Não aguentava mais essas ''brincadeirinhas'', quem será que estava fazendo tudo isso? Queria tanto descobrir.
''Já sei.'' - Pensei. - Só pode ser coisa dos idiotas do Bruce e do Taylor, eles ainda estão furiosos que foram expulsos da escola e agora querem se vingar de mim.
Só podia ser isso. Com certeza era coisa deles e provavelmente aquele ''presentinho'' era pra mim, agora as coisas começavam a fazer sentido na minha cabeça.
Quando cheguei em casa contei para meus pais e pra Noah o que eu estava pensando, papai não levou muita fé, mas mamãe e Noah falaram que era uma possibilidade e eu estava convicto disso. Pena que eu não sabia onde aqueles lesados moravam, pois senão iria com meus pais até lá e conversaríamos com os responsáveis deles, será que até longe da escola eles não vão me deixar em paz? Pior que eu nunca
- Mike, aquela senhora estava brigando com vocês só por que vocês são gays? - Perguntou Kim.- Sim, meu amor. - Respondi.- Por quê? - Ela questionou.- Porque tem pessoas que não nos entendem, que acham que somos errados só porque temos uma forma de amar diferente da maioria das pessoas.- Eu não vejo mal nisso. - Falou Ryan.- Nem eu. - Disse Kim.Alex e eu abraçamos eles, tínhamos um amor incondicional pelos dois.Assim que Kim e eu chegamos em casa, notamos meus pais e Noah sentados no sofá, estava um clima tenso no ar, mamãe parecia que estava chorando, fiquei meio preocupado, com medo até de saber o que havia acontecido e comecei a criar mentalmente diversas teorias sobre o que poderia ter acontecido para mamãe ficar desse jeito.- O que houve? - Perguntei receoso.- Sua mãe recebeu um bilhete. - Disse papai.<
Nos deitamos novamente, mas eu ainda estava meio assustado, com medo de ver aquele vulto de novo, não sabia se era um espírito que eu vi passar ou alguma pessoa que realmente estava rondando a casa, sinceramente não sei o que eu preferia que fosse.Vi dormiu mais rápido, demorou uns 10 minutos pra pegar no sono, já eu fiquei mais uma meia hora acordado, tapado até o nariz e com os olhos arregalados de tanto medo e pavor que aquela coisa seja lá o que fosse aparecesse de novo.No dia seguinte tudo estava normal como sempre, mas eu ainda estava com medo de quem quer que fosse voltar.- Pai, mãe, eu quero um cachorrinho. - Disse Kim durante o café da manhã.- Um cachorrinho, filha? - Perguntou papai parecendo não aprovar muito a ideia.- É papai, um cachorrinho de quatro patas, que faz ''au au'' e abana o rabo quando está feliz.- Mas amor, um cachorrinho
Guigo era muito fofo, devia ter uns dois meses, era tão pequenininho, ele havia virado o centro das atenções, era paparicado por todo mundo, até por papai, e ele era a coisinha mais linda do mundo, eu sempre gostei de cachorros, mas confesso que Labrador era uma das minhas raças preferidas, e ele ainda era super companheiro e um grude, nos seguia para todos os lados e ainda dormia junto da minha irmã, ela dormia abraçada nele como se fosse um ursinho de pelúcia.Alex e Ryan foram à nossa casa à tarde, falei que Kim queria mostrar algo a eles. Assim que eles chegaram, ela já foi logo dizendo:- Vocês vão amar isso.Saiu em disparada para seu quarto e logo retornou com Guigo no colo. Ryan abriu a boca surpreso e Alex disse:- Que coisa mais fofa.O meu namorado pegou o cão no colo e ele e Ryan ficaram fazendo carinho no filhote.- Qual o nome? - Pe
Estava dormindo quando Kim entra correndo e aos prantos em meu quarto. Me acordo no susto.- Hey, o que houve? - Perguntei ainda sonolento.Kim me mostrou em uma mão o corpo de uma de suas bonecas e na outra mão a cabeça e estava sem os olhos, achei isso muito estranho.- Por que você fez isso? - Perguntei ao pegar as duas partes pra tentar consertar.- Não foi eu. - Falou Kim.- Não? - Perguntei.Ela nega com a cabeça, parecia meio assustada.- Então quem foi?- Eu não sei. Todas as minhas bonecas estavam assim quando eu acordei. - Falou.Pior que ela não exagerou quando usou a palavra ''todas'', mamãe chegou a brigar com minha irmã por ela ter feito isso, mas Kim alegou não ter sido ela, só que uns dois dias antes a minha irmã estava pedindo uma boneca nova, que meus pais falaram que dariam em outro momento, en
- Não, não pode ser. - Falei apavorado.Era Guigo, ele estava pendurado em uma corda, uma espécie de forca, todo ensanguentado. Quem poderia ter feito uma monstruosidade dessas com um pobre animalzinho indefeso? Tinha que ser alguém muito perverso mesmo. Tadinha da Kim quando soubesse, ficaria arrasada, ela amava o cãozinho, não sabia nem como dizer para ela, não queria que minha irmã sofresse, mas eu também não podia esconder isso, até porque uma hora ela perguntaria pelo bichinho.Peguei Guigo, limpei todo o sangue e o enrolei em um pano velho, o escondi para que Kim não o visse quando acordasse e também coloquei fora aquela corda. Quem poderia ser tão perverso assim? E como entraram em nossa casa? Ninguém tinha a nossa chave, qjuer dizer, não que eu soubesse.Tentei voltar a dormir, mas não consegui, a imagem do cão morto não sa
De repente o doutor entra em meu quarto, ele avisa que conseguiu entrar em contato com meus pais e que em breve eles chegariam. Como será que devia ser meus pais? Será que eram legais? Será que a gente se dava bem? Ai, estava ansioso para conhecê-los, quer dizer, eu os conhecia, mas não lembrava deles, então seria como se eu fosse vê-los pela primeira vez.O doutor me fez uma bateria de exames, estava louco para saber o que eu tinha, mas ele disse que preferia falar na presença de meus pais, até o entendia mesmo estando muito ansioso.Cerca de uma hora depois eles entraram. Eram tão bonitos e tinha uma menina e um rapaz com eles, o que fez eu acreditar que talvez eles fossem os meus irmãos, será que eu tinha irmãos? Ah, acho que eu gostaria de ter, deve ser legal. Eu tive a sensação de que eu já os conhecia, mas não conseguia me lembrar quem eram a
Mamãe falou que estava tentando entrar em contato com um tal de Alex, mas que não estava conseguindo porque ele estava viajando, parece que esse Alex era meu namorado, meus pais falaram que eu era apaixonado por ele, só que eu não conseguia lembrar de nada disso, mas fiquei muito curioso para saber como ele era, será que era bonito? Será que tinhamos uma boa relação? Como será que havíamos nos conhecido? Será que namorávamos há bastante tempo?Minha mãe tentou falar com a mãe dele em busca de notícias, mas ela também não estava conseguindo falar com Alex, as duas já estavam até preocupadas, parece que ele havia feito uma viagem de urgência para outra cidade para visitar seu pai que estava doente e ficaria alguns dias fora, puxa, e logo agora que eu estava desmemoriado e queria conhecê-lo.Vincenzo e eu estávamos
Ao chegar da escola, noto um homem alto rondando a minha casa. Ele estava todo de preto e usava um boné com a aba pra frente, tinha cabelo cacheado e mais ou menos na altura dos ombros e possuía um pouco de barba.- Oi. - Falei.Ele me olhou meio assustado, parecia que tinha visto um fantasma. Fico olhando pra ele em silêncio, tenho a sensação de que eu o conheço, mas não sei da onde, nunca havia visto ele, quer dizer, não desde que eu perdi a memória.- Michael? - Ele perguntou parecendo surpreso em me ver.- Sim. - Respondo. - Te conheço?- Você não está me reconhecendo? - Ele me questiona meio desconfiado.- Não. - Digo. - Desculpa, é que eu sofri um acidente e perdi a memória.- Sinto muito. - O homem fala. - Bom, preciso ir agora, estou com pressa.Ele sai, e enquanto fico vendo - o se afastar, grito pergunta