Entre Retalhos

Droga! Droga! Droga!, pensou Marcia ao sair na plataforma de metrô na Paulista. Em uma mão, levava uma grande e muito pesada mala sem rodinhas. Na outra mão apertava firmemente a pequena mãozinha de sua filha menor, enquanto a alça de sua bolsa escorregava pelo ombro.

— Não vamos chegar — Ana Clara, a filha mais velha, mordeu os lábios, segurando firmemente as lágrimas teimosas que queriam cair por seu rostinho pálido. — E a culpa é sua — cruzou os braços e encarou a irmã.

— Ana — suspirou Marcia. — Nada de drama, vamos conseguir se formos correndo — a loira olhou para aquele monte de pessoas subindo as escadas, parecia um formigueiro. Eram oito horas da manhã, um dos horários mais movimentados da linha amarela do metrô.

Enfrentando a multidão e puxando a mala e as meninas, s

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