De volta ao quarto da avó, Nikole estava inquieta. Era tudo muito novo para ela e não sabia como lidar com a situação. Seu instinto lhe dizia que isso não iria terminar bem. - Hora da sua medicação vovó! Ajudou a avó a se acomodar e lhe serviu água para tomar os remédios. Na sequência, aplicou hidratante nos braços e pernas dela, penteou seus cabelos e fez massagem em algumas partes do corpo. Dominico observava admirado ela cuidar de Alessa. Quando o almoço veio não foi diferente, com paciência Nikole alimentou a avó que tinha o braço direito imobilizado. Terminando a tarefa, era hora dela almoçar e ele bateu na porta antes de entrar. - Nikole, podemos almoçar no restaurante do hospital? - Vou pedir para enviar aqui mesmo. Obrigada! - Vá lá filha, é bom que você se distrai um pouco. Nikole só mudou de ideia para não deixar a avó preocupada. Mas, ainda não tinha concluído sua reflexão sobre ela e Dominico. - Está bem, não me demoro. - Pode almoçar com calma, não tenha pressa
Na mansão, Arturo estava dando um duro sermão em seus sobrinhos. - Nikole é minha única neta. Eu falhei com ela por acreditar em você Sofia, não vou tolerar mais nenhuma provocação contra ela. - Desculpa tio! - Não é comigo que você deve se desculpar. E bom se entender com Nikole ou as coisas vão ser diferentes. O remorso e arrependimento estavam acabando com Arturo. E para piorar, Nikole sequer queria falar com ele. Nikole havia tirado dez dias de férias, quatro já se passaram e ela precisava voltar para casa. No entanto, a saúde da avó a fez ficar em Milos. - Vovó, vou ficar mais quatro dias com você e depois tenho que ir. Era segunda-feira, dia em que ela iria embora. Alessa ficou exultante com a notícia. - Eu fico feliz. Se dependesse de mim, você não sairia mais daqui. - Vem comigo, não tem porque continuar aqui. - Assim que me aposentar, eu vou morar com você. Nikole passou a data de sua formatura para ela se programar para ir, mas não lhe deu o endereço. - Vou te en
Nikole não sentia pena, a garota era arrogante e merecia uma boa lição. Ela não iria amaciar. - Para começar, tire a mesada dela. Ela terá que se ocupar de coisas úteis, assim aprende a valorizar o trabalho das outras pessoas. - Tio, eu não sei fazer nada. - Não sabe porque se acha melhor que todo mundo. É hora de aprender e sem fazer corpo mole. - Eu vou arrumar uma ocupação para ela. Arturo falou sem sequer olhar para ela. - Ela pode fazer o trabalho da minha avó. - Impossível! - Nada é impossível! Minha avó está incapacitada por sua causa. Ou então, fico satisfeita se for olho por olho. Nem Zacary ou Zander se manifestaram até então. Zacary estralou a língua enquanto Zander deixou escapar: - Isso é loucura! Nikole olhou feio para ele, não se deixou intimidar. - Ela agredir e machucar minha avó é normal, se o mesmo acontecer com ela é loucura? Onde está a igualdade e o respeito? - Foi um acidente que ela se envolveu em um momento de raiva. - Nossa! Então se eu estive
Deus, ela é perfeita! Os olhos dele não conseguem se desviar da visão de Nikole, nesse momento ele soube que estava perdido. Nikole é perfeita em todos os sentidos, sim, ela é uma deusa! Foi com um esforço sobre-humano que ele se controlou antes de se aproximar da cama. - Nikole, acorde! Sem resposta após chamar várias vezes, ele a sacudiu e nada. Foi até a porta e pediu para enviar uma camareira e chamar um médico. - O que aconteceu Sr Zaffari! - Eu não sei, ela está em um sono profundo e não acorda. A camareira veio e foi instruída a vestir Nikole, pouco depois o médico também chegou. - O que ela tem, doutor? - Aparentemente nada. Apontou para a cartela de remédios no criado e explicou : - Ela tomou remédio para dormir, deve estar esgotada só a medicação não iria deixar ela assim. Ou tomou uma dose maior que a recomendada. - O que fazer agora? O alívio era evidente na voz de Dominico. - Deixe ela dormir e acordar naturalmente. seria bom se alguém a monitorasse a noite.
Não foi novidade para Nikole ver suas malas no carro quando saiu do hotel. - Como você fez isso? Com um sorriso maroto, Dominico explicou orgulho: - Pedi uma funcionária para fazer suas malas enquanto você se arrumava. Depois, Alex cuidou do resto. Olhando em volta ela procurou, não viu ninguém. - Quem é Alex? - Alexander Nigro, meu assistente. - Vamos ter que manter um diálogo aberto. Não estou acostumada a ter outras pessoas resolvendo minhas coisas. - Não fique brava baby, não quero perder um minuto com você. Mas se ficasse naquele quarto, não poderia garantir sua integridade. Ela sabia que era verdade, a chama que a consumia era igualmente ardente. - Vou deixar passar dessa vez, porque pretendo ficar junto com minha avó. Não pense que estou cedendo a você. - Ok, baby! Eu pretendo te conquistar passo a passo.E quando isso acontecer, não terá olhos para mais ninguém. Era impossível brigar com ele, quando estava sendo tão carinhoso. Nikole estava cada vez mais envolvida e
Dominico chegou bem na hora do jantar e novamente, Nikole não estava à mesa. - Nikole não vem jantar? - Ela jantou mais cedo e já se recolheu. Ivana informou, notando o desgosto do rapaz. - Deve estar muito cansada, ficar esses dias todos no hospital é desgastante. Ele não respondeu e se sentou para jantar. - Não tem problema, desde que esteja bem e segura, vamos deixar passar. Arturo mencionou com calma. - Eu fiz o jantar Dom! Espero que goste. Olhando para a comida ele duvidou da capacidade de Sofia. De todo a comida não estava ruim, mas longe de se dizer que estava ótima. - Gostou Dom? - Está bom se levar em consideração que está aprendendo. Com o tempo, tenho certeza que se sairá muito bem. Acostumada a ser o centro das atenções e ainda por cima, tinha uma queda por Dominico. O comentário deixou Sofia chateada, o incrível e que, ela resolveu que iria se esforçar para agradar o homem. Dom subiu após o jantar e foi procurar Nikole no quarto de hóspedes, vendo que es
Ainda atordoado, Dominico chamou Alex para enviar as amostras ao laboratório. - Traga alguém para colher sangue do padrinho. Diz que é para fazer exames e evite ao laboratório. Quero o resultado o mais rápido possível. Subiu para seu quarto e ficou pensando em tudo que aconteceu recentemente, por fim sem sono, saiu do quarto e foi para fora da casa. Uma luz do lado de fora da edícula estava acesa e ele foi até lá. Mesmo a distância, percebeu que alguma coisa não estava certo, Nikole chorava sem parar. - O que aconteceu Nikole? Ela não parecia escutar, seus olhos presos na tela do notebook. Quando ele observou de perto, viu a foto dos pais dela na tela, a mãe um tanto magra e pálida e Demitre que a abraçava. Ambos tinham um sorriso nos lábios. - Nikole, não fique assim. Eles não iriam querer te ver desse jeito. Ele sentou ao seu lado e a puxou em seus braços. - Sinto tanta falta deles! Porque tinham que me deixar tão cedo. - Eu sinto muito. Entendo seu sofrimento. Nada que
Nikole olhou para a enorme mansão à sua frente na ilha de Milos e não pôde deixar de lembrar de seus pais. Foi por ter feito uma promessa à mãe recém falecida, que estava ali em uma das mais belas e caras ilhas da Grécia. O que ela não pode imaginar é que essa visita iria mudar drasticamente sua vida. Impaciente, olhou para o relógio e viu que eram quase cinco da tarde. Às seis sairia a última barca da ilha e ela não podia perder. Já estava esperando há mais de duas horas para ser recebida. - O Sr Smiths vai receber a Srta agora! A governanta em seu uniforme impecável a recebeu na entrada da mansão. - Obrigada! Entrou na imponente mansão e seguiu a mulher até um escritório no final do extenso corredor. A sala era decorada com os melhores móveis que o dinheiro pode pagar. Parece ter saído de um desses filmes onde tudo era perfeito, Sofás de couro, cadeiras forradas de veludo vermelho e móveis de madeiras nobres. Sentado à mesa, um idoso e ao seu lado um jovem de uns vinte