José puxou a cadeira para Isabel, sinalizando para que ela ficasse para o almoço. Isabel suspirou:- Tudo bem, avó, eu vou comer com você.Marina, ao ouvir isso, parou imediatamente, ela se virou para Isabel e perguntou:- Você não vai mais embora?Isabel suspirou: “E eu posso ousar ir?”- Eu não vou embora! - Isabel se sentou.Marina então perguntou a José:- E você, vai embora?José ficou sem palavras, ele se sentou diretamente, e ambos olharam para Marina. Como poderiam ousar sair dali?Marina lançou-lhes um olhar severo e finalmente se sentou falando:- Se vocês tivessem sentado logo, isso não teria acontecido, certo?Mas Marina estava realmente brava antes.Isabel serviu um pouco de comida para Marina e disse:- Coma mais verduras.- Coma você mesma. - Marina sinalizou para Isabel comer.Isabel assentiu, pegou os talheres em silêncio e começou a comer.Isabel passou a refeição toda comendo couve chinesa, quase não tocou na carne da mesa.Marina serviu uma tigela de costela de porc
Isabel estava um tanto perplexa e disse:- Por que você está me contando isso?José achava que Isabel ainda se importava com essa questão? Ou será que José esperava ver Isabel feliz por ele não ter aceitado o pedido de casamento de Carolina?- Você não tem nada a me dizer? - José perguntou, surpreso e irritado.- Você quer ouvir o que de mim? - Isabel sorriu. - Que você fez um ótimo trabalho? Ou que você foi maravilhoso?Os olhos de José ficaram ainda mais profundos.José olhou fixamente para Isabel, sentindo, pela primeira vez, que não a conhecia mais. Isabel parecia uma completamente estranha!José até se perguntava se Isabel ainda era a mesma que costumava chamá-lo de Zé e seguir ao seu lado.Como Isabel podia ser tão impiedosa agora, sem se importar nem um pouco com ele?- Isabel, você ainda está chateada porque eu te interpretei mal, não é? - José perguntou.Ele lembrou de quando Isabel jogou as provas na cara dele no hospital, isso significava que ela estava zangada já há algum t
- Vovó, não venha conosco. - José lembrou Marina, e logo depois saiu com Isabel.Marina parou de maneira estranha.Ela achava que José não faria mal a Isabel, certamente os dois tinham algo a conversar.Marina silenciosamente espiou pela janela, vendo José pressionar Isabel contra a coluna da porta.Seus olhos brilharam, ela de repente não pôde deixar de sorrir e voltou a se sentar no sofá para esperar.Isabel franziu a testa, olhando cautelosamente para José, com hostilidade em seus olhos.José estava agitado, com a cabeça baixa e uma mão apoiada na coluna. Ele queria dizer algo a Isabel.Mas naquele momento, José não sabia como começar.- Isabel, vou repetir o que disse antes. - José apertou os lábios, olhando seriamente nos olhos de Isabel. - Não aceitei o pedido de casamento de Carolina ontem à noite.Isabel manteve uma expressão fria, ela sabia disso, mas não entendia por que José estava repetindo tantas vezes.- Eu vou procurar Carolina agora, você ouviu? - José perguntou a Isabe
José virou a cabeça lentamente, e por um instante, seus olhos ficaram vermelhos. A bofetada de Isabel tinha sido especialmente violenta. Quando Isabel encontrou o olhar de José, seus olhos estavam repletos de uma frieza desoladora. José moveu os lábios, sem perceber que a bochecha, recém-arranhada pela foto, agora exibia mais um arranhão feito pelas unhas de Isabel. - José, você não tem vergonha? Você está prestes a se tornar o noivo de Carolina, e ainda quer me beijar? - Isabel achava José completamente aterrorizante. José tratava o coração de duas mulheres como se estivesse pisoteando suas dignidades. Será que ele tinha algum respeito por elas?- Isabel, nós ainda não nos divorciamos. - José sorriu perigosamente.Isabel sentiu um calafrio no coração.- Se você me amasse, não deveria ter qualquer vínculo com Carolina. Se você ama Carolina, não deveria se aproximar de mim quando eu já não te amo! - Isabel sorriu ao terminar a frase. - Claro, você não me ama. Então, José, por Carolin
Era noite, Isabel saiu sozinha para jantar. O restaurante estava silencioso àquela hora tardia, e a vista do vigésimo andar mostrava uma Cidade A vibrante e iluminada.Isabel cortou um pedaço de bife e colocou na boca. Pensou em tudo o que havia acontecido durante o dia com José, sentindo uma paz interior incomum.- Sr. Enzo, você ainda não me conhece? Eu sou a pessoa mais dedicada quando se trata de sentimentos. Se o senhor Enzo gosta de mim, eu...Uma voz feminina e sedutora alcançou os ouvidos de Isabel. Ao levantar a cabeça, viu Enzo abraçando uma mulher, os dois prestes a se sentar juntos de forma íntima."Enzo é um homem terrível. Ele dizia que José era mau, mas José não é. Enzo é o verdadeiro vilão."- Sr. Enzo, o que ela tem de melhor do que eu? Não sou eu mais adequada para ser a representante do Grupo Vieira?Isabel apoiou o rosto com a mão, ouvindo a garota falar."Parece que essa garota está aqui para roubar o lugar de representante. E a pessoa de quem ela fala deve ser Cla
Isabel levantou a cabeça e sorriu para Enzo. Enzo também sorriu e disse: - Então, você pode... Isabel, ainda sorrindo, respondeu: - Vai embora. Enzo ficou em silêncio por um momento e disse: - Você é tão cruel. Não seja tão fria. Isabel comeu o último pedaço de carne e então colocou de lado a faca e o garfo que segurava. Isabel pegou sua bolsa e saiu, com Enzo seguindo ela. Quando Isabel ia pagar a conta, Enzo imediatamente disse: - Eu pago! Isabel arqueou uma sobrancelha e aceitou a proposta de Enzo. Isabel desceu as escadas, e Enzo a acompanhou falando: - Você pode falar com a Clara por mim? Sinto que ela tem um preconceito contra mim. Eu mal falei com ela antes e nem sei por que ela não gosta de mim. No elevador, Enzo, de braços cruzados, falava baixinho, muito confuso. Isabel ficou com vergonha de dizer que era porque Enzo e José eram amigos. - Sr. Enzo, com toda a sua habilidade, você não consegue trabalhar com a Clara sozinho? Vamos lá, você consegue. - Isab
No hospital, Isabel tinha acabado de chegar à sala de consulta quando ouviu Nina gritar por todos os lados:- Dra. Aurora já chegou? Dra. Isabel, você viu a Dra. Aurora?Vendo Nina tão aflita, Isabel perguntou, intrigada:- Você precisa da Dra. Aurora para alguma coisa?- Um paciente teve um surto repentino, a Dra. Sarah não consegue identificar os sintomas. - Nina estava desesperada.Isabel franziu a testa, vestiu o jaleco branco e disse:- Me leve até esse paciente.- O quê? - Nina olhou para Isabel, surpresa.Isabel queria ver aquele paciente?- Vamos. - Isabel pegou o braço de Nina.Como Nina não conseguia encontrar a Dra. Aurora, ela não teve escolha a não ser levar Isabel.Quando Isabel chegou fora do quarto do paciente, havia muitos familiares na porta.Isabel deu uma olhada ao redor e disse:- Primeiro, faça com que todos se afastem. Por que estão todos bloqueando a porta do quarto?Sarah, ao ver Isabel chegar, disse:- O paciente acabou de fazer uma cirurgia. Ontem todos os in
Sarah franziu a testa, preocupada com Isabel. No entanto, Isabel a empurrou para fora, obrigando Sarah a ceder espaço. Os familiares do paciente, ao verem Sarah sair, começaram a gritar imediatamente:- Por que você também saiu? Quem é aquela médica lá dentro? Ela é confiável? Vou dizer uma coisa, se algo acontecer com minha esposa, eu não vou deixar isso passar!A voz do homem era alta o suficiente para que Isabel ouvisse claramente. Aurora se aproximou apressadamente ao ouvir os gritos e perguntou:- O que está acontecendo?- Dra. Aurora, ainda bem que você chegou! - O familiar do paciente agarrou o braço de Aurora, como se tivesse encontrado sua salvadora. - Minha esposa não está bem!- Por que todos vocês estão aqui fora? Quem está lá dentro? - Aurora viu uma silhueta dentro da sala e olhou para Sarah e Nina.- Dra. Isabel está lá dentro. - Respondeu Nina em voz baixa. Aurora franziu a testa. "Elas perderam o juízo? Como puderam deixar Isabel sozinha lá dentro?"- Quais são