BiancaEstávamos a caminho da casa em Luanda, depois de duas horas inteiras de puro sermão, fui finalmente convencida a voltar para a casa.Estava tonta, as minhas mãos tremiam no meu colo, a todo instante mentalizava o que iria dizer para aquela menina, qual a explicação que daria para ela sobre tudo. Haviam sidos 4 longos anos, e não acreditada que um "oi filha, adivinha que está viva? Eu! quem quer pizza?" fosse resolver tudo.- Ei...- ele sorriu de forma amigável me despertando dos meus devaneios. - Calma... Zola vai aceitar você... -Encostei a cabeça no carro - espero que sim. - Pedia silenciosamente a Deus que não estivesse dormindo, grunhi com as mãos no rosto. - Grrhh... por favor, me diz que é real...-Ele sorriu levemente com os olhos na estrada. - Eu peço a Deus que seja...- a sua mão segurou a minha de um jeito tão natural. Ele ainda usava a nossa aliança.Toquei a joia com cuidado - ainda tem a sua... - suspirei.- Eu nunca tirei do dedo...-Suspirei olhando a paisagem
Igor observava-me, ela sabia que estava sobre estresse, só não sabia como fazer as coisas se tornarem mais fáceis para mim. Então, como quem não dá precedentes, a sua mão agarrou a minha e subimos juntos as escadas, tentei acompanhar o seu ritmo, mas sentia o quadril doer um pouco quando forçado, gemi disfarçadamente e ele parou me levantando e carregando até um aporta no segundo andar. seu cheiro era bom, e quando pensei que poderíamos aproveitar mais aquela conexão ele me pós no chão com cuidado, e posicionou-se atrás de mim. Não dissemos uma palavra se quer, o olhei sugestiva, e ele apenas assentiu. Empurrei a porta com cuidado até ver o que se escondia lá dentro, e deparei-me com o meu antigo quarto. Caminhei lentamente pelo lugar, tudo estava igual, o lençol da cama ainda dobrado do jeito que havia deixado, as fotos penduradas no pequeno mural, com os cartões de aniversário dos meus 23 anos, toquei na mobíl
[...]BiancaZola estava trancada no quarto, irredutível, ela precisava do espaço dela, eu compreendia perfeitamente. Ela estava no seu direito, afinal, eu não podia inventar qualquer coisa ou tentar compra-la com um sorvete no fim da tarde. Deitei na cama do meu quarto, algumas fotos da caixa de lembrança faziam-me lembrar do seu rosto ainda mais novo, em como tinha curiosidade sobre o mundo, e em como queria entender tudo ao seu redor. Suspirei assistindo o fim de mais um dia em Luanda, vez ou outra pensava em como a minha vida havia mudado, em como tanta coisa havia acontecido, como era possível? Mudar tantas vezes em um só dia? Igor entrou no quarto, estava mais relaxado com uma bermuda de moletom leve e uma camiseta com o rosto do tio San com a frase "aliste-se já", ele deitou ao meu lado e inspiramos juntos olhando o sol do fim da tarde criar formas no teto de gesso.- Estou com medo - disse por fim.E
Mais tarde. Mãos quentes desciam e subiam pelo meu corpo devagar, estava naquela lenta agonia a alguns minutos, Igor torturava-me muito bem. O beijei, ele estava lindo. - Eu disse que iria fod*r você no capô do meu carro... - os seus lábios sussurram no meu ouvido. Gemi em aprovação, quando eles desceram até o meu sei* sob a blusa fina, tomando para si, estava a sua total mercê. - Mas acho que vou fazer amor com você primeiro... - os seus olhos dourados pela luz fraca do abajur mostravam-me o quanto meu esposo desejava o meu corpo. Mordi os lábios saboreando aquela linda visão do seu peito nu, Igor largou a blusa no canto do quarto, estava em êxtase. - Eu te amo... - sussurrei. Ele sorriu. - Senhora Gonzales - disse por fim - eu tenho algo para você... - me ergui com os cotovelos na cama. - Feche os olhos... - ri nervosa. - Eu... não posso ficar de olhos abertos? - pisquei.<
Bianca Igor estava no escritório o dia todo, ele ligava para alguém a cada cinco minutos, quando questionado dizia que estava cuidando de um pequeno negócio. Depois de tanto insistir, desisti de tentar participar das conversas. Zola não conversava comigo, e sempre que me aproximava, ela saia do lugar indo para o quarto. "De um tempo para ela... Logo essa raiva vai passar" margarida sempre repetia, estava convencida de que não. E eu não a julgava, só não entendia como ela poderia saber o que era rancor, sendo ainda tão jovem. - Sabe... - a governanta começava cautelosa. - Às vezes, via a senhorita Anastácia perambulando com a Zola pela casa...- Cortei uma cebola - como assim?- Ela deu de ombros. - Pense, a sua filha te idolatrava, e do nada simplesmente, lhe tirou da sua vida. - Ela ergueu as sobrancelhas. Fiquei muda.
IgorPeguei o celular e carteira sob a cômoda, margarida ainda acalentava Zola no sofá, a beijei rapidamente na testa e sai rumo a garagem, minha moto estava coberta com uma capa protetora há muito tempo, liguei o motor e saí em disparado. Enquanto corria a conversa com Zola mais cedo rodava na minha mente.- A mamãe te ama, porque está sendo tão dura com ela mocinha? -A pequena criatura deu de ombros suspirando. Crianças, as coisas mais difíceis do mundo para se lidar.Por fim ela disse - ela me deixou.-A segurei. - Não, não... Não quero que pense assim, sabe... - Pintávamos um livro com flores complexas - a mamãe é igualzinha a você, sabia?-Zola piscou me olhando e depois voltou a pintar - não é não. Ela é ruiva... E eu sou negra.-Suspirei - falo aqui. - Toquei levemente na sua testa. - E aqui...- toquei no seu coração.-Zola suspirou - pai! Fala sério...-Franzi o cenho. Quando ela havia crescido? Bianca estava certa, olhei por sobre a sua cabeça, Zola havia crescido, mas ela
O telefone chamava pela terceira vez, e depois de muito tempo enfim fui atendido.- Mas que drog* eu não quero um plano!-Pisquei. - Eu sinto muitíssimo..., mas, não vendo planos.-Um silêncio se instalou na linha. Logo em seguida uma risada histérica, essa era barbara Monique... A nova barbara na verdade. Não sabia muito sobre a irmã de Bianca, não depois de sua mudança, ela me auxiliou de longe, e havia sido um suporte para mim, mas estava morando em Milão, como sempre sonhou. Desde então não tinha notícias suas, e foi melhor assim, não queríamos remexer no passado, ela ainda ria dizendo estar recebendo ligações falando sobre planos de tv em italiano desde que havia chegado, enquanto eu me certificava de não estar sendo ouvido. Fechei a porta e sentei na cadeira, enfim - preciso que venha para Luanda. -- Para Luanda? Igor... Você bebeu? São 5 dias de viagem... Sem contar com