O silêncio que envolvia Ísis e Celina era absoluto, como se o próprio tempo tivesse parado ao redor delas. O Portal da Verdade havia se fechado atrás delas, mas a sensação de estar imersa em uma nova realidade não desaparecia. O espaço ao seu redor parecia pulsar, fluindo como as marés de um oceano desconhecido. Não havia mais estrelas, planetas ou céu; havia apenas a vastidão do ser, uma imensidão feita de possibilidades e destinos entrelaçados.À medida que os dois corpos se fundiam com o universo, as memórias de tudo o que havia acontecido antes começaram a emergir. A jornada, as batalhas travadas, o Véu, as sabedorias adquiridas, tudo se fundia em uma única linha do tempo, uma linha contínua que se estendia além dos limites da percepção humana. Não havia mais passado nem futuro, apenas o agora eterno.“Estamos dentro de nós mesmas", pensou Celina, como se a ideia de tempo já não fizesse sentido. Ela sentia sua alma se expandir, se conectar com algo muito maior, algo que transcende
O silêncio após a dissolução do Véu foi profundo, mas não vazio. Era um silêncio carregado de significado, de transformação. Ísis e Celina ficaram em pé, absorvendo a magnitude do que havia ocorrido. O que antes parecia ser um ciclo interminável de buscas e descobertas agora se mostrava como um ponto de partida, uma alvorada de algo ainda maior e mais expansivo.O ambiente ao seu redor não era mais a vastidão sem forma de antes. Aos poucos, a luz que envolvia as duas começou a se cristalizar, transformando-se em formas fluidas, mas sólidas, que se entrelaçavam e se espalhavam como se fossem a teia de um universo nascendo. O espaço se preenchia com cores novas, cores que não haviam sido vistas antes. O azul profundo das galáxias se mesclava com tons dourados e prateados, como se o cosmos estivesse se recriando diante delas.— O que está acontecendo? — perguntou Celina, sua voz ecoando suavemente nas dimensões que agora se estendiam à sua frente.Ísis olhou ao redor, absorvendo o novo c
O cosmos, agora vibrando com o novo renascimento, se estendia diante delas como uma tela infinita, uma tela que aguardava as pinceladas do destino. Ísis e Celina, sentindo o peso e a beleza do momento, estavam conscientes de que haviam cruzado a linha entre o possível e o impossível. O Véu, uma força mística que antes representava o caos, agora era uma força de ordem e transformação. E, com essa nova realidade, o peso de suas escolhas pesava sobre elas com a mesma intensidade da luz das estrelas.As estrelas estavam em movimento constante, como se tivessem seus próprios pensamentos, suas próprias vontades. Elas dançavam no vasto tecido do universo, tornando-se mais do que apenas pontos de luz. Eram como símbolos vivos, representações do que elas haviam experimentado, do que haviam aprendido. Elas eram agora testemunhas do infinito.— O Véu não se foi, — disse Ísis, sua voz suave mas carregada de uma nova compreensão. — Ele se transformou. Assim como nós.Celina, absorvendo as palavras
O vasto silêncio do universo foi quebrado por um som distante, mas familiar. O som de algo que se movia, algo que estava se transformando. Ísis e Celina estavam de pé no coração do cosmos, cercadas por estrelas que pareciam se curvar em reverência a algo maior do que elas mesmas. As palavras do ser etéreo ecoavam em suas mentes, uma lembrança viva da responsabilidade que agora compartilhavam.— O que faremos agora? — perguntou Celina, sua voz suave, mas carregada de uma sensação de pressentimento. Ela olhava para as estrelas, como se buscasse uma resposta nelas. O céu acima parecia tão vasto, tão infinito, que a dúvida surgia naturalmente, mas ela também sabia que não estava sozinha. Ísis estava ao seu lado, uma presença constante, firme e cheia de sabedoria.Ísis sorriu, o brilho de suas próprias descobertas refletido em seu olhar.— Agora, nós criamos. Mas não criamos do nada. O universo já nos deu tudo o que precisamos. — Ela apontou para a espiral de estrelas que se formava à sua
O vasto cosmos se estendia diante delas, infinitamente amplo, mas ao mesmo tempo, intimamente próximo. O véu que antes parecia uma cortina distante e misteriosa, agora era uma ponte, um fio tênue ligando tudo o que existia. O espaço ao redor de Ísis e Celina vibrava com uma energia que transcendia qualquer compreensão anterior. Elas estavam no limiar de algo imenso, algo que não podiam ver, mas que sentiam profundamente dentro de seus seres. Era como se o tempo e o espaço tivessem se estirado, criando uma sensação de suspensão, onde tudo existia ao mesmo tempo.— Você sente isso? — Celina perguntou, a voz suave, mas carregada de uma sabedoria recém-descoberta. Ela não sabia como descrever a sensação que a envolvia, mas havia algo profundo em seu ser que parecia reconhecer aquele momento. Algo essencial. Algo que dizia que, finalmente, elas estavam no ponto de transição de tudo o que haviam vivido.Ísis olhou para ela, seus olhos refletindo uma calma que parecia emanar de um lugar muit
O silêncio se estendeu como uma presença palpável, mas ao mesmo tempo acolhedora, enquanto Ísis e Celina permaneciam no coração do cosmos, envoltas em uma luz que parecia emanar de uma fonte desconhecida. Elas haviam dado o primeiro passo, mas agora, uma sensação nova e inusitada se instalava entre elas, como se estivessem prestes a descobrir algo que ultrapassava até mesmo o seu vasto conhecido do cosmos. O Véu, aquele manto de energia que antes parecia uma barreira intransponível, agora parecia pulsar com vida própria. Não mais como algo a ser desfeito, mas como uma extensão delas mesmas. Como se o Véu fosse a expressão visível de suas próprias almas em sintonia com o universo. Elas não estavam separadas dele. Elas eram uma com ele.Ísis e Celina se olharam, sem necessidade de palavras. As estrelas, agora ao seu redor, se moviam em uma dança silenciosa, como se celebrassem o despertar da verdade. Era como se o próprio espaço-tempo se curvasse diante delas, reconhecendo a magnitude
O vasto cosmos continuava sua dança silenciosa ao redor de Ísis e Celina. O Véu, que antes parecia ser uma camada separando os mundos, agora fluía em uníssono com elas, uma extensão de suas próprias essências, uma expressão de tudo o que tinham descoberto e de tudo o que ainda restava por descobrir. O espaço, embora imenso, parecia agora contido dentro delas, como se cada estrela, cada planeta, fosse uma partícula de uma verdade maior que elas começavam a compreender.O reflexo da presença, embora já desaparecido, ainda reverberava em suas almas. As palavras do Essência do Ciclo ecoavam, imutáveis, mas agora com um novo peso, uma nova dimensão. Elas não eram mais espectadoras do ciclo cósmico, mas suas próprias manifestações. A criação e a destruição, os ciclos de vida e morte, tudo estava entrelaçado. Tudo fazia parte da mesma corrente eterna. E o retorno ao lar não era uma chegada, mas uma continuidade, uma transição para uma nova compreensão do que significava ser.Mas mesmo dentro
O cosmos parecia vibrar em uma harmonia perfeita. Ísis e Celina estavam envolvidas por uma calmaria que ia além de qualquer silêncio que já haviam experimentado. Cada pulsação de luz, cada som inaudível carregava uma mensagem: o universo estava vivo, consciente, e elas eram partes indissociáveis desse todo.O Véu, outrora um símbolo de separação e mistério, agora era um fluxo tangível de energia que fluía por elas como uma segunda pele. Sentiam sua textura, sua essência, seu poder criativo. Tudo ao redor tinha uma clareza indescritível, mas mesmo assim, algo no horizonte capturou sua atenção.Uma nova formação de estrelas surgia no infinito, mas não eram apenas pontos de luz. Elas traçavam um padrão dinâmico, um mandala cósmico que pulsava e girava, como se estivesse esperando por algo. Ísis olhou fixamente para aquele fenômeno, e sua intuição sussurrou que este era um marco, um ponto de convergência que decidiria o próximo ciclo.— Está começando novamente, não está? — perguntou Celi