— Certo, já que é assim, vou direto ao ponto. Minha condição é bem simples... — Falcão olhou para Eliana, pausando entre cada palavra. — Seja minha namorada. — Pode repetir? — Eliana piscou, incrédula, achando que havia escutado errado. Ela estava convencida de que tudo aquilo era um plano para tirar sua vida. Mas, ao invés disso... — Basta você aceitar ser minha namorada, e eu desfaço a hipnose da Leyla imediatamente. — Continuou Falcão, com uma expressão séria. — E prometo que nunca mais encostarei um dedo nela. — Você... — Eliana começou, mas Falcão a interrompeu antes que pudesse concluir. — Não precisa responder agora. Vou te dar três dias para pensar. Seu tom não deixava dúvidas: ele não estava brincando. Eliana o encarou, incrédula. Não fazia nenhum sentido. Eles mal se conheciam, então como ele podia propor algo tão ridículo? Para Eliana, aquilo era a coisa mais absurda que já ouvira. — Um novo joguinho? — Ela riu, mas o tom de sua risada era frio. — E o objet
Três minutos. Só restavam três minutos! Se fosse outra pessoa, talvez fosse apenas uma ameaça vazia. Mas a habilidade de Falcão com hipnose era incomparável. Ele podia, mesmo à distância, controlar a vida e a morte de alguém. Enfrentá-lo seria impossível, a menos que o mestre Raul ainda estivesse vivo. No fundo, Eliana sabia que estava em desvantagem. Se fosse tão boa quanto achava, não teria se deixado encurralar assim. Contudo, aceitar as condições de Falcão sem lutar parecia absurdo. Seus olhos brilharam com determinação. Eliana desligou o telefone e deu um passo à frente. Olhou para os médicos e enfermeiros na sala e ordenou: — Saiam todos daqui! Os profissionais de saúde, que já conheciam Eliana e sua autoridade, não hesitaram. Interromperam o que estavam fazendo e deixaram a sala rapidamente, um a um. Com a sala limpa, Eliana não perdeu tempo. Aproximou-se da cama de Leyla. Três minutos... Não, menos do que isso agora. Ela tinha que tentar mais uma vez! Até o últi
No fim, ela realmente não era páreo para o Falcão... — Cu-cunhada... Uma voz fraca, quase um sussurro, fez o coração de Eliana dar um salto. Ela ergueu os olhos, incrédula, e viu Leyla, finalmente acordada. Ela havia despertado! Mas o mais importante para ela, no fundo, era a relação entre ela e Jacob? Isso significava que tudo o que Eliana dissera antes teria que ser cumprido? Ao pensar nisso, Eliana lançou um rápido olhar de canto para Jacob. Mesmo que Leyla levasse as palavras a sério, Jacob certamente não acreditaria. Ele sempre desconfiou dela, achando que tinha segundas intenções. Agora, com sua verdadeira identidade revelada, qualquer dúvida que ele tivesse no passado estaria confirmada. Aos olhos dele, ela era apenas uma mentirosa, alguém que ele desprezaria ainda mais. Essa linha de pensamento, em vez de preocupá-la, acabou deixando-a mais tranquila. Voltou sua atenção para Leyla e começou a preparar os exames que precisavam ser feitos. Mas, antes que pudesse fazer
Eliana interrompeu Leyla antes que ela pudesse terminar a frase: — Leyla, você acabou de acordar. Não fale tanto, precisa descansar para se recuperar mais rápido! Enquanto falava, Eliana ajeitava cuidadosamente o cobertor sobre Leyla. — Isso, descanse. Seja boazinha. Leyla olhou para Jacob, que estava parado na porta, e seus olhos brilharam com uma pontada de travessura. — Cunhada, por que está tão nervosa? Eu só ia perguntar se a vovó ainda não sabe que eu sofri um acidente, né? — Ah, era isso? — E se não fosse isso, seria o quê? — Leyla voltou a encarar Jacob com um olhar cheio de intenções. — Ou será que você disse outra coisa enquanto eu estava inconsciente? Eliana também olhou para Jacob e respondeu rapidamente: — Não falei nada além disso! Leyla, no entanto, insistiu, fixando os olhos em Jacob: — É verdade, irmão? Ignorando completamente o tom sugestivo da irmã, Jacob entrou no quarto com passos firmes e entregou a sacola com os itens que Eliana havia pedi
Era como matar dois coelhos com uma cajadada só. Por isso, se ele dissesse aquelas palavras, seria muito melhor do que se ela dissesse.Mas, seu irmão… Ah, deixa pra lá. Contanto que sua cunhada voltasse para a família Perry, Leyla estava disposta a ser egoísta dessa vez. Pressionando os lábios em uma expressão resoluta, Leyla finalmente criou coragem para dizer o que estava martelando em sua cabeça desde que acordara: — Cunhada, enquanto eu estava inconsciente, ouvi você dizer que, se eu acordasse, você iria se casar de novo com o meu irmão… — Ah! — Eliana, com uma expressão exagerada, levou as mãos à barriga. — Acho que meu estômago está meio estranho… Preciso ir ao banheiro! Antes que Leyla pudesse reagir, Eliana praticamente correu para fora do quarto, como se estivesse fugindo. Leyla franziu o cenho, claramente irritada, e descarregou toda sua frustração sobre Jacob: — Você não vai atrás dela? Ou quer que eu, que nem consigo sair da cama, continue ajudando você? Le
O médico olhou para o relógio, impaciente.— Cadê o marido da paciente? Se ele não vier logo assinar os papéis, vai ser tarde demais.A enfermeira respondeu com um ar de desconforto:— Ele disse que não vai vir. Disse que a paciente pode se virar sozinha, que ele não se importa.Se virar sozinha...Na mesa de cirurgia, coberta de ferimentos e lutando pela vida, Eliana Walton tentou levantar uma das mãos.— Me dá o celular... — Murmurou com dificuldade.A enfermeira, vendo o desespero nos olhos da paciente, rapidamente entregou o telefone.Com o corpo inteiro em agonia, Eliana forçou-se a discar o número que estava gravado em sua memória. O telefone quase desligou automaticamente quando, finalmente, a ligação foi atendida.— Eu já disse que a vida dela não importa para mim. — A voz do homem do outro lado era carregada de impaciência e desprezo.— Jacob... — Cada palavra que saía da boca de Eliana parecia rasgar seu corpo por dentro. — Depois que você levou a Pola, os sequestradores det
Na manhã seguinte.Por causa da dor intensa no ferimento de Pola, ela insistiu para que Jacob ficasse mais uma noite no hospital.A caminho do trabalho, ao passar por um cruzamento, Jacob deu uma ordem repentina ao motorista:— Vá para a Vila Werland.Ele não queria voltar para lá, mas suas roupas já estavam há dois dias no corpo. Era hora de trocá-las.Ao chegar na casa, no entanto, não foi recebido com o calor habitual de uma mulher ansiosa pela sua chegada, mas sim com uma frieza que parecia preencher todo o ambiente.No centro da sala, sobre a mesa de café, estava um documento de divórcio.Jacob olhou para a assinatura no final da página, junto com a chave da casa colocada em cima do contrato. Seus olhos escuros brilharam por um breve momento, com uma emoção difícil de decifrar. Em seguida, ele subiu as escadas em direção ao quarto.Era a primeira vez que Jacob entrava no quarto de Eliana.Durante os últimos três anos, eles haviam vivido como estranhos, dividindo a mesma casa, mas
Cidade B ficava a apenas uma hora e meia de Cidade A de carro.Disfarçada, Eliana chegou à Mansão Mason no horário combinado. Sob o pretexto de tratar uma doença, ela aproveitou o momento em que ninguém estava por perto e hipnotizou Axel Mason, o chefe da família Mason.Infelizmente, ela não conseguiu arrancar nenhuma informação útil dele.Sem ter alcançado o objetivo, Eliana caminhava de cabeça baixa, perdida em pensamentos, até que sentiu uma dor repentina na testa.— Descul... — A palavra ficou presa na garganta quando ela levantou os olhos e viu o rosto de quem havia esbarrado nela.Jacob? O que ele estava fazendo ali? Que ironia do destino!Em questão de segundos, Eliana desviou o olhar e, com o rosto impassível, virou-se e saiu.Jacob ficou intrigado. A princípio, ela parecia que iria se desculpar, mas, ao vê-lo, mudou completamente de atitude. Aquele olhar... Tinha algo de ressentido, como se fossem inimigos.Ele se virou, observando a direção na qual ela caminhava, e ficou sur