— Ela atendeu! Luna atendeu! Disse que, por sorte, está aqui por perto e vem para cá agora mesmo! — Thomas desligou o telefone quase saltando de alegria. — Mas ela tem uma condição: quer que todos saiam da área e que as câmeras de segurança sejam desligadas. Jacob não hesitou nem por um segundo: — Avise imediatamente a sala de segurança. Thomas correu para falar com a administração do hospital e garantir que os monitores fossem desligados. Enquanto isso, Jacob e Rafael saíram da área, deixando o corredor vazio diante da sala de emergência. Foi só então que Eliana saiu de onde estava escondida no canto. Ser apresentada oficialmente como herdeira da família Walton era uma coisa, mas revelar suas outras identidades, seja como "Luna" ou qualquer outra, era algo completamente desnecessário. Para ela, esses títulos não passavam de nomes vazios, sem importância. Não havia motivo para expô-los. Eliana foi primeiro trocar de roupa e passou pelo processo de desinfecção antes de ent
— Sr. Jacob, a cirurgia foi um sucesso. Porém, a paciente ainda não está completamente fora de perigo. Precisaremos mantê-la na UTI por pelo menos dois dias para observação. — Informou o médico assim que Leyla foi levada para fora da sala de cirurgia. Assim que ela foi transferida para a UTI, Jacob inclinou-se discretamente e murmurou algo no ouvido de Thomas. Sem hesitar, Thomas saiu do local imediatamente. Rafael, que estava ao lado, notou a movimentação e, curioso, perguntou: — O que você cochichou com ele? Tá com esses segredinhos agora? Jacob ignorou a provocação e foi direto ao ponto: — Entre em contato com a T. Quero que ela encontre o responsável por isso. — Cara, eu trabalho com isso! Você tem a mim, mas prefere chamar outra pessoa? — Rafael respondeu, incomodado. — Sério mesmo? Vai gastar dinheiro com um de fora? Jacob lançou-lhe um olhar frio e cortante: — Você consegue resolver em 24 horas? Rafael hesitou. Era óbvio que ele não conseguiria. Mas com T, a hi
Assim que ouviu o barulho da porta sendo aberta, Eliana fechou rapidamente o notebook e se escondeu atrás dela, antes que a pessoa entrasse. Não estava com medo de ser descoberta, mas achava melhor evitar problemas com funcionários públicos. Afinal, mesmo para alguém como ela, havia limites que precisavam ser respeitados. A porta se abriu e, para sua surpresa, a pessoa que entrou parecia ainda mais furtiva do que ela. Será que foi o mandante do atentado? Talvez, mesmo depois de mexer na câmera, ainda não se sentiram seguros?Fazia sentido. Quem mais estaria ali no meio da madrugada, sem motivo algum? Essa ideia a deixou alerta. Assim que a pessoa virou de costas, Eliana agiu. Com um movimento rápido e preciso, desferiu um chute que fez o intruso cair no chão. Antes que ele pudesse reagir, ela pisou com firmeza em suas costas. — Quem te mandou aqui? No chão, Rafael praguejou mentalmente. Que azar dos infernos! Ele só queria verificar se a câmera do carro de Leyla havia sido
E ainda por cima ela lutou bem!Rafael estava perplexo. Ele e Jacob passaram a infância inteira sendo submetidos a treinamentos rigorosos. Eram praticamente imbatíveis para qualquer pessoa comum. Mas, agora, depois de trocar dezenas de golpes com Eliana e não levar vantagem nenhuma, ele teve que admitir: ela era melhor do que ele. Com esse pensamento, Rafael olhou para Eliana com uma expressão completamente diferente. — Quem é você, afinal? Eliana lançou-lhe um olhar casual. — Ex-esposa do Jacob, presidente do Grupo Morris, neta adotiva da família Mason. Tá bom ou quer mais detalhes? — Eliana, você sabe que não é isso que eu estou perguntando! — Rafael estreitou os olhos, sua voz carregada de desconfiança. — Você passou três anos ao lado do Jacob, fingindo ser uma pessoa comum. Qual era o seu verdadeiro objetivo? Eliana, sem paciência para prolongar a conversa, respondeu de forma direta: — É claro que foi pelo dinheiro. Ela falou com tanta naturalidade que Rafael ficou
— Desculpe, o número que você está tentando ligar está ocupado. Por favor, tente novamente mais tarde... Rafael ouviu a mensagem automática mais uma vez. Tentou ligar duas vezes seguidas, mas o resultado foi o mesmo. — Com quem será que o Jacob tá falando pra demorar tanto assim? — Murmurou, irritado. Ele sabia muito bem que Jacob nunca gastava mais do que um minuto em uma ligação, fosse para quem fosse. Mas dessa vez já tinham se passado vários minutos. Era evidente que a ligação era importante. Decidido a esperar um pouco, Rafael achou que talvez Jacob retornasse a ligação mais tarde. Só que, mesmo quando chegou em casa, o telefone de Jacob continuava mudo. Tentou novamente e a mesma mensagem mecânica soou: — Desculpe, o número que você está tentando ligar está ocupado... Foi aí que Rafael finalmente começou a desconfiar. Tudo indicava que Eliana estava por trás disso. — Acha mesmo que bloquear o telefone vai me impedir de agir? — Murmurou ele, com um sorriso cínico.
Na verdade, dentro de toda a organização, a única pessoa que já tinha cruzado com Falcão era o mestre deles. No entanto, o mestre havia falecido há cinco anos, e desde então, ninguém mais sabia como Falcão era de verdade! Mas por que ele estaria envolvido com a família Perry? Eles não tinham absolutamente nenhum vínculo, nem mesmo um desentendimento. Eliana balançou a cabeça, tentando afastar os pensamentos. Talvez estivesse exagerando. Não fazia sentido. Falcão jamais se envolveria com a família Perry sem motivo. Muito menos atacaria Leyla. Respirando fundo, ela voltou o foco para o código que estava escrevendo. Seu objetivo era claro: quebrar a última camada da defesa do adversário. Uma linha de código após a outra, ela se esforçava para derrubar a muralha virtual que protegia os dados. E, finalmente, conseguiu. A última barreira caiu, e o vídeo original, que até então estava escondido, apareceu na tela. Eliana assistiu, imóvel, enquanto a verdade se desdobrava diante de se
Quando a contagem terminou, o pavor estampado no rosto daqueles homens ficou ainda mais evidente. Seus olhos transbordavam medo, mas mesmo assim, nenhum deles teve coragem de falar a verdade. — Já que esta é a escolha de vocês, eu respeito. — Disse Eliana, com um tom tão frio que parecia vir direto de um emissário do inferno. — Levem esses homens para fora e façam com eles o que fizeram com Leyla, mas em dobro! — Sim, senhora! — Respondeu Andrew, sem hesitar, chamando imediatamente alguns homens para ajudá-lo. Os prisioneiros foram agarrados pelos braços e arrastados em direção à saída. Foi só quando o homem que havia levado o chute de Eliana percebeu que já não tinha escapatória que ele gritou: — Eu falo! Eu falo! Eliana lançou-lhe um olhar gélido, e os homens que o seguravam o soltaram de imediato. Tropeçando desajeitadamente, ele correu até ela, quase caindo aos seus pés. — Foi alguém que nos mandou... — Começou a dizer, mas mal havia terminado a frase, um de seus compan
No momento do acidente, Leyla não ligou para Jacob. Ela ligou para Eliana. Isso só podia significar uma coisa: no momento mais crítico, ela confiou nela mais do que em qualquer outra pessoa. Mas... Eliana apertou os punhos. “Se naquele momento eu tivesse atendido o telefone... Será que tudo isso poderia ter sido evitado?” ... A respeito do celular, Eliana tinha quase certeza de que ele ainda estava no carro. O problema é que as imagens da câmera de bordo só mostravam o exterior do veículo. O que acontecia dentro do carro só poderia ser descoberto com uma busca no próprio veículo. Sem perder tempo, Eliana esperou pela noite e foi até o pátio da polícia de trânsito, onde o carro de Leyla estava retido. Quando viu o estado em que o veículo se encontrava, com o capô completamente destruído e o vidro frontal estilhaçado, sentiu um aperto no peito. As palavras dos homens que causaram o acidente voltaram à sua mente. Leyla teria tentado levar todos com ela... — O que tinha naque