Estava dormindo quando Kim entra correndo e aos prantos em meu quarto. Me acordo no susto.
- Hey, o que houve? - Perguntei ainda sonolento.
Kim me mostrou em uma mão o corpo de uma de suas bonecas e na outra mão a cabeça e estava sem os olhos, achei isso muito estranho.
- Por que você fez isso? - Perguntei ao pegar as duas partes pra tentar consertar.
- Não foi eu. - Falou Kim.
- Não? - Perguntei.
Ela nega com a cabeça, parecia meio assustada.
- Então quem foi?
- Eu não sei. Todas as minhas bonecas estavam assim quando eu acordei. - Falou.
Pior que ela não exagerou quando usou a palavra ''todas'', mamãe chegou a brigar com minha irmã por ela ter feito isso, mas Kim alegou não ter sido ela, só que uns dois dias antes a minha irmã estava pedindo uma boneca nova, que meus pais falaram que dariam em outro momento, en
- Não, não pode ser. - Falei apavorado.Era Guigo, ele estava pendurado em uma corda, uma espécie de forca, todo ensanguentado. Quem poderia ter feito uma monstruosidade dessas com um pobre animalzinho indefeso? Tinha que ser alguém muito perverso mesmo. Tadinha da Kim quando soubesse, ficaria arrasada, ela amava o cãozinho, não sabia nem como dizer para ela, não queria que minha irmã sofresse, mas eu também não podia esconder isso, até porque uma hora ela perguntaria pelo bichinho.Peguei Guigo, limpei todo o sangue e o enrolei em um pano velho, o escondi para que Kim não o visse quando acordasse e também coloquei fora aquela corda. Quem poderia ser tão perverso assim? E como entraram em nossa casa? Ninguém tinha a nossa chave, qjuer dizer, não que eu soubesse.Tentei voltar a dormir, mas não consegui, a imagem do cão morto não sa
De repente o doutor entra em meu quarto, ele avisa que conseguiu entrar em contato com meus pais e que em breve eles chegariam. Como será que devia ser meus pais? Será que eram legais? Será que a gente se dava bem? Ai, estava ansioso para conhecê-los, quer dizer, eu os conhecia, mas não lembrava deles, então seria como se eu fosse vê-los pela primeira vez.O doutor me fez uma bateria de exames, estava louco para saber o que eu tinha, mas ele disse que preferia falar na presença de meus pais, até o entendia mesmo estando muito ansioso.Cerca de uma hora depois eles entraram. Eram tão bonitos e tinha uma menina e um rapaz com eles, o que fez eu acreditar que talvez eles fossem os meus irmãos, será que eu tinha irmãos? Ah, acho que eu gostaria de ter, deve ser legal. Eu tive a sensação de que eu já os conhecia, mas não conseguia me lembrar quem eram a
Mamãe falou que estava tentando entrar em contato com um tal de Alex, mas que não estava conseguindo porque ele estava viajando, parece que esse Alex era meu namorado, meus pais falaram que eu era apaixonado por ele, só que eu não conseguia lembrar de nada disso, mas fiquei muito curioso para saber como ele era, será que era bonito? Será que tinhamos uma boa relação? Como será que havíamos nos conhecido? Será que namorávamos há bastante tempo?Minha mãe tentou falar com a mãe dele em busca de notícias, mas ela também não estava conseguindo falar com Alex, as duas já estavam até preocupadas, parece que ele havia feito uma viagem de urgência para outra cidade para visitar seu pai que estava doente e ficaria alguns dias fora, puxa, e logo agora que eu estava desmemoriado e queria conhecê-lo.Vincenzo e eu estávamos
Ao chegar da escola, noto um homem alto rondando a minha casa. Ele estava todo de preto e usava um boné com a aba pra frente, tinha cabelo cacheado e mais ou menos na altura dos ombros e possuía um pouco de barba.- Oi. - Falei.Ele me olhou meio assustado, parecia que tinha visto um fantasma. Fico olhando pra ele em silêncio, tenho a sensação de que eu o conheço, mas não sei da onde, nunca havia visto ele, quer dizer, não desde que eu perdi a memória.- Michael? - Ele perguntou parecendo surpreso em me ver.- Sim. - Respondo. - Te conheço?- Você não está me reconhecendo? - Ele me questiona meio desconfiado.- Não. - Digo. - Desculpa, é que eu sofri um acidente e perdi a memória.- Sinto muito. - O homem fala. - Bom, preciso ir agora, estou com pressa.Ele sai, e enquanto fico vendo - o se afastar, grito pergunta
Eu beijando meu primo, dava pra acreditar? Eu sabia que já tinha ficado com ele pois o garoto havia me contado, mas como eu não conseguia me lembrar, era como se tudo fosse a primeira vez. Eu não lembrava como era ficar com homem, mas quando beijei Vi eu entendi o porquê de eu gostar de garotos, era tão bom, e devo admitir que ele beijava muito bem, e caralho, que merda eu estava fazendo? E o mais foda é que eu sabia que tinha namorado, quer dizer, eu não lembrava dele, então será que isso consta como traição?Nossos lábios se afastam, abro os olhos e o vejo a poucos centímetros de distância. Nossas testas se encostam. Sinto um enorme calafrio no estômago. Não entendo o que eu estava sentindo, era um bagulho muito doido. Estava tudo tão confuso. Ele sorri e eu dou um leve sorriso meio tímido.Seguimos nos olhando, eu não sabia o que fazer ou
No dia seguinte, me acordo e me deparo com Vincenzo me observando. Acabo ficando meio sem jeito, eu era muito tímido, eu acho. Acabo lhe sorrindo meio envergonhado, e ele sorri também, tinha um sorriso tão lindo, aliás, ele era muito lindo.- Por que tá me olhando assim? - Questiono meio seem graça.- Porque adoro te ver dormir. - Respondeu me deixando meio sem jeito.Sorrio meio encabulado. Nós dois nos levantamos, fizemos nossa higiene matinal e fomos tomar café. Meus pais e irmãos já estavam postos à mesa, todos olham quando nos juntamos à eles, ficamos sem entender o que estava havendo.''Será que esquecemos de colocar a roupa?'' - Penso.Olho para baixo e para Vi, mas graças a Deus estávamos de bermuda, senão morreríamos de vergonha, já pensou se aparecemos nus na frente de toda minha família? É, nã
Uma semana havia se passado...As coisas estavam na mesma, eu continuava ficando com Vincenzo e o tal do Alex nem havia dado sinal ainda. Cada dia eu estava gostando mais e mais de ficar com meu primo. Não tínhamos mais visto Martin, acho que ele devia estar ocupado com sua namorada. Também não tive mais nenhum atentado de morte, graças a Deus, acho que havia sido apenas uma pessoa que não sabia dirigir direito, pelo menos, é o que eu gostava de acreditar, pois não conseguia imaginar que alguém tão ruim quisesse me fazer mal.Em um domingo à tarde, a campainha de casa havia tocado, e eu estava sozinho, resolvi atender a porta mesmo com um pouco de receio, pois poderia ser alguém desconhecido para mim, mas resolvo enfrentar o medo.Abro a porta e me deparo com um homem alto, jovem e muito bonito. Ele sorri ao me ver. Seus olhos estavam brilhando. Não fazia ideia de quem era
À noite, Vi, Nano, Noah e eu estávamos vendo TV quando falto luz, nos pegando de surpresa e nos assustando bastante.- Ai, o que foi isso? - Pergunto quase me borrando de medo.- Deve ter dado algum apagão no bairro. - Diz meu irmão.Olhamos pra rua e todas as casas estavam com as luzes ligadas, só a nossa que estava no escuro, o que era muito estranho, por que só a nossa casa estava sem luz? Meus pais pagavam todas as contas antes do vencimento, eu não conseguia entender o motivo de estarmos no escuro.- Pelo jeito, o apagão foi só aqui mesmo. - Diz Nano. - Talvez seus pais não tenham pagado a conta.- Ha ha ha, muito engraçado. - Diz meu irmão.Meus pais já estavam dormindo a milênios, resolvemos não acordá-los, até porque meu pai detestava ser acordado e passava todo o dia de mau humor e ninguém merece vê