Escritório no segundo andar da Werland Villa. [Não posso ajudar.] Jacob franziu as sobrancelhas ao ler a mensagem curta e seca que acabara de receber. Ele esperou horas por uma resposta, e era isso o que recebia? Sem perder tempo, respondeu rapidamente: [Acha que o valor foi baixo?] A mensagem mal foi enviada e algo inesperado aconteceu. Logo abaixo, apareceu um aviso: "Desculpe, você e o destinatário não são mais amigos." Ela o tinha bloqueado. Pela primeira vez. Pela maldita primeira vez! Em um surto de raiva, Jacob pegou o celular e o arremessou com força. O aparelho voou pelo ar e, com um estrondo seco, acertou em cheio a testa de Leyla, que acabava de abrir a porta. — Ai! — Leyla exclamou, pressionando a testa com a mão. — Thomas me disse que você estava de péssimo humor. E eu, sendo a irmã maravilhosa que sou, larguei tudo para te visitar no meio da madrugada! Mas, em vez de agradecer, você resolve jogar o celular na minha cara! Olha isso, Jacob, está até inchan
Quando criança, Leyla aprendeu a andar levando tombos muito piores do que esse. Mas, para a surpresa de Jacob, na manhã seguinte ela ligou para ele, dizendo que estava com uma "concussão" e precisava ser internada. ... Quarto de hospital onde Leyla estava internada. Jacob empurrou a porta do quarto e entrou. Lá estava Leyla, deitada na cama, com a cabeça enfaixada, segurando o celular e falando ao telefone com uma voz fraca: — Eu juro, não queria te incomodar tão cedo, mas fiquei com medo de não ter outra chance... Na outra linha, não se sabia com quem ela conversava, mas o tom de voz era tão meloso, tão cheio de manha e fingida fragilidade, que Jacob precisou desviar o olhar para não revirar os olhos. Ele esperou pacientemente enquanto ela terminava a ligação. Só depois de alguns minutos Leyla desligou. Jacob puxou uma cadeira, sentou-se na frente dela e foi direto ao ponto: — Quem? Leyla sabia exatamente o que ele queria dizer, mas resolveu se fazer de desentendida
— Fala, irmão! Anda logo, fala! — Leyla insistia, impaciente, enquanto puxava Jacob pela mão, tirando-o da cadeira e praticamente o empurrando para frente de Eliana. — Vai, diz alguma coisa! Mas, antes que Jacob pudesse abrir a boca, Eliana cruzou os braços e o interrompeu: — Leyla, ele não é bom em mentir. Não o force. — Cunhada, meu irmão não ama mais a Pola! — Leyla declarou, com tanta convicção que parecia estar prestes a levantar a mão para jurar. — Você provavelmente ainda não sabe, mas Pola e a mãe dela estão prestes a serem condenadas, né? Apontando para Jacob, ela continuou: — Foi ele quem fez isso acontecer! Se ele ainda amasse a Pola, como você acha que teria coragem de mandar as duas para a cadeia? — Leyla... — Eliana a interrompeu novamente, com um tom frio e controlado. — Se eu não ouvi errado, quando entrei aqui, você disse para ele admitir que estava arrependido de ter pedido o divórcio. E sabe o que ele respondeu? Ela virou o olhar para Jacob, encarando-o
Embora Leyla estivesse furiosa, era impossível para ela realmente abandonar Jacob. Ele era seu único irmão, e, além disso, alguém que não sabia se expressar. Se ela desistisse, não haveria mais nenhuma chance de ele reconquistar Eliana. Ao sair do quarto, Leyla notou uma figura suspeita no fim do corredor. Sem pensar duas vezes, começou a segui-la. Aquele andar inteiro estava praticamente vazio. Não havia mais ninguém ali além dela. Leyla não tinha inimigos, então, quem quer que fosse, havia grandes chances de ser a pessoa por trás da armação que estava destruindo a reputação de seu irmão. O que mais faria alguém se esconder nas sombras? Provavelmente, só estava ali para assistir de longe à desgraça de Jacob e Eliana. Leyla não podia deixar isso passar. Se não capturasse o culpado, Jacob acabaria sendo injustiçado para sempre. Mas, antes que pudesse se aproximar, a pessoa desapareceu em um piscar de olhos. Leyla não perdeu tempo e foi diretamente à sala de segurança para
Diante de Eliana, havia um enorme penhasco. Ela estava perigosamente na beira... Se fosse qualquer outra pessoa, um empurrão como aquele significaria morte certa, com o corpo despedaçado ao final da queda. Mas Eliana, ao contrário, transformava situações de risco em oportunidades de sobrevivência. Com um giro rápido, no exato momento em que seu corpo parecia cair no vazio, ela impulsionou-se no ar e, com uma agilidade impressionante, usou a força do próprio movimento para se desviar e escapar ilesa. — Nada mal, ainda está em forma. — Jasmin comentou, observando a cena com um sorriso de aprovação nos lábios. No entanto, em segundos, seu olhar se tornou severo, e a voz ganhou um tom frio. — Mas sua atenção já não é mais a mesma. Como pode deixar sua retaguarda exposta? Para alguém como você, isso é um erro fatal. Eliana, ainda recuperando o equilíbrio, respondeu com calma: — Eu sabia que era você. — Já tinha percebido? — Jasmin arqueou uma sobrancelha, surpresa. — Sim. — El
— O que aconteceu com a Leyla? — Eliana perguntou rapidamente, percebendo o tom estranho na voz de Andrew. — Leyla sofreu um acidente de carro. Foi grave! Na mesma hora, o coração de Eliana pareceu ser perfurado por uma lâmina afiada. Aqueles dois telefonemas que Leyla havia feito para ela mais cedo e que ela não atendeu... Provavelmente eram pedidos de socorro. A culpa a invadiu como um golpe certeiro. Ela apertou o celular com força, os dedos tremendo ligeiramente: — Foi um acidente... Ou...— Acho que não foi só um acidente. — A voz de Andrew soava ainda mais pesada. — O local do ocorrido é uma área sem monitoramento, e a câmera do carro não registrou nada fora do normal. Parece planejado. Os punhos de Eliana se fecharam com mais força. Sua voz saiu firme: — Em que hospital ela está? — No Centro Médico do Grupo Perry. Eliana não perdeu tempo. Assim que desligou o telefone, dirigiu-se ao hospital na maior velocidade possível. Ao chegar lá, manteve-se escondida, obse
— Ela atendeu! Luna atendeu! Disse que, por sorte, está aqui por perto e vem para cá agora mesmo! — Thomas desligou o telefone quase saltando de alegria. — Mas ela tem uma condição: quer que todos saiam da área e que as câmeras de segurança sejam desligadas. Jacob não hesitou nem por um segundo: — Avise imediatamente a sala de segurança. Thomas correu para falar com a administração do hospital e garantir que os monitores fossem desligados. Enquanto isso, Jacob e Rafael saíram da área, deixando o corredor vazio diante da sala de emergência. Foi só então que Eliana saiu de onde estava escondida no canto. Ser apresentada oficialmente como herdeira da família Walton era uma coisa, mas revelar suas outras identidades, seja como "Luna" ou qualquer outra, era algo completamente desnecessário. Para ela, esses títulos não passavam de nomes vazios, sem importância. Não havia motivo para expô-los. Eliana foi primeiro trocar de roupa e passou pelo processo de desinfecção antes de ent
— Sr. Jacob, a cirurgia foi um sucesso. Porém, a paciente ainda não está completamente fora de perigo. Precisaremos mantê-la na UTI por pelo menos dois dias para observação. — Informou o médico assim que Leyla foi levada para fora da sala de cirurgia. Assim que ela foi transferida para a UTI, Jacob inclinou-se discretamente e murmurou algo no ouvido de Thomas. Sem hesitar, Thomas saiu do local imediatamente. Rafael, que estava ao lado, notou a movimentação e, curioso, perguntou: — O que você cochichou com ele? Tá com esses segredinhos agora? Jacob ignorou a provocação e foi direto ao ponto: — Entre em contato com a T. Quero que ela encontre o responsável por isso. — Cara, eu trabalho com isso! Você tem a mim, mas prefere chamar outra pessoa? — Rafael respondeu, incomodado. — Sério mesmo? Vai gastar dinheiro com um de fora? Jacob lançou-lhe um olhar frio e cortante: — Você consegue resolver em 24 horas? Rafael hesitou. Era óbvio que ele não conseguiria. Mas com T, a hi