No sábado minha nova amiga veio sentar-se ao meu lado na classe de estudos, me incomodou um pouco por que enquanto eu queria prestar a atenção ela conversava muito, mas eu também não queria ofendê-la, então tentei dar atenção a ela da forma mais discreta que pude mas depois de alguns minutos falando sobre o assunto da lição que estudávamos, mudei de assunto na hora:
– Vi seus amigos cantando essa semana.
– Ah foi? E aí, o que você achou?
– Realmente você estava certa, eles são muito ruins mesmo, mas com alguns “ajustes” cantariam muito bem, eles tem vozes boas, parecem ser afinados, mas precisam de ensaios; pareceu-me que eles não ensaiam, ou se ensaiam não o fazem direito.
– Eles ensaiam sim, e muito. Acho que não sabem nem ensaiar, né?
– Talvez.
– E você acha que pode fazer esses, “ajustes”?
– Claro, é coisa simples, mas eu tenho métodos diferentes de trabalha
– Ok então – levantei-me do piano, peguei minha bolsa com meu computador e algumas partituras, eu já estava sabendo do ensaio pela Danda e por isso vim preparado, me preparei para ir embora, peguei a mão da Amanda, me aproximei da porta, mas antes de sair falei exclusivamente pra ele – Félix, escute uma coisa, acabei de chegar do interior e ainda não me comprometi com ninguém – eu não gostava muito de ficar falando o que eu era ou não era, o que eu sabia ou não sabia, mas diante da prepotência do Félix, era preciso – eu estudo música desde os dezoito anos, hoje tenho vinte e oito, eu sei que dez anos não é quase nada diante de outros que já vi por aí, mas esses “outros” estão ocupados demais pra ficarem “perdendo tempo” com quartetos – falei assim mesmo, fazendo gesto de aspas com os dedos indicador e m&
Certo dia eu estava perto da sala pastoral, num sábado a tarde com o Thiago e o Zec, esperando o Félix e o Maurício chegarem para o ensaio, era ainda umas duas e meia da tarde quando passou pela gente, a um metro e meio de distância uma moça baixa de cabelos liso ondulados compridos até o meio das costas, cintura fina, magra, pele branca bronzeada, quase morena clara, rostinho delicado, infantil, passou pela gente de cabeça baixa e se foi, não tive como não olhar pra ela, enquanto que os rapazes por sua vez notaram meu interesse: – Minha nossa quem é esse anjo, que garota mais linda – falei alto pra que ela ouvisse, mas é claro que ela nem se quer olhou pra trás. – algum de vocês conhece essa princesa, caramba que anjo! Acontece que nenhum dos dois respondeu, o Thiago me olhava com cara de quem já esperava por isso, já o Zec parecia estar se segurando pra não rir. – Que aconteceu, algum de vocês pode me explicar? – É que,
Não fiquei muito tempo ali sozinho, peguei a estrada que saía do camping e fui andar pela mata, logicamente isso era proibido, mas eu precisava sair dali a todo custo, eu queria descarregar minha raiva, se bem que eu não tinha tantos sentimentos assim pela Amanda, mesmo assim ela era MINHA namorada, me devia no mínimo respeito, acho que na verdade a gente estava era ficando só por ficar, ela por que me achou bonito, eu por que queria uma desculpa pra afastar a memória da Daniela da minha cabeça, eu sabia que nunca mais veria a Danny, e principalmente depois de ter tentado suicídio uma vez eu precisava afastar ela de minhas lembranças a todo custo, então acho que foi por isso que aceitei ficar com a maluquinha da Danda, mas agora que eu já começava novamente a perder os sono por causa de outra pessoa acho que as coisas entre eu e a Danda começavam a esfriar, daí os sumiços del
Na segunda-feira de manhã acordei cedo, tinha mais de trezentas pessoas arrumando suas malas para voltar a cidade, eu arrumei as minhas rapidamente, mas fiz tantos amigos naquela igreja que eu tinha o maior prazer em ajudar, cheguei até a me arrepender por não ter ido direto pra Valparaíso ao invés de ir pra San Marco Del Rey quando saí da casa do Cláudio e da Nemizza, mas logo depois me lembrei que se eu tivesse feito isso, não teria conhecido a Danny e o Arthur, acho que pra tudo tem seu tempo, apesar de que viver em Valparaíso com a Danny seria a melhor coisa do mundo, mas minha vida estava se rearranjando. Uma nova igreja que se importa com você pode fazer uma diferença enorme no psicológico de uma pessoa, e além dos `Mensageiros` eu tinha ótimos amigos ali, por isso fiquei desde as sete horas da manhã ajudando um e outro; a distância do camping até a cidade era mais de vinte quilômetros o que eu fiz bem umas três ou quatro vezes levando várias pessoas difer
Então eu peguei o queixo dela apenas com o dedo indicador e o médio e falei também no mesmo tom de voz dela: – Então me diz o que é que eu tenho que fazer pra te conquistar. – Mas você já conquistou. – Mas pra mim ainda não é suficiente, eu quero que você seja minha namorada, minha noiva, eu quero casar com você. Me diz o que é que eu tenho que fazer pra que você seja minha garota? – Você vai mesmo querer arriscar? – perguntou com o sorriso mais doce que ela tinha. – Vou, tenho certeza absoluta; o que é que eu preciso? – Léo, eu não sei – ela falou tomando minha mão – você era namorado da Amanda e ela é muito minha amiga, vocês terminaram a muito pouco tempo, eu me sentiria traindo ela, acho que ela tinha que ter a chance de pelo menos tentar voltar com você. – Acontece que ela não vai mais ter chance nenhuma, ela já teve as dela e não aproveitou. <
Acabava de começar uma nova temporada em minha vida, sempre acreditei que a vida da gente é feita de fases eu passei por uma fase ruim quando vivia com meus pais adotivos, depois foi outra fase que começou quando me expulsaram de casa e durou até o dia em que eu e a Danny começamos a namorar, depois ela foi arrancada de mim daquela forma violenta e eu iniciei outra fase de adaptação até o dia em que conheci a Bianca. Acredito que a vida de qualquer pessoa é dividida em fases, e que essas fases são determinadas ora por Deus, ora pela gente mesmo quando “nos metemos” em Seu caminho, Ele sempre dirige nossas vidas mas se formos rebeldes ou impulsivos demais, Ele nos permite que guiemos nossas próprias vidas, o que sempre termina em lágrimas e tristezas, e eu tinha passado aqueles três anos tentando descobrir onde foi que errei que me tiraram a minha preciosa Danny, o meu doce anjo de cabelos claros e olhar penetrante. Mas agora isso não mais ocupa
Eu havia alugado uma casa modesta num bairro não muito longe da igreja, eram três cômodos e um banheiro, uma pequena área de serviço aos fundos e uma pequena garagem na frente, vinte minutos depois de desligar o telefone, ouvi buzina de carro no portão, eu não queria acreditar que fosse o que eu imaginava ser, mas era, ela me enrolou direitinho pois o táxi parou na porta da minha casa, quase três e meia da manhã. – Eu não acredito no que eu estou vendo, não acredito mesmo, Bianca você não fez isso, me fala que 'tô sonhando. – eu falei com as duas mãos na cabeça, ainda de roupão andando na garagem em direção ao portão, onde ela estava na calçada em frente ao táxi que acabava de sair. – Eu te falei que estava com saudade, eu só queria te ver. – Então por que mandou o táxi embora? – Por que eu quero ficar um pouquinho – enrolou-se no meu pescoço e continuou tentando me convencer com sua voz doce e sorriso infantil
Isabelle devia ter um metro e sessenta e cinco de altura, tinha cabelos castanho claros, lisos e curtos no estilo de corte masculino, tinha a pele clara, era magra e também tinha os olhos claros, havia até uma certa semelhança entre nós de modo que alguns achavam que ela fosse “minha” prima, era tão bonita quanto audaciosa, e depois que descobriu o ciúme da Bianca, passou a provocar. Lembro-me do dia em que a Amanda trouxe-a na igreja pela primeira vez, após o culto jovem, estávamos reunidos eu, a Bia, o Thiago, A Jéssica, esposa do Zec, o Maurício e a Ana Paula, minha colega de piano, a qual eu conheci pela internet.– Pessoal, eu queria apresentar pra vocês uma pessoa muito especial pra mim, minha prima Isabelle.Tendo cumprimentado a todos, a garota olhou logo na minha cara e vez ou outra me encarava, as vezes séria, as vezes sorrindo, a Bianca