Capítulo 5

Draco

Ela está dormindo feito um anjo há mais de doze horas, mal percebeu que dormiu tanto. Comprei especialmente para ela um conjunto de jóias de rubi e ouro, escolhi um lindo vestido vermelho tomara que caia, conjunto de lingerie, botas… Tudo em harmonia numa única cor.

Esperei pacientemente que minha princesa acordasse, fiquei ali velando seu sono até que despertou. Ela se mostrou relutante em se levantar e se arrumar, tive que mostrar para ela quem manda ou não conseguiria o que quero.

Já no meu carro observo seu olhar em mim e depois disfarçando fingindo prestar atenção em algo fora do carro. Quando chegamos no enorme edifício ela me encara, estou do lado de fora do carro com uma mão estendida e porta aberta para que ela saia.

— Eu quero voltar para a minha vida, Draco. — ela fala com um olhar irritado.

— Essa é sua vida, princesa. Vamos subir?

— E se eu não quiser? — ela pergunta atrevida.

— Terei o maior prazer de jogá-la em meu ombro e levá-la até o último andar assim! — abro um sorriso sádico para ela — Quer que eu a toque, princesa?

Ela sai do carro apressada e eu apenas sigo calmamente atrás dela com as mãos nos bolsos. Chegamos no elevador e ela pergunta:

— Onde estamos? — Raven não olha para mim.

— Estamos no meu escritório central! Daqui cuido de todos os meus negócios.

— Sério? — ela pergunta se virando para mim — Não tem medo que eu faça um escândalo contando que você me sequestrou e não quer me deixar ir embora?

Ela é tão ousada, não resisto em abrir mais um sorriso largo para ela, amo sua impetuosidade.

— Grita, princesa. — falo encurralando ela no canto do elevador e me abaixando para encará-la em seus olhos — Apenas grite e chame a atenção de todos, será tão divertido para mim.

— Por que meu escândalo seria divertido para você?

— Que tal uma visita a tia Alva? Será que ela gosta das pernas idosas inteiras? Para que se perguntar, né? Vamos mudar nosso trajeto, vamos visitar a tia Alva e saber pessoalmente.

— Não! — ela segura no meu terno com as duas mãos e me puxa para ela levantando a cabeça devagar — Eu entendi.

— Será que entendeu mesmo? Porque para mim parece que está apenas esperando a primeira oportunidade de fugir de mim.

— Se eu tomar uma decisão estúpida você vai machucar quem eu amo! Já entendi, não vou fazer nada estúpido. — ela me solta e volta a jogar seu olhar para o chão.

— Só para esclarecer, não só quem você ama, mas quem tentar tocar em você ou tirá-la de mim. — chegamos no último andar, seguro a mão dela e a puxo para fora do elevador.

Logan e Luke já estão em suas salas, eles subiram antes de mim já que Raven estava se recusando a subir. Entro na minha sala e a coloco sentada no sofá que fica de frente para a minha mesa.

— O que eu vou fazer aqui, Draco?

— O que você já faz sempre, ser linda e minha inspiração de felicidade!

— Já que me persegue há anos, deve saber que trabalho num bar à noite e estudo para ser advogada de dia. Por sua causa faltei ontem e hoje.

— Quer voltar para o bar e para a universidade?

— Você está me fazendo repetir o que eu falei! É a droga da minha vida, Draco. Se quer me manter como a merda de uma boneca tudo bem, mas permita pelo menos que eu viva minha vida como eu quero.

— Não sei se posso confiar em você… Porém, pensando bem tenho as pessoas que você ama nas minhas mãos. Se fizer algo estúpido mato sem pensar duas vezes. — lanço meu olhar mais intimidador para ela que responde:

— Eu jamais colocaria a vida de quem eu amo na direção da sua arma.

— Perfeito, princesa. — pisco para ela — Hoje a noite vamos para o bar onde você trabalha e amanhã te levo para a universidade.

— O que? Você vai comigo?

— Claro! Por que não?

— Isso é lou… — somos interrompidos por alguém que entra sem se anunciar.

Meus olhos vão direto para a minha mãe, Angel Benett. Ela está linda como sempre, mas seus olhos estão carregados de medo.

— Mamãe, a que devo essa visita repentina? Pensei que estaria na Indonésia aproveitando a aposentadoria.

— O que você fez, Draco? Eu acompanho as redes sociais daqui… Por que você não para?

Olho para Raven e depois para minha mãe. Não quero falar sobre as coisas que faço perto da minha princesa. Até que a porta se abre novamente e Dwayne aparece, logo ele olha para mim, depois para minha mãe e por último para Raven. Sem que eu precise falar nada ele tira Raven da sala.

— Senhorita Kinsley, vamos até minha sala revisar uns documentos para o senhor Benett. — Dwayne fala guiando Raven para fora da minha sala.

— Eu não sei do que a senhora está falando, mãe. — falo voltando meus olhos para a tela do meu computador — Pode ser mais específica?

— Os assassinatos, Draco… Eu sei que foi você.

— Se sabe por que veio até aqui encher meu saco? Não acha que tive um motivo para cada morte?

— Motivo? Draco, não é você que decide quem vive e quem morre. Você não é Deus.

— Deus deve me agradecer por livrar o mundo de vermes defeituosos. Não acha que já tenho um lugar no céu? — pergunto com ironia e sarcasmo.

— Que mal eu fiz a Deus, que mal eu fiz a você para que nascesse assim?

— Pergunte para Deus quando o seu dia de se encontrar com ele chegar. Já eu me considero alguém normal, pago meus impostos, trabalho, tenho uma vida como qualquer outro ser humano nessa terra.

— Draco, você já tem sangue demais nas mãos, pare enquanto é tempo… Por favor.

— Foi colocar flores no túmulo do papai? — ela me olha com medo — Eu fui, conversamos um pouco, papai conta piadas horríveis. Acho que já pode ir, mamãe.

— Você precisa ir ao médico, Draco. Antes que seja tarde. — ela sai depois de dizer isso para mim.

Suas palavras me deixaram muito irritado e a tela do meu computador encontra a parede da janela de vidro bem a minha esquerda. Quem ela pensa que é para me mandar ir ao médico?

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