O céu, agora iluminado pela presença que se aproximava, parecia suspenso entre os véus da realidade e do sonho. As estrelas, que antes eram meros pontos de luz, agora dançavam como entidades vivas, pulsando com um ritmo próprio, como se cada uma delas fosse uma alma sentindo o despertar universal. Ísis e Celina, ambas imersas no momento, perceberam que algo estava prestes a se revelar.A figura que se aproximava não era humana. Não era de carne ou osso. Era luz, pura e cristalina, mas com a complexidade de um universo inteiro dentro dela. A presença se expandia à medida que se aproximava, e as sensações em torno das duas guardiãs eram como uma corrente elétrica percorrendo suas peles. Havia uma familiaridade estranha nessa energia, como se a presença estivesse aguardando por elas, como se fosse a resposta para algo que ambas já haviam buscado, talvez por toda a vida.— Ísis… — Celina sussurrou, sentindo a tensão e o êxtase ao mesmo tempo. — O que está acontecendo?Ísis permaneceu em s
A luz ao redor de Ísis e Celina não era mais apenas uma presença; ela era uma entidade, uma força viva que se entrelaçava com suas essências. O véu que antes separava os mundos agora se dissipava como uma névoa, e o cosmos se abria diante delas, em uma vastidão onde tempo e espaço já não tinham domínio. As estrelas, como bilhões de olhos cintilantes, observavam cada movimento, como se aguardassem a revelação do grande segredo que agora se desdobrava.Lysara, a Guardiã do Conclave, permanecia no centro de tudo, sua energia expandindo-se para além dos limites da compreensão. Ela parecia flutuar acima do chão, uma presença serena, mas carregada de poder. Seus olhos, como estrelas gêmeas, refletiam os universos, e em seu sorriso havia uma sabedoria tão profunda que parecia atravessar os milênios.— Vocês sentirão, em seus corações, o chamado da verdadeira união, — disse Lysara, sua voz como uma melodia etérea que tocava as fibras mais profundas de suas almas. — Não há mais separação entre
A luz que envolvia Ísis e Celina parecia agora mais intensa, mais vibrante. Era como se o próprio cosmos estivesse se concentrando em torno delas, em um último esforço para revelar o segredo que se ocultava no coração da existência. Elas estavam prestes a atravessar o limiar entre o conhecimento e a sabedoria pura, entre o que era e o que poderia ser.Lysara, com seu semblante sereno, caminhou em direção a elas, os passos suaves como uma dança cósmica, seu manto ondulando com a energia que emana do próprio universo. Ela se aproximou de Ísis e Celina, seus olhos iluminados por uma sabedoria milenar.— O Véu não é apenas uma proteção ou um limite, — disse Lysara, sua voz suave, mas carregada de uma força indescritível. — Ele é um reflexo do que somos, do que fomos e do que podemos nos tornar. Cada alma que atravessa o Véu é um espelho para o universo, refletindo a verdade que habita dentro de cada um de nós.Ísis olhou para a luz ao redor dela, a sensação de imersão no próprio fluxo da
O silêncio que envolvia Ísis e Celina era absoluto, como se o próprio tempo tivesse parado ao redor delas. O Portal da Verdade havia se fechado atrás delas, mas a sensação de estar imersa em uma nova realidade não desaparecia. O espaço ao seu redor parecia pulsar, fluindo como as marés de um oceano desconhecido. Não havia mais estrelas, planetas ou céu; havia apenas a vastidão do ser, uma imensidão feita de possibilidades e destinos entrelaçados.À medida que os dois corpos se fundiam com o universo, as memórias de tudo o que havia acontecido antes começaram a emergir. A jornada, as batalhas travadas, o Véu, as sabedorias adquiridas, tudo se fundia em uma única linha do tempo, uma linha contínua que se estendia além dos limites da percepção humana. Não havia mais passado nem futuro, apenas o agora eterno.“Estamos dentro de nós mesmas", pensou Celina, como se a ideia de tempo já não fizesse sentido. Ela sentia sua alma se expandir, se conectar com algo muito maior, algo que transcende
O silêncio após a dissolução do Véu foi profundo, mas não vazio. Era um silêncio carregado de significado, de transformação. Ísis e Celina ficaram em pé, absorvendo a magnitude do que havia ocorrido. O que antes parecia ser um ciclo interminável de buscas e descobertas agora se mostrava como um ponto de partida, uma alvorada de algo ainda maior e mais expansivo.O ambiente ao seu redor não era mais a vastidão sem forma de antes. Aos poucos, a luz que envolvia as duas começou a se cristalizar, transformando-se em formas fluidas, mas sólidas, que se entrelaçavam e se espalhavam como se fossem a teia de um universo nascendo. O espaço se preenchia com cores novas, cores que não haviam sido vistas antes. O azul profundo das galáxias se mesclava com tons dourados e prateados, como se o cosmos estivesse se recriando diante delas.— O que está acontecendo? — perguntou Celina, sua voz ecoando suavemente nas dimensões que agora se estendiam à sua frente.Ísis olhou ao redor, absorvendo o novo c
O cosmos, agora vibrando com o novo renascimento, se estendia diante delas como uma tela infinita, uma tela que aguardava as pinceladas do destino. Ísis e Celina, sentindo o peso e a beleza do momento, estavam conscientes de que haviam cruzado a linha entre o possível e o impossível. O Véu, uma força mística que antes representava o caos, agora era uma força de ordem e transformação. E, com essa nova realidade, o peso de suas escolhas pesava sobre elas com a mesma intensidade da luz das estrelas.As estrelas estavam em movimento constante, como se tivessem seus próprios pensamentos, suas próprias vontades. Elas dançavam no vasto tecido do universo, tornando-se mais do que apenas pontos de luz. Eram como símbolos vivos, representações do que elas haviam experimentado, do que haviam aprendido. Elas eram agora testemunhas do infinito.— O Véu não se foi, — disse Ísis, sua voz suave mas carregada de uma nova compreensão. — Ele se transformou. Assim como nós.Celina, absorvendo as palavras
O vasto silêncio do universo foi quebrado por um som distante, mas familiar. O som de algo que se movia, algo que estava se transformando. Ísis e Celina estavam de pé no coração do cosmos, cercadas por estrelas que pareciam se curvar em reverência a algo maior do que elas mesmas. As palavras do ser etéreo ecoavam em suas mentes, uma lembrança viva da responsabilidade que agora compartilhavam.— O que faremos agora? — perguntou Celina, sua voz suave, mas carregada de uma sensação de pressentimento. Ela olhava para as estrelas, como se buscasse uma resposta nelas. O céu acima parecia tão vasto, tão infinito, que a dúvida surgia naturalmente, mas ela também sabia que não estava sozinha. Ísis estava ao seu lado, uma presença constante, firme e cheia de sabedoria.Ísis sorriu, o brilho de suas próprias descobertas refletido em seu olhar.— Agora, nós criamos. Mas não criamos do nada. O universo já nos deu tudo o que precisamos. — Ela apontou para a espiral de estrelas que se formava à sua
O vasto cosmos se estendia diante delas, infinitamente amplo, mas ao mesmo tempo, intimamente próximo. O véu que antes parecia uma cortina distante e misteriosa, agora era uma ponte, um fio tênue ligando tudo o que existia. O espaço ao redor de Ísis e Celina vibrava com uma energia que transcendia qualquer compreensão anterior. Elas estavam no limiar de algo imenso, algo que não podiam ver, mas que sentiam profundamente dentro de seus seres. Era como se o tempo e o espaço tivessem se estirado, criando uma sensação de suspensão, onde tudo existia ao mesmo tempo.— Você sente isso? — Celina perguntou, a voz suave, mas carregada de uma sabedoria recém-descoberta. Ela não sabia como descrever a sensação que a envolvia, mas havia algo profundo em seu ser que parecia reconhecer aquele momento. Algo essencial. Algo que dizia que, finalmente, elas estavam no ponto de transição de tudo o que haviam vivido.Ísis olhou para ela, seus olhos refletindo uma calma que parecia emanar de um lugar muit