei irritado para Diego, sendo eu o culpado por esbarrar nele de propósito, ele me olhou com desgosto.- E desde quando enxergo babacas?Soltou essa frase com ironia e raiva e seguiu seu caminho sem se importar coma minha reação com sua resposta.Um incomodo géli
ERICK- Amanda, você não iria me mostrar uma coisa? - Felipe perguntou com um sorriso que dizia: Só vem comigo.- Ah, tá. - Amanda disse incerta e se levantou junto ao primo. - Tchau Erick, depois falamos. - Beijou meu rosto e saiu sendo puxada pelo meu amigo.Olhei para os meus amigos e Elvin foi o único que me olhou de volta. Seus olhos queriam me dizer alguma coisa, mas não dei a mínima no momento. Levei meus olhos para a mesa onde aqueles dois estavam e franzi o cenho ao notar que ambos já não estavam mais lá. Olhei rapidamente para a saída e os vi atravessando com os braços cruzados um no do outro. Um suspiro involuntário saiu dos meus lábios.Depois de ver Diego e aquela amiga dele daquele jeito tão intimo, pensamentos sobre eles começaram a inundar minha mente e uma ondar maior de irritação tomava conta de mim. Por que me irritar com isso? Por que me incomoda tanto? E se eles realmente tiverem algo? O que eu perco com isso?Não conseguia me concentrar em quase nada, nem mesmo n
ERICK- Você fica sentadinho aí. - Elvin falou me jogando de volta para o banco. Olhei para os meus amigos e os vi me olhar com reprovação.- Você prometeu que não iria mais se meter em briga. - Felipe advertiu.Olhei para eles e depois para aquelas duas criaturas, suspirei e murmurei contrariado:- Eu sei.- Só relaxa cara. - Felipe falou tocando em meu ombro em apoio, murmurei um "uhum" a contra gosto e voltei a tirar minha chuteira.Os dois não saíram do meu lado até estarmos fora do vestiario para irmos embora. No caminho, avistei Diego com sua amiga indo em direção ao estacionamento os dois juntinhos e foi ali que percebi que não havia nada entre eles, porque o nerd curtia mesmo era pau. Senti um sorriso maldoso crescer em meu rosto.No dia seguinte, chegamos a escola e cheguei com um sentimento de vingança dentro de mim. Diego não teria paz um dia sequer, assim como eu não tive paz naqueles dias em que tudo o que ele fazia era motivo para o meu desequilíbrio. Esperei pacientemen