— Aquele projeto não vale tanto assim, e se der errado, meus 450 bilhões vão pelo ralo. 450 bilhões! É mais dinheiro do que a maioria das pessoas jamais verá em uma vida inteira. Pensando bem, talvez eu tenha agido de forma um pouco impulsiva. — Disse Eliana, dando de ombros. — Mas, como tenho dinheiro sobrando, não precisa se preocupar com isso!Ignorando o olhar cada vez mais sombrio de Jacob, ela continuou a provocá-lo:— Agora, o que me intriga é por que você não continuou dando lances. Será que ficou sem dinheiro? Eu sempre pensei que o grande Jacob tivesse mais de 450 bilhões no bolso.Ela riu com desdém.— Acho que, no futuro, seria melhor evitar esse tipo de evento, não? Não queremos que você passe vergonha de novo...Antes que pudesse terminar, Pola surgiu correndo, com os cabelos desgrenhados.— Jacob!Eliana deveria ter ido embora a essa altura, mas, de repente, teve vontade de provocar Pola. Aproximando-se de Jacob, ela concluiu sua fala:— Só temos um rosto, então seria me
No saguão, Eliana, já recomposta e de volta ao seu estado normal, fingia ter acabado de sair do banheiro enquanto procurava Jordan.De longe, avistou uma multidão ao redor dele. Preocupada que algo pudesse ter acontecido, especialmente porque ele ainda se recuperava de uma lesão recente, Eliana correu em sua direção.Quando se aproximou, ouviu Henrique, no centro da confusão, gritando com raiva:— Jordan, é assim que você trata seus convidados? Ou será que tem algum problema comigo? Se tem, pode falar diretamente!O som dos soluços de Isabel acompanhava o discurso de Henrique.— Querido, estou tonta...Eliana logo entendeu a situação.Ela sabia que tinha agido por impulso naquele dia. Mas sempre que via Pola e sua mãe desfilando na sua frente, sua raiva subia à cabeça e queimava qualquer traço de racionalidade.Agora que já havia batido nelas, não adiantava se arrepender.Eliana estava prestes a abrir caminho pela multidão quando sentiu alguém segurar seu braço. Aquele toque familiar f
Jordan falou com o olhar mais sombrio: — Sr. Henrique, que tipo de explicação o senhor quer?— Isso depende do que você está disposto a oferecer. — Henrique, velho conhecido por sua astúcia, respondeu com um sorriso cínico. — Na Cidade A, eu talvez não seja uma grande figura, mas tenho a minha reputação. Se alguém espalhar que minha esposa e minha filha foram agredidas em público, não sei o que vão pensar de mim...Eliana interrompeu:— Sr. Henrique, eu ainda nem expliquei o motivo da confusão e o senhor já está exigindo satisfações? Não acha que está precipitado? Ou será que, por eu não ter status, mesmo que tenha agido em legítima defesa, ainda assim tenho que arcar com as consequências?— Nós não fizemos nada para você, e você veio nos agredir... — Isabel, cobrindo o rosto, choramingou. — Todo mundo aqui pode ver, você diz que foi legítima defesa, mas quem está machucada somos nós, enquanto você não tem nem um arranhão.É, realmente o ditado "tal mãe, tal filha" não falha. Antes, E
— Parece que o ladrão está gritando pega ladrão. Que vergonha! — Alguém comentou em meio à plateia.— Aposto que as marcas que elas têm foram feitas por elas mesmas. Se não fosse isso, por que deletariam o vídeo?— Cinco segundos! Aquela mulher restaurou o vídeo em cinco segundos! Nossa, que habilidade! Por favor, receba minha reverência! — Outro observou, impressionado.Pola e Isabel ficaram boquiabertas. As críticas começaram a surgir de todos os lados, e as duas mal conseguiam esconder a vergonha. Queriam desaparecer dali.Henrique também não esperava por esse desfecho, mas, sendo um homem de negócios experiente, rapidamente encontrou uma maneira de reagir. Ele deu um sorriso sarcástico e disse:— Em cinco segundos? Parece que você já tinha tudo preparado, né?Eliana inclinou a cabeça e olhou para Pola.— Foi sua filha que trouxe o técnico...— Você! — Henrique ficou sem palavras.— Sr. Henrique, parece que você ainda não está satisfeito. Então, vamos resolver isso de outra forma. —
O médico olhou para o relógio, impaciente.— Cadê o marido da paciente? Se ele não vier logo assinar os papéis, vai ser tarde demais.A enfermeira respondeu com um ar de desconforto:— Ele disse que não vai vir. Disse que a paciente pode se virar sozinha, que ele não se importa.Se virar sozinha...Na mesa de cirurgia, coberta de ferimentos e lutando pela vida, Eliana Walton tentou levantar uma das mãos.— Me dá o celular... — Murmurou com dificuldade.A enfermeira, vendo o desespero nos olhos da paciente, rapidamente entregou o telefone.Com o corpo inteiro em agonia, Eliana forçou-se a discar o número que estava gravado em sua memória. O telefone quase desligou automaticamente quando, finalmente, a ligação foi atendida.— Eu já disse que a vida dela não importa para mim. — A voz do homem do outro lado era carregada de impaciência e desprezo.— Jacob... — Cada palavra que saía da boca de Eliana parecia rasgar seu corpo por dentro. — Depois que você levou a Pola, os sequestradores det
Na manhã seguinte.Por causa da dor intensa no ferimento de Pola, ela insistiu para que Jacob ficasse mais uma noite no hospital.A caminho do trabalho, ao passar por um cruzamento, Jacob deu uma ordem repentina ao motorista:— Vá para a Vila Werland.Ele não queria voltar para lá, mas suas roupas já estavam há dois dias no corpo. Era hora de trocá-las.Ao chegar na casa, no entanto, não foi recebido com o calor habitual de uma mulher ansiosa pela sua chegada, mas sim com uma frieza que parecia preencher todo o ambiente.No centro da sala, sobre a mesa de café, estava um documento de divórcio.Jacob olhou para a assinatura no final da página, junto com a chave da casa colocada em cima do contrato. Seus olhos escuros brilharam por um breve momento, com uma emoção difícil de decifrar. Em seguida, ele subiu as escadas em direção ao quarto.Era a primeira vez que Jacob entrava no quarto de Eliana.Durante os últimos três anos, eles haviam vivido como estranhos, dividindo a mesma casa, mas
Cidade B ficava a apenas uma hora e meia de Cidade A de carro.Disfarçada, Eliana chegou à Mansão Mason no horário combinado. Sob o pretexto de tratar uma doença, ela aproveitou o momento em que ninguém estava por perto e hipnotizou Axel Mason, o chefe da família Mason.Infelizmente, ela não conseguiu arrancar nenhuma informação útil dele.Sem ter alcançado o objetivo, Eliana caminhava de cabeça baixa, perdida em pensamentos, até que sentiu uma dor repentina na testa.— Descul... — A palavra ficou presa na garganta quando ela levantou os olhos e viu o rosto de quem havia esbarrado nela.Jacob? O que ele estava fazendo ali? Que ironia do destino!Em questão de segundos, Eliana desviou o olhar e, com o rosto impassível, virou-se e saiu.Jacob ficou intrigado. A princípio, ela parecia que iria se desculpar, mas, ao vê-lo, mudou completamente de atitude. Aquele olhar... Tinha algo de ressentido, como se fossem inimigos.Ele se virou, observando a direção na qual ela caminhava, e ficou sur
— Um bilhão? — Jacob não hesitou nem por um segundo. — Fechado!Três anos atrás, ele havia sido envenenado em uma armadilha. Uma mulher, mesmo gravemente ferida, havia salvado sua vida.Após uma noite intensa, ao acordar, a mulher havia desaparecido sem deixar rastros.A escuridão daquela noite impediu Jacob de ver seu rosto, mas ele se lembrava de um perfume peculiar que exalava dela, algo que parecia com ervas medicinais.Ele mandou investigar, e a busca o levou até Pola Francis, filha da família Francis. Pola sempre fora frágil e doente, vivendo à base de remédios herbais.De acordo com o próprio relato de Pola, no dia em que ele foi atacado, ela havia sido sequestrada. Enquanto tentava escapar, encontrou Jacob e, apesar de suas feridas, colocou sua própria vida em risco para salvá-lo, entregando-lhe até sua virgindade.Naquela época, ela tinha apenas dezoito anos.Pola havia lhe salvado a vida, e ele lhe prometeu casamento. Mesmo com a desaprovação de sua avó, Jacob estava determi