José saiu da sala de reuniões e ligou para Carolina. Carolina atendeu rapidamente, sua voz estava carregadaa de um tom choroso:- Zé, você finalmente me ligou. Achei que nunca mais fosse me procurar.José abaixou o olhar, passou a mão pelos cabelos, sua expressão era um tanto complexa. Desde que Carolina tinha pedido José em casamento, ele realmente não a havia entrado em contato. José queria que ambos esfriassem a cabeça, e também que Lívia tivesse um tempo para refletir.- Carolina, preciso te perguntar uma coisa e quero que você me responda com sinceridade. - O tom de José era muito sério.Carolina respondeu imediatamente:- Claro, Zé, pode perguntar. Eu prometo que vou ser sincera.José franziu a testa e baixou a voz:- Você contratou alguém para sequestrar a Isabel?Ao ouvir isso, Carolina ficou paralisada. Ela mal podia acreditar que José a estava questionando dessa forma. No passado, José sempre perguntava a Isabel se ela tinha feito algo contra Carolina.- Zé, você realmente ac
- Sr. Silva, o senhor está bem? - Alguém ao lado perguntou baixinho.José balançou a cabeça. Ele chegou à porta da sala de reuniões e ouviu o chefe de polícia dizendo:- Há muitos prédios abandonados por aqui. Vamos começar por eles e ver se Isabel foi levada para algum desses lugares. Mantenham seus celulares ligados o tempo todo para que não percamos o contato, ou os sequestradores podem não conseguir nos encontrar.José murmurou:- Prédios abandonados.Ao redor desta cidade, havia muitos prédios abandonados, conhecidos por serem locais onde frequentemente ocorriam sequestros. Muitos sequestradores gostavam de se esconder nesses lugares.José ligou para Vitor e, em seguida, saiu da delegacia e foi embora dirigindo.Hugo e Rafaela, sem poder ajudar na delegacia, foram indicados a voltarem para casa pelo chefe de polícia para descansarem um pouco.Quando saíram, perceberam que José também tinha desaparecido.Rafaela não pôde deixar de achar engraçado e comentou:- Ele estava aqui agora
Às duas da manhã, a cidade começava a se acalmar lentamente.No silêncio, um som distante de sirenes de polícia podia ser ouvido.Isabel estava amarrada e rígida, enquanto o líder do grupo de sequestradores cochilava ao lado.Alguns dos capangas da organização estavam jogando videogame, xingando enquanto jogavam.Isabel estava muito desconfortável, ela se mexeu um pouco, chamando a atenção dos capangas:- O que você está fazendo?O líder também acordou com os gritos. Ele abriu os olhos, primeiro olhou para o relógio e depois para Isabel.Isabel franziu a testa e indicou que queria que a fita adesiva fosse retirada de sua boca.O líder, irritado, disse:- Eu realmente não gosto de sequestrar mulheres, dão muito trabalho.Mas, apesar das palavras, ele tirou a fita da boca de Isabel.Ele perguntou:- O que você quer agora?- Eu estou desconfortável. - Isabel disse honestamente. - Vocês poderiam me deixar me mexer um pouco?Isabel estava realmente exausta, sua voz soava fraca.Os sequestra
Isabel virou a cabeça, cerrando os punhos e disse:- Você vai trabalhar comigo.- Você é uma senhora rica, e eu só carrego suas malas como seu servo. O que eu quero ser é um líder! Um líder que tem tudo, um líder que pode matar quem quiser, você entende? - Ele se levantou xingando. - Por que eu seguiria uma mulher como você? A única pessoa que poderia me fazer querer ser um subordinado é alguém muito especial!Ele se virou, levantando um dedo.Isabel levantou a cabeça com dificuldade para olhar para ele e viu que ele sorria:- Eu poderia dizer, mas você provavelmente não a conhece.Isabel mordeu o lábio:- Me diga, quero ouvir."Eu sou Deusa S, e sei tudo sobre o que acontece nesta sociedade!"- Você já ouviu falar da Deusa S? - Ele estreitou os olhos.Isabel ficou sem palavras.- Você, uma mulher, saberia quem é a Deusa S? Você nem sabe quem é Deusa S, não há nada mais a dizer. - O homem se virou, com a voz baixa e parecendo muito decepcionado.- Eu já ouvi falar da Deusa S. - Isabel
O dia começava a amanhecer. Isabel estava muito cansada e, várias vezes, seu corpo balançava enquanto ela quase adormecia. Sempre que estava prestes a dormir, sentia seu corpo perder o controle e cair, acordando com um sobressalto.No céu, o alvorecer tingia o horizonte com um tom rosado. Isabel olhou para trás e viu que o líder dormia profundamente. Ela tentou várias vezes desatar as cordas, mas sempre que afrouxava um pouco, seu corpo caía junto com a cadeira. O principal problema era que essas cordas não eram fáceis de desatar. Mesmo sendo a Deusa S, ela não tinha meios para isso.Isabel não queria ficar amarrada daquele jeito. Esperar pelo resgate de alguém, entregar sua vida nas mãos de outra pessoa, era a coisa mais estúpida que podia imaginar. Ela sacudiu a cadeira com força, fazendo os sinos nas cordas atrás dela tilintarem. Alguns homens foram acordados pelo barulho, esfregando os olhos e bocejando, claramente irritados:- Por que está balançando? - O que você quer agora? -
- Parece que te mimei demais!Isabel cerrou os dentes e disse:- Nós ficarmos nos enfrentando assim não te trará nenhum benefício!- Eu já não disse? Se eu morrer, vou te levar junto! Ter uma bela mulher morrendo comigo, não seria um prazer? - O homem de repente pensou em algo e sorriu. - Você deveria fazer o seguinte.No sorriso dele, Isabel sentiu uma pitada de malícia.- Fale com José e diga que foi sequestrada, vamos ver se ele vem te resgatar!O rosto de Isabel foi ficando cada vez mais frio.Ela não queria envolver José de jeito nenhum, mas aquele homem estava determinado a arrastá-lo para essa situação.- Eu não vou fazer isso. - Isabel abaixou a voz e recusou seriamente.- Tem certeza de que quer recusar minha proposta? Esta é sua única chance de sobreviver. - O homem ergueu o queixo de Isabel, olhando ela com um sorriso. - Seria uma pena se você morresse!- Você está subestimando a polícia. - Isabel olhou para longe.Ela podia sentir que as sirenes estavam cada vez mais próxim
Isabel não parava de balançar o corpo, fazendo com que os sinos amarrados à corda soassem frequentemente. As pessoas lá embaixo pareciam ter notado algo, pois várias vezes uma lanterna fraca iluminava o alto do prédio.Isabel inclinou a cabeça para olhar para baixo, e a luz do carro iluminou vagamente o corpo daquele homem. Um traço de surpresa passou pelos olhos de Isabel, e seu movimento parou por um momento.“Aquele homem... É o José.”- Líder, eu vi aquele homem, é o José! - Alguém atrás de repente exclamou.Isabel imediatamente olhou para trás, com os olhos cheios de choque.“Aquele homem é realmente o José?”O homem de repente sorriu.- Srta. Isabel, veja, a pessoa que você menos queria ver, ele chegou! - O homem bateu palmas, não se contendo. - Isso é realmente maravilhoso, é simplesmente maravilhoso! Vá lá e diga a ele que a mulher dele está aqui!O homem gritou.O capanga acenou com a cabeça e imediatamente correu para baixo.Isabel olhou para baixo, as pernas da cadeira pendi
O homem ficou atônito por um momento, depois deu uma sacudida em suas roupas e disse:- Eu adivinhei errado?Impossível, ele não adivinharia errado.Todos os comportamentos de Isabel não mostravam que ela estava preocupada que José fosse envolvido nisso?Isabel olhou para José, com os olhos vermelhos de raiva, e gritou:- Fui sequestrada pela família Soares! Foi a Carolina! A sua amada, ela tentou me matar várias vezes! José, você permitiu isso!Se não fosse por José mimar Carolina repetidamente, Carolina teria continuado a atacá-la sem pensar nas consequências?- Isabel, isso não tem nada a ver com a Carolina. - José engoliu em seco.Vitor já havia investigado, e realmente não tinha sido Carolina quem fez isso.Ao ouvir essas palavras, Isabel sentiu uma dor profunda em seu coração.Ela deu uma risada fria, seus cabelos sendo levantados pelo vento:- Você ainda defende Carolina, é porque você a ama? Mesmo que um dia ela me mate, ela estará certa?José não sabia como responder.O homem