Capítulo 6

Raven

Estou em uma conversa tensa com Draco, quando uma mulher elegante e linda que aparenta uns cinquenta anos entra. A princípio fiquei curiosa, Draco se parecia com ela.

Mas não tive tempo para saber quem a mulher era já que Dwayne praticamente me arrastou da sala de Draco para a sala dele. Chegando na sala de Dwayne vi nosso café da manhã espalhado pela mesa enorme no canto.

— Coma, Draco quer que você seja mimada por nós. — ele fala tranquilamente se sentando em sua cadeira e olhando para o seu computador.

— Como assim coma? O que foi aquilo na sala do Draco? Quem é aquela senhora elegante? — ele me olha de soslaio e responde:

— É a senhora Angel Benett, mãe do Draco! Se gosta de me ver com esse rostinho esculpido por Deus do jeito que está, coma, por favor.

— Draco não iria agredir você só porque não comi nada. Vocês são amigos e eu cheguei agora na vida de vocês. — agora ele me encara e solta uma gargalhada alta jogando a cabeça para trás.

— Baby, eu cuido de você desde que era uma adolescente. Tem noção de quantos tarados babacas eu já surrei por sua causa? Quando deixei seu professor de literatura vivo por causa de uma bisbilhoteira que chegou na hora que eu iria finalizar o imbecil, Draco quase me matou. Não vou cometer mais o mesmo erro.

— O senhor O’Hara foi você? Mas… Disseram que ele foi assaltado.

— Agora me senti ofendido, comparado a um batedor de carteiras. Oh, céus, que humilhante.

— Humilhante? Você o deixou no hospital por semanas, pensaram até que ele não iria voltar a lecionar.

— Baby, ele mereceu. Não deveria tocar em você do jeito que tentou tocar. Tenho certeza que agora ele não toca mais em nenhuma garota.

— Como? — eu pergunto incrédula — Como vocês conseguiam saber sobre essas coisas e resolver tão rápido?

— Você nunca esteve sozinha, Baby. Draco tem olhos e ouvidos em todos os lugares que você vai. Quando não fazemos isso pessoalmente. Ficamos ofendidos por você não notar nossa presença no bar em todas as noites em que trabalhou. Chamamos a atenção em qualquer ambiente que entramos.

Eu me sento à mesa, e observo tudo o que está ali para mim até que Logan e Luke entram e se sentam ao meu lado com Dwayne acompanhando em seguida.

— Está gostando da empresa, gata? — Luke me pergunta pegando seu café.

— As únicas coisas que vi aqui foram o elevador, a sala do Draco e a sala do Dwayne. Então não sei responder sua pergunta.

— Quer que eu te leve para uma passeio no edifício, ruivinha? — Logan sorri para mim e pisca ao perguntar.

Baby? Gata? Ruivinha? Princesa? O que tem de errado com esses homens que não conseguem me chamar pelo nome? Eles querem me iludir por acaso?

— Draco não vai se importar com a forma como vocês me chamam?

— Não! — eles respondem ao mesmo tempo.

— Draco quer que você seja mimada por nós, temos que ser carinhosos, calorosos, mas sem te tocar é claro. — Dwayne fala com naturalidade e sensualidade em sua voz.

Como vou manter minha sanidade sendo mimada por esses homens? Eu preciso me afastar deles antes de cometer uma loucura.

Tomo meu café observando esses anjos de Lúcifer comerem tranquilamente enquanto conversam, e não é qualquer conversa, eles estão falando do ménage que fizeram com uma mulher, como se fosse algo natural.

— Eu gostei da penetração dupla, mas não sei se ela é o que procuramos. — Dwayne fala pensativo — Eu não gostei do beijo dela, molhado demais.

— Também curti a penetração dupla, mas senti que faltava algo ali. — Logan fala.

— Eu gostei de ver ela chupando meu pau enquanto vocês fodiam ela ao mesmo tempo. — Luke, o que tem rostinho de anjo fala como se fosse algo para ser dito abertamente.

Eu me engasguei com meu café com leite, comecei a tossir igual uma louca e me abanando para passar o calor que subia de baixo para cima.

— Quer um pouco de água? — Luke pergunta.

— Vocês… — alterno entre beber a água e tossir — Vocês poderiam, por favor, mudar de assunto?

— Por que, Baby? Só estamos à procura da mulher perfeita para ser a nossa deusa. Gostamos de venerar a mesma mulher. — Dwayne parece falar como se isso fosse a coisa mais normal do mundo.

Eu me levanto e me afasto deles, estou com um calor e um tesão insuportável. Graças ao Draco não tenho controle sobre isso já que ele me negou o direito de ter aventuras sexuais, que babaca.

Agora qualquer coisa com teor sexual que escuto me deixa subindo pelas paredes. Olho para a vista maravilhosa que tem aqui na sala de Dwayne, montanhas, árvores e um lindo jardim lá embaixo que dá para ser visto daqui de cima.

— O que minha princesa tanto olha lá fora? — Draco sussurra isso perto demais do meu ouvido fazendo uma onda de calor e arrepio me deixarem fora de mim.

— Porra, Draco. — falo me virando enquanto ele está próximo demais — Não faz isso, não se aproxima assim.

— Está assustada? Não foi minha intenção. Vim te buscar para voltarmos para a minha sala.

— Não posso, Logan vai me mostrar os outros andares.

— É o que você quer fazer? — ele pergunta de forma afetuosa e eu digo que sim com a cabeça — Então pode ir. Logan, já sabe o que fazer se alguém tocar nela. Cuide bem da minha princesa.

Ele está brincando? O que o Logan deve fazer se alguém tocar em mim? Draco não iria machucar um funcionário por minha causa… Iria?

Quando Logan me leva para fazer um tour pela empresa tomo cuidado para as pessoas não esbarrar em mim, sendo sincera não quero saber o que Logan é capaz de fazer ao comando de Draco.

De uma forma estranha observo que os funcionários amam trabalhar aqui e falam muito bem dos quatro deuses lá de cima. Eles se mostram orgulhosos de trabalhar no grupo Benett. Draco deve ser mesmo um bom ceo, com um alto grau de psicopatia e bipolaridade não cuidada.

Voltamos direto para uma sala de reunião, os quatro se sentam à mesa e discutem sobre um novo hotel na cidade vizinha e eu fico aqui me sentindo mais um acessório nessa sala com homens deliciosamente tentadores que me prendem a eles como se eu fosse deles.

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