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BiancaZola estava trancada no quarto, irredutível, ela precisava do espaço dela, eu compreendia perfeitamente. Ela estava no seu direito, afinal, eu não podia inventar qualquer coisa ou tentar compra-la com um sorvete no fim da tarde. Deitei na cama do meu quarto, algumas fotos da caixa de lembrança faziam-me lembrar do seu rosto ainda mais novo, em como tinha curiosidade sobre o mundo, e em como queria entender tudo ao seu redor. Suspirei assistindo o fim de mais um dia em Luanda, vez ou outra pensava em como a minha vida havia mudado, em como tanta coisa havia acontecido, como era possível? Mudar tantas vezes em um só dia? Igor entrou no quarto, estava mais relaxado com uma bermuda de moletom leve e uma camiseta com o rosto do tio San com a frase "aliste-se já", ele deitou ao meu lado e inspiramos juntos olhando o sol do fim da tarde criar formas no teto de gesso.- Estou com medo - disse por fim.EMais tarde. Mãos quentes desciam e subiam pelo meu corpo devagar, estava naquela lenta agonia a alguns minutos, Igor torturava-me muito bem. O beijei, ele estava lindo. - Eu disse que iria fod*r você no capô do meu carro... - os seus lábios sussurram no meu ouvido. Gemi em aprovação, quando eles desceram até o meu sei* sob a blusa fina, tomando para si, estava a sua total mercê. - Mas acho que vou fazer amor com você primeiro... - os seus olhos dourados pela luz fraca do abajur mostravam-me o quanto meu esposo desejava o meu corpo. Mordi os lábios saboreando aquela linda visão do seu peito nu, Igor largou a blusa no canto do quarto, estava em êxtase. - Eu te amo... - sussurrei. Ele sorriu. - Senhora Gonzales - disse por fim - eu tenho algo para você... - me ergui com os cotovelos na cama. - Feche os olhos... - ri nervosa. - Eu... não posso ficar de olhos abertos? - pisquei.<
Bianca Igor estava no escritório o dia todo, ele ligava para alguém a cada cinco minutos, quando questionado dizia que estava cuidando de um pequeno negócio. Depois de tanto insistir, desisti de tentar participar das conversas. Zola não conversava comigo, e sempre que me aproximava, ela saia do lugar indo para o quarto. "De um tempo para ela... Logo essa raiva vai passar" margarida sempre repetia, estava convencida de que não. E eu não a julgava, só não entendia como ela poderia saber o que era rancor, sendo ainda tão jovem. - Sabe... - a governanta começava cautelosa. - Às vezes, via a senhorita Anastácia perambulando com a Zola pela casa...- Cortei uma cebola - como assim?- Ela deu de ombros. - Pense, a sua filha te idolatrava, e do nada simplesmente, lhe tirou da sua vida. - Ela ergueu as sobrancelhas. Fiquei muda.
IgorPeguei o celular e carteira sob a cômoda, margarida ainda acalentava Zola no sofá, a beijei rapidamente na testa e sai rumo a garagem, minha moto estava coberta com uma capa protetora há muito tempo, liguei o motor e saí em disparado. Enquanto corria a conversa com Zola mais cedo rodava na minha mente.- A mamãe te ama, porque está sendo tão dura com ela mocinha? -A pequena criatura deu de ombros suspirando. Crianças, as coisas mais difíceis do mundo para se lidar.Por fim ela disse - ela me deixou.-A segurei. - Não, não... Não quero que pense assim, sabe... - Pintávamos um livro com flores complexas - a mamãe é igualzinha a você, sabia?-Zola piscou me olhando e depois voltou a pintar - não é não. Ela é ruiva... E eu sou negra.-Suspirei - falo aqui. - Toquei levemente na sua testa. - E aqui...- toquei no seu coração.-Zola suspirou - pai! Fala sério...-Franzi o cenho. Quando ela havia crescido? Bianca estava certa, olhei por sobre a sua cabeça, Zola havia crescido, mas ela
O telefone chamava pela terceira vez, e depois de muito tempo enfim fui atendido.- Mas que drog* eu não quero um plano!-Pisquei. - Eu sinto muitíssimo..., mas, não vendo planos.-Um silêncio se instalou na linha. Logo em seguida uma risada histérica, essa era barbara Monique... A nova barbara na verdade. Não sabia muito sobre a irmã de Bianca, não depois de sua mudança, ela me auxiliou de longe, e havia sido um suporte para mim, mas estava morando em Milão, como sempre sonhou. Desde então não tinha notícias suas, e foi melhor assim, não queríamos remexer no passado, ela ainda ria dizendo estar recebendo ligações falando sobre planos de tv em italiano desde que havia chegado, enquanto eu me certificava de não estar sendo ouvido. Fechei a porta e sentei na cadeira, enfim - preciso que venha para Luanda. -- Para Luanda? Igor... Você bebeu? São 5 dias de viagem... Sem contar com
Maluco.Essa era a palavra que melhor definia o meu esposo nesse exato momento. Casar em 5 dias?! Ele era completamente maluco. A minha existência no mundo dos vivos ainda se mantinha desconhecida até então, e deveria permanecer assim, ao menos era isso que Renan havia-me instruído em quase todo o tempo. Pessoas ruins ainda acreditavam na minha morte, e era assim que deveria permanecer, sem contestação.Ergui a sobrancelhas vendo-o falar de forma entusiasmada em como dessa vez o nosso casamento seria íntimo e que eu precisava ter um dia de princesa ou algo do tipo... Não me interessava essa baboseira toda, mas ficava feliz em vê-lo sorrir por motivos bobos.- Então você vai passar essas 4 horas sendo preparada... Vai ter massagem, e vai ter uma tarde no salão, O que você acha?-Pisquei olhando o folheto do SPA.Eu não poderia estragar os seus planos, Igor reluzia. Assenti - vai ser mu
IgorBárbara ainda estava inconsciente no chão, e do outro lado da sala minha esposa a encarava fixamente sem acreditar que a sua melhor amiga estava ali. Aproximei-me beijando o seu rosto pálido, ela tinha os olhos arregalados com pequenas bolsas de lágrimas se formando ali, apesar de tudo, sorria. - Feliz aniversário amor...- beijei os seus lábios doces. Ela piscou tentando entender o que havia dito, foi então que se deu conta que... Era seu aniversário.- O meu aniversário?...- refletiu pensativa. - Hoje é... - Umideci os lábios atraindo a sua atenção.— hoje é 9/09 - ela ainda olhava os meus lábios concentrada na data, mas perdida em memórias. - A quatro anos atrás eu tinha uma festa planejada para você... - sorri triste. - Acho que finalmente vou poder realizar -Cobria os olhos extasiada. - Obrigado, eu te amo. - Chuck dava pequenos tapas na lateral do rosto pálido de barbara. O choque havia sido grande para as
.BiancaAinda assistíamos às luzes se apagarem na cidade ao longe, já passava das duas da manhã quando bah finalmente foi dormir com Chuck, Igor e eu permanecemos no mesmo lugar, a noite estava fria. Ele observava-me de forma calma, suspirei erguendo os olhos, e assim ficamos. - Posso saber no que tanto pensa, senhora Bianca -Pisquei me voltando as pequenas luzes que se apagavam bem longe de nós. — Eu... bem, estava pensando no meu aniversário...- senti o seu dedo acariciar o meu ombro com cuidado. - é triste como um aniversário, é esquecido após a morte, tudo o que fica é a data em que você morreu...- Igor apenas continuou o seu carinho em silêncio. - Eu nem me lembrava que tinha um até você me lembrar hoje cedo... - fechei os olhos com força. - é como se... eu não existisse ou sei lá. Que tipo de pessoa esquece o próprio aniversário?-Ele apertou-me - ei! - o olhei. - Não se cobre tanto...- Observei o meu marido. - Quando f
Bianca Depois do café, sentei no escritório de Igor, precisava de uma pausa do mundo. Observava a minha barriga, não acreditava que estava grávida, quer dizer onde em toda a humanidade havia tanta loucura e beleza envolvido juntos? Uma vida se formando de outra vida, um ser totalmente inocente e indefeso, um pedacinho de duas pessoas que acabou formando outro. Suspirei acariciando a barriga. - Sabe, foi um longo caminho...- me afundei na cadeira macia. - Primeiro que eu não gostava do seu pai, segundo que... bem, nem sempre as coisas foram fáceis, mas eu aprendi a superar todas elas. - Fechei os olhos sorrindo - eu te amo muito mesmo.- Permaneci ali um bom tempo observando algumas pessoas caminhando pelo jardim, Barbara organizava tudo meticulosamente e após o almoço começamos a preparar alguns doces para o dia seguinte, e mesmo o dia passando extremamente devagar, sentia um arrepio na minh