Violet
Meu coração parecia prestes a explodir, assim como o estômago, cheio de tantas borboletas que já estava ficando sem espaço para voar. Eu não sabia mais se eram apenas borboletas ou um turbilhão de emoções que eu mal conseguia controlar. Tudo parecia tão intenso, tão avassalador, e ainda assim, tão certo.
Não vou dizer que as dúvidas desapareceram — elas ainda estavam ali, enraizadas em algum canto da minha mente, prontas para aparecer no momento mais inoportuno. Mas naquele momento, olhando para Damon, com a sensação de sua presença tão próxima, eu estava cansada. Cansada de carregar o peso de um passado que parecia me puxar para trás o tempo todo.
"Dane-se", pensei. Eu não sabia o qu
DamonAssim que entramos no apartamento, me joguei no sofá, soltando um suspiro pesado. Violet se acomodou ao meu lado, deslizando suavemente até se aninhar contra mim. Instintivamente, passei um braço ao redor dela, puxando-a para mais perto.Inspirei profundamente, sentindo o aroma doce de morango que emanava de seus cabelos. Aquilo me acalmava. Depois de toda a confusão daquele dia, tê-la assim, tão perto, parecia a única coisa certa.Quando Violet me disse que precisava ter certeza sobre Rosalind, travei por um instante. A mera ideia de que ela quisesse desmascará-la apenas para que Eathan percebesse o quão idiota tinha sido e voltasse para ela não parava de martelar na minha mente.Mas engoli em seco e escolhi confiar.E ainda bem que fiz isso.Vê-la agora, tão leve e tranquila ao meu lado, me fez perceber a verdade. Ela nunca quis Eathan de volta. Ela só precisava encerrar um ciclo.Violet e eu ainda tínhamos muitas coisas para resolver, mas ela havia dado o primeiro passo.Ela
VioletEstar com Damon era mágico... uma sensação que eu nunca soube que existia, mas agora que experimento, não consigo mais imaginar a vida sem. Cada momento com ele é como se o tempo se tornasse mais lento, como se o mundo ao nosso redor ficasse em segundo plano. Seus gestos, simples e cheios de atenção, me fazem sentir segura e desejada ao mesmo tempo.O toque de suas mãos, a forma como ele me olha, como se eu fosse a única pessoa no mundo, faz meu coração bater mais rápido. Ele me vê de uma forma que ninguém nunca viu, e, de repente, tudo o que eu achei que sabia sobre amor, parece tão pequeno diante do que estou vivendo com ele.Com Damon, não há pressa, não há inseguranças. Só existe a sensação de que tudo o que preciso já está aqui, e é mais do que suficiente. A leveza que ele me traz, a confiança que ele transmite, é como se eu estivesse exatamente onde sempre deveria estar.Fazia um mês desde que decidimos tentar.Sem pressões, sem expectativas. Apenas nós, explorando um cam
Damon— Você lembra qual foi a primeira coisa que eu disse quando você me contou sobre essa garota? — Minha mãe sorriu, mas o gesto não alcançou os olhos. — Eu disse que não acreditava nesse teatrinho.Ela ergueu o queixo, me encarando com a arrogância de sempre, desafiando cada palavra minha antes mesmo de eu terminá-las.Não foi fácil admitir a verdade, mas eu já tinha tomado minha decisão. E não voltaria atrás.— Eu estou apaixonado. De verdade. — Minha voz saiu firme, sem hesitação. — Tudo começou como uma mentira, mas agora... agora é real.Ela riu com amargura, aquele riso frio e descrente que eu conhecia bem.— De verdade? — ela repetiu, cruzando os braços e me analisando com aquele olhar afiado que sempre usava quando queria me desmontar. — E o que exatamente você espera que eu faça com essa informação, Damon?Respirei fundo, mantendo meu olhar fixo no dela. Eu sabia que seria difícil, mas não esperava que doesse tanto.— Eu não espero nada, mãe. Só achei que você deveria sabe
Nota da AutoraEste será o último capítulo. Espero que tenham gostado! Me sigam no instagram para acompanhas as próximas histórias!@eugreicess____________________________________________________________________________________________________________________VioletO carro parou diante de uma casa amarela, com janelas brancas e um quintal bem cuidado. A grama verde contrastava com o tom suave das paredes, e uma cerca branca cercava toda a propriedade, dando um ar acolhedor e familiar.Havia um balanço de madeira pendurado em uma árvore no canto do jardim, balançando levemente com a brisa. Vasos de flores decoravam a entrada, e cortinas rendadas podiam ser vistas pelas janelas abertas.Era o tipo de casa que parecia saída de um sonho. Um lar.— O nosso lar — Damon murmurou, sua voz carregada de algo que fez meu coração aquecer.Com um sorriso, ele saiu do carro e abriu a porta para mim. Assim que desci, suas mãos firmes envolveram minha cintura, puxando-me contra ele até que minhas c
N/ARecebi alguns pedidos e aqui está a continuação, o ato 2 do nosso casal de milhões!Me sigam no instagram para um contato mais direto comigo! @eugreicess* Violet.Um ano. Hoje faz exatamente um ano desde que entrei em um cartório ao lado de um homem quase desconhecido para me casar.Naquele momento, tudo o que eu queria era esfregar na cara do meu ex que eu podia ser feliz sem ele. O que eu não esperava era que essa felicidade sem ele fosse real.Agora, um ano depois, felicidade não é exatamente o que sinto. Estou furiosa, muito furiosa.— Edgar! — Passei as mãos no rosto, tentando reunir paciência. — Já falei que você não pode usar um terno salmão! Essa é a cor das madrinhas da noiva!— Eu me recuso a usar aquele traje preto sem graça que o seu noivo insiste em chamar de "padrão". EU NÃO SOU PADRÃO!Há um ano, Edgar, o melhor amigo do meu noivo, estava animadíssimo ajudando a escolher meu vestido de noiva. Hoje, ele está mais preocupado em encontrar um terno para si mesmo do qu
Damon. Era para eu estar vivendo as maravilhas de um casamento. Era para estar desfrutando de uma noite tranquila ao lado de Violet, celebrando esse momento que tanto esperávamos. Mas, em vez disso, estou preso aqui, diante de relatórios e papeladas, com a cabeça a mil e a sensação de que estou deixando tudo para trás.Largo minha caneta sobre a mesa, sentindo a frustração crescer a cada segundo que passa. Olho para o relógio e respiro fundo. O tempo escorre pelas minhas mãos, e a ideia de que deveria estar com Violet, comemorando, me consume. Hoje, de todas as datas, era o dia em que eu queria estar presente de verdade. Era o dia em que ela e eu, finalmente, deveríamos parar um pouco e relaxar, um ano desde que assinamos nosso casamento falso que deu início à nossa história. Mas não. Estou aqui, enfurnado no meu escritório, resolvendo problemas que não importam, quando, na verdade, o único problema que eu quero resolver é estar ao lado dela.Faço uma pausa, tentando organizar os pen
Violet.Quando Edgar me deixa em casa, finalmente me permito cair no sofá, exausta de ser arrastada entre lojas de roupas o dia inteiro. A sensação de alívio ao finalmente estar em casa é indescritível. Eu só queria um pouco de paz, mas, ao mesmo tempo, uma parte de mim sente que estou sempre correndo atrás de algo, de uma expectativa que nunca parece ser minha.Pulga, a pequena Chihuahua que Damon me deu de presente no meu aniversário, começa a choramingar ao meu lado, como se soubesse exatamente o quanto o dia foi pesado para mim. Estendo a mão e a puxo para cima do sofá comigo. Ela, com toda sua energia fofa e inconfundível, vem direto e, com sua alegria característica, dá duas lambidas rápidas na minha bochecha, como se estivesse me cumprimentando após uma longa jornada.Logo, ela se aninha na minha barriga, procurando o cantinho perfeito para se acomodar e, em segundos, já está dormindo tranquilamente. E, de algum modo, sua calma me contagia. Sinto a respiração dela se acalmando,
DamonA manhã acordou tranquila. O tipo de silêncio confortável que eu aprendi a valorizar nos últimos meses.Dei três voltas correndo no quarteirão antes da padaria abrir para comprar pão fresquinho. O cheiro quente e amanteigado tomou conta do ar no caminho de volta, e por um segundo, me peguei sorrindo ao imaginar a cara sonolenta de Violet ao acordar com o aroma do café da manhã.Ao entrar em casa, vi Pulga se espreguiçando no meio da sala, pronta para ir cumprir sua missão matinal: infernizar Violet.Peguei a bolinha de pelos no colo antes que ela pudesse sair correndo escada acima.— Não antes do café, miniatura de cachorro. — Murmurei, coçando sua cabeça enquanto ela soltava um latido baixinho, claramente contrariada.Se eu conhecia Violet, ela ainda estaria esparramada na cama, encolhida em meio aos cobertores, com o cabelo bagunçado e um resmungo pronto para ser dito assim que eu a chamasse.E, sinceramente, não havia maneira melhor de começar o dia.Desde que comecei a traba