Capítulo 4

Raven

Eu pensei que a minha vida estava repleta de desventuras, entretanto descobri que era apenas um soldado de Lúcifer manipulando minha vida matando quem pensava merecer e surrando outros.

Por causa dele cheguei a pensar que eu não nasci para ter relacionamentos quando na verdade era apenas esse homem que ainda não sei o nome me fazendo de fantoche. Ele está perto demais, tento me afastar e ele me segura.

— O que vai fazer agora? Vai me estuprar? — pergunto com o medo e desespero sobrecarregando a minha voz. Mas, ele me surpreende ao se afastar.

— Não me compare a esses lixos humanos! Não sou um estuprador. Seja o que for que acontecer nessa cama não será por obrigação, será por puro desejo e luxúria. Não forço sexo, até porque não preciso disso.

— Ah, claro… Você deve ter mulheres para isso. Está na cara. — parece que ele não gostou muito do que eu disse pois me segura pelos ombros e me olha nos olhos ao falar:

— Não sou o tipo de homem que vai para a cama com qualquer uma, principalmente depois que você entrou na minha vida.

— Eu não entrei na sua vida, fui arrastada por você. — cuspo essas palavras como marimbondo saindo da minha boca.

— Não deveria ter sorrido para mim quando me serviu aquele café. — ele fala isso de forma sombria me fazendo mergulhar no azul de seus olhos e me sufocar.

— Vai pelo menos dizer seu nome? — como se nada tivesse acontecido ele abre um sorriso para mim.

— Sou Draco Benett. Mas pode me chamar de amor se quiser. — ele se senta de frente para mim na cama.

— Draco, né? Então, Draco, não sou a mulher certa para você. Ao julgar pelo tamanho desse quarto e tudo que tem dentro dele você deve ter muito dinheiro.

— Sim, tenho… Algum problema?

— Draco Benett? — algo me ocorre ao refletir sobre o nome dele — O mesmo Draco Benett dos hotéis Benett?

— Ah, isso? Sim, sou o ceo!

— Como o ceo dos hotéis Benett sequestra uma pé rapada como eu?

— Você se menospreza demais! Deveria olhar para a sua beleza e sua força de vontade. — ele se levanta de repente e muda sua postura — Vou descer, é melhor descansar um pouco até o efeito do que a fiz cheirar passar do seu corpo. Até mais tarde, princesa.

Ele sai do quarto antes que eu pudesse protestar mais sobre meu cárcere privado. Nem nos meus piores pesadelos eu poderia imaginar que um ceo bilionário, dono de uma rede hoteleira poderia ter interesse em mim ao ponto de me sequestrar e me prender na sua mansão. Certeza que estou numa mansão ao julgar pelo tamanho desse quarto.

Meu apartamento cabe aqui dentro e ainda sobra espaço. Logo minha visão pesa e eu adormeço, tenho um sonho sinistro com meu carcereiro. Ele me algema em um porão e me obriga a dançar enquanto outros olham para mim zombando e rindo.

Acordo com angústia e lágrimas molhando meu rosto. Ao me sentar me deparo com um vestido tomara que caia vermelho nos pés da cama, tem um conjunto de jóias de rubi, uma bota cano curto de camurça na cor do vestido. Posso dizer que o vermelho predomina no look.

— Quero você vestida em cinco minutos lá embaixo. — me assusto com a voz dele que vem do outro lado do quarto. Quando meu olhar o alcança, o observo encostado na parede olhando para mim.

— Não vou me arrumar e não vou sair daqui. Na verdade, quero sair daqui e voltar para a minha vida. — falo ao levantar os joelhos e colocar meu rosto ali.

— Vai se negar ao meu pedido? — levanto a cabeça e olho para ele que caminha na direção da cama — Emilly Mutley, vinte e três anos, trabalha no bar em que você trabalha. Cuida da pobre avozinha doente… O que seria da pobre senhora idosa sem a netinha perfeita?

Ele fala olhando para o teto com o dedo indicador batendo em seu queixo como se estivesse ponderando fazer algo com Emilly.

— Eu vou me vestir! Não faça nada com a Emilly, por favor. Eu vou me vestir. — falo ao me levantar e pegar as coisas em cima da cama.

— Que princesa mais obediente. Para o seu cabelo sugiro um rabo de cavalo alto, você fica ainda mais linda com o cabelo preso. Te espero lá embaixo.

Ele sai e eu vou para o banheiro. Tomo um banho rápido e começo a me vestir, até a calcinha foi escolhida por ele. Estou começando a detestar minha cor favorita por causa desse homem.

Me olho no espelho e não me reconheço, faço uma make básica com batom vermelho e lápis de olho. Me aproximo da porta do quarto algumas vezes até tomar coragem de sair.

Ao descer a escada escuto assobios e palmas. Além do Draco tem mais três homens aqui… O que isso significa? Quando estou de frente para eles sinto os olhares lançados a mim me causarem calores.

— Princesa, esses são Dwayne, Luke e Logan. Eles moram aqui e são seus fiéis protetores além de mim.

Isso é alguma piada cruel? Vou ficar presa em uma casa com quatro homens que parecem deuses, mas que não regulam bem já que sabem que estou aqui contra minha vontade?

— Será um prazer ter você morando aqui, Raven. — Dwayne fala de forma sedutora e pisca para mim.

— Eu não diria morar já que estou aqui contra a minha vontade.

— Relaxa, gata, não vamos te fazer nenhum mal. — Luke fala e também pisca para mim.

— Será que não? Me prender aqui contra a minha vontade já está me fazendo mal.

— Logo você vai perceber que morar aqui é igual viver no paraíso. — Logan sorri de um jeito que me faz ficar quente.

— Tenho minhas dúvidas. — falo revirando os olhos.

— Princesa, não é educado revirar os olhos. — Draco fala olhando para mim — Dwayne, nós vamos para o escritório. Passe naquela cafeteria e leve nosso café da manhã para minha sala. Vamos?

— Espera, vamos para onde? — pergunto confusa.

— Pensou que ficaria presa aqui o dia todo? — Draco pergunta — Princesa, temos uma vida para viver juntos.

Ele segura minha mão e me puxa para fora da enorme sala. Para onde esse homem está me levando?

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