Capítulo 106Owen Palmer— Aconselho vocês a se manterem atentos. Por enquanto eles não vão fazer nada até porque seria uma idiotice sem tamanho. Eles vão esperar você baixar a guarda e aí eles atacam. Nesse momento está difícil para eles já que perderam o seu líder, o segundo no comando está foragido, suas casas foram invadidas, a "mercadoria" — ele faz aspas porque está se referindo as meninas — foi retirada de circulação e estão sem mão de obra. Mesmo a gente sabendo que isso não é problema para eles conseguir novamente.— Não é difícil, mas vai dá um pouco de trabalho. Sem falar que as agências não vão para pôr aqui, as investigações vão continuar. — Completa Torres.— Isso mesmo. — Reafirma Pierce.— E quanto ao seu homem? — Pergunto olhando para fora vendo Dalton perto enquanto Liz está ao telefone sem soltar a jaqueta do cara.— Preciso resolver umas coisas e ele vai comigo. A missão dele já foi concluída por outro, quando o desloquei para cá. Depois que conversarmos e acertarm
Capítulo 107ElizaSaber que estou segura, que aqui a caminho de casa junto com meus irmãos, aqueles desgraçados não vão me alcançar, me tira um peso enorme das costas e até sinto como se meu corpo quisesse desfalecer. É como se estivesse esgotado, o que não deixa de estar, pois apesar de ter o Gabriel comigo a noite, era durante o dia que o perigo me rodava, o que me fazia está sempre em alerta, sempre atenta com medo daquele infeliz vir até mim.Me bate uma vontade enorme de chorar. Contudo me seguro. Ainda não estou em casa. Ainda não estou no meu quarto onde vou poder me trancar e deixar sair de mim todo o pavor que sentir por esses dias.Mesmo tentando me manter forte, não consigo evitar meu corpo estremecer e o aperto do braço do meu irmão em meu ombro, me faz respirar fundo, entendendo que estou segura e que nada vai me acontecer.Ele não fala nada, apenas alisa meu ombro e beija meus cabelos. Me seguro em sua camisa e ali fico de olhos abertos, fixos a minha frente em um ponto
Capítulo 108Eliza— Oi menina. — Olho vendo Anita trazendo uma bandeja com suco e logo pego um dos copos esperando que o líquido doce e gelado possa acalmar meus nervos.— Oi Anita! — Ela passa a mão em meus cabelos e se afasta, parecendo também está chorando.— Está melhor meu bem?— Estou sim mamãe? Olho para Tess lembrando que tudo que queriam era pegar ela.— Tess! — Falo saindo do coloco meu pai indo até ela abraçando-a.— Era a mim que eles queriam e não você. Foi por minha causa que tudo isso aconteceu. — Fala ela em meu ouvido.— Não. — Digo me afastando dela. — Eles ainda vão tentar te pegar Tess. Eu sei que vão. Foi melhor ter sido eu, eles ainda tentaram ganhar dinheiro comigo, o que me fez ainda está viva. Se fosse você, não sei se seria a mesma coisa.— A segurança de todos foi reforçada. Ninguém mais sai por aí sem que eu esteja de olho. — Fala Owen.Apenas suspiro não querendo a essa altura dos acontecimentos enfrentar meu irmão controlador. Ninguém merece andar com u
Capítulo 109Owen PalmerDepois que Liz subiu para o quarto eu fui conversar com papai e ver com Weller como as coisas estavam indo com nosso convidado especial. Sim, aquele infeliz está em nossas mãos e vai pagar por cada sofrimento que fez todos nós passar.— Filho, eu mesmo quero acabar com aquele infeliz por tudo que ele fez minha menina passar, contudo eu entendo não ser o certo. Eu tenho que acreditar na justiça e deixar que ela seja cumprida.— A justiça vai ser feita, pai. Mas antes ele vai ter que me encarar, para saber que as coisas não são como ele pensa. Ele vai ver que eu o estou mandando para o inferno. Porque o lugar para onde ele vai não será nenhum pouco agradável.— O que você quer dizer com isso?— Acho melhor o senhor não saber. Mas ele não vai para uma cadeia comum. Se é que me entende.— Entendo. Quando você for até ele eu quero ir também.— Tudo bem. Depois de comer alguma coisa, nós vamos.Acerto mais alguns detalhes antes de seguirmos para a mesa onde Anita e
Capítulo 110Owen Palmer— Olá! Então você é o merdinha que carrega o meu sangue!?Não respondo, mantenho-me calado ainda o encarando.— E vocês devem ser o quê, pai e irmão da putinha? — Continua ele após mudar seu foco para papai e Dalton.— Lave sua boca para falar da minha filha. — Brada papai dando um passo à frente, mantendo os punhos fechados, dando-lhe um soco que só vejo o sangue ir longe e junto imagino ter ido alguns dentes.— Isso é só um pouco do que você merece por ter raptado minha filha. — Continua papai, sacudindo a mão que deve está doendo, já que ele não é de brigas, acho que nunca antes deu um soco em alguém.— Olha, o todo machão, mas não passa de um merdinha, perdedor, deixado de lado por sua esposa vindo depois a assumir aquela puta que antes foi minha. O Sr. Tapa buraco.— Não fale na minha mãe. — Quando vejo já estou em cima dele segurando seu pescoço apertando tão forte que seu rosto está ficando vermelho e meus dedos estão brancos.— Não Owen! — Ouço ao long
Capítulo 111Owen PalmerMesmo Dalton insistindo em saber quem é o pai de Clara, Weller não fala. Quando já estamos todos dentro de seu escritório ele empurra em minhas mãos uma pasta.— O que tem aqui? — Pergunto já a abrindo e olhando seu conteúdo.— Os dados do verdadeiro Richard Müller.— Como assim verdadeiro? Você encontrou mais de um? — Pergunta Dalton, lendo o conteúdo da pasta junto comigo.— Na verdade não, Dalton. Pelos dados que apurei o homem que se passou por Richard, na verdade, se chamava Joseff Clearwater, avô de Clara e pai da mãe dela, Jaynne Hayssa Clearwater. Como você pode ver aí nesses documentos. Richard Müller, trata-se do Juiz que assinou os mandados de busca e apreensão, além dos mandados de prisões para toda a quadrilha. Viu só que mundo pequeno!— Como?— Isso mesmo. Você ouviu certo, Dalton.— Mas ele sabe? Sabe da Clara? — Pergunta meu irmão e fico apenas observando.— Pelo que andei investigando, a única coisa que ele sabe é que a namorada e filha morre
Capítulo 112GabrielEncaro o infeliz que geme sentado na cadeira à minha frente. Desde que vi meu raio de sol naquele leilão, que minha vontade era acabar com cada um desses bastados miseráveis. Principalmente esse. Ouvi-lo falar dela como se ela fosse um pedaço de tecido, um objeto... fez meu sangue ferver. Cada vez que ele soltava uma piadinha eu via minhas mãos apertando seu pescoço, seus olhos esbugalhando, suas veias saltando da sua face.Tive que me controlar muitas vezes, mas agora eu posso realizar todos os meus desejos. Todos aqueles que tive que reprimir. Tudo que ele fez aquelas pobres garotas passarem, eu vou fazer ele sentir em dobro.Vou mostrar o quanto é doloroso ser violentado. O quanto dói no corpo e na alma se sentir impotente tendo que suportar que outros façam com você o que você não deseja.Olho seus dedos que estão pingando sangue no chão, suas mãos ficando vermelhas. Até agora ele não me falou nada, tudo que fez foi gemer, mas também, eu só estou começando. A
Capítulo 113Dalton PalmerSeguimos eu e Owen para a empresa e durante o caminho vou pensando em como conversar com a Clara sobre o ocorrido. Olho para o relógio em meu braço, vendo já está quase no final do expediente, o que é bom, pois manter segredo não é bem o meu forte e não vou poder contar pra ela que provavelmente encontramos o seu pai, antes que o expediente tenha acabado.— Quer que eu esteja junto para conversar com ela? — Pergunta Owen quando Torres adentra com o carro no estacionamento privativo.— Não. Eu mesmo converso. Só vou esperar o final do expediente.— Bom, vou ver como estão as coisas e se tudo estiver tranquilo, vou liberar para que ela possa sair mais cedo. Quero também voltar para casa.— Falou com a Tess depois que saímos?— Não. Mas ela me mandou uma mensagem. Está tudo bem por lá.— Que bom! Cara, tu viste aquele Gabriel? O homem tem cara de... — mafioso. Assustador. Um serial killer. Se é que esse povo tem uma cara específica. Misericredo! O homem me da m