José ouviu Isabel chamar:- Srta. Carolina.José se virou ligeiramente e viu Carolina na entrada. Ela os observava silenciosamente."Não é de se admirar que José de repente quisesse sair, afinal ele estava com Isabel na chuva."De repente, Carolina entrou na chuva. José franziu a testa, apertando o guarda-chuva em suas mãos, sem saber o que fazer. Isabel percebeu a hesitação de José e empurrou o guarda-chuva para o lado.Um homem não pode segurar o guarda-chuva para duas mulheres ao mesmo tempo, mesmo que pudesse, uma delas acabaria ficando insatisfeita.Carolina ficou parada não muito longe, ambas, Carolina e Isabel, na chuva.Carolina só queria saber quem era mais importante no coração de José, Isabel ou ela.A expressão no rosto de José era extremamente complicada.- Zé, você precisa fazer uma escolha. - Carolina disse calmamente.Isabel ouviu e lançou um olhar para José.Ela percebeu a calma de José e falou suavemente:- Já fui escolhida muitas vezes, sou uma pessoa, não uma merc
Vitor levou Carolina ao hospital e ainda chamou dois seguranças para acompanhá-la do lado de fora do quarto.Carolina, entre lágrimas, xingava:- Vitor! Seu cachorro! Por que você obedece tanto ao seu dono?O gesto de Vitor de fechar a porta parou por um momento. Ele lançou um olhar para dentro do quarto, seu rosto gradualmente escurecendo.Se ouviu o som da porta se fechando, isolando o choro e os insultos de Carolina.Ao sair do hospital, Vitor mandou uma mensagem para José:"Sr. Silva, a situação foi resolvida."O céu escuro era assustador, mas o ar na Cidade A, após a chuva, estava bastante fresco.Quando Vitor estava prestes a entrar no carro para ir embora, ele notou um veículo prisional estacionando nas proximidades.Logo, duas pessoas uniformizadas desceram do carro, acompanhados de membros da equipe médica do pronto-socorro do hospital.Um deles falava ao telefone:- Chegamos.Quando o homem estava prestes a entrar no pronto-socorro, Vitor de repente chamou:- Tiago.- Sr. Vit
No enorme iPad do avô, Isabel viu notícias sobre si mesma."Na entrada do Hotel Deluxe Royal View, Isabel sob a chuva, José segurando um guarda-chuva para ela."Que assunto romântico.- Vocês voltaram a ficar juntos? - Henrique estava muito preocupado.Isabel ficou com dor de cabeça:- Não, nós apenas nos encontramos por acaso. - Disse Isabel enquanto tocava a ponta do nariz.Essa história realmente não parecia muito convincente.- Você não deve ter mais nenhum contato com ele, entendeu? - Henrique apontou para Isabel. Isabel assentiu obedientemente. Henrique continuou. - Quanto tempo falta para vocês se divorciarem?- Só se passaram dois ou três dias. - Isabel fez beicinho, "O avô está tão ansioso para que eu e o José nos divorciemos?"- Ótimo. Se lembre de que isso significa que você ainda está lúcida. - Henrique estava muito sério. - Daqui a um mês, se vocês não se divorciarem, quem não o fizer será um cachorrinho!Isabel ficou em silêncio por um momento.- Avô, pode dizer diretamen
A sala de reuniões do hospital.Jorge estava sentado em frente a Theo, o pai de Carolina, e Mayara, a mãe de Carolina. Heitor, que havia se atrasado, também estava presente. Era evidente o quanto o caso de Carolina era importante para a família Soares, pois três pessoas haviam deixado suas ocupações para estarem ali no hospital.Jorge folheava os documentos acadêmicos de Carolina e olhou para eles:- A formação da Srta. Carolina... - Jorge estava prestes a dizer algo quando Mayara afirmou com certeza:- A formação da nossa Carol é verdadeira! Não há como ser falsa!- Sim, mas agora há uma denúncia contra Carolina, alegando que o lugar dela na Faculdade de Medicina foi conseguido às custas de outra pessoa. - Jorge disse com uma expressão complexa.Tomar o lugar de outra pessoa na faculdade era uma questão grave.Essa situação configurava crime.- Quem fez essa denúncia? - Theo perguntou, visivelmente irritado. - Essa pessoa está caluniando minha filha?Jorge olhou para Theo, respondendo
A questão era, quem divulgou essa informação? Será que alguém estava tentando destruir a carreira de Carolina?- Então você está dizendo que não foi você quem denunciou Carolina. Quem foi então? - Mayara estava furiosa, seu rosto vermelho de raiva.Para uma mãe, ver a carreira de sua filha ser arruinada era mais doloroso do que a própria morte. Mayara se culpava, sentia que não havia protegido Carolina o suficiente. Ela sempre tinha a sensação de que, quando Carolina sofria, sua Maísa também sofria fora de casa...- Quem sabe sua filha não tenha bebido demais algum dia e acabou contando isso para alguém? - Isabel se aproximou de Jorge, pegou a carta anônima e olhou rapidamente antes de falar. - Jorge, estou aqui para esclarecer que não fui eu quem escreveu essa carta de denúncia. Se você quiser investigar se fui eu ou não, estou disposta a cooperar.Isabel não tinha medo nenhum. Embora odiasse Carolina, nunca havia pensado em tomar medidas drásticas contra ela. Isabel sabia como luta
Isabel desviou o corpo ligeiramente, fazendo com que Mayara não conseguisse acertá-la.Mayara franziu a testa:- Você ainda se atreve a desviar?- Meu pai e minha mãe nunca se atreveram a me dar um tapa, quem você pensa que é? - Isabel questionou Mayara.Mayara ficou em silêncio.Ela olhou furiosa para Isabel e disse:- Se eu tivesse uma filha como você, eu... - Mayara apontou para Isabel, tremendo de raiva.Isabel sorriu:- Ainda bem que eu não sou sua filha, e você não tem uma filha como eu.Para ser sincera, se Isabel tivesse uma mãe como Mayara, também preferiria se jogar de um prédio!- Sua garota insolente! - Mayara estava prestes a explodir de raiva.Heitor, que observava as duas em silêncio, sentiu uma estranha sensação de que Isabel e sua mãe não se pareciam apenas fisicamente. Até mesmo os temperamentos ruins eram notavelmente semelhantes.Heitor engoliu em seco enquanto via Isabel se afastar sem olhar para trás.Mayara, igualmente furiosa, se virou para entrar na sala de reu
Isabel ficou bastante surpresa:- Carolina está com os ânimos tão exaltados? O médico até teve que injetar um sedativo nela?- Sim. Agora o Sr. Silva está esperando por Carolina fora do quarto, e José está especialmente preocupado com ela. - Suspirou Nina.Falando nisso, todos concordavam que Isabel tinha perdido de forma muito injusta! Em todos os aspectos, Isabel era superior a Carolina, mas acabou perdendo José para ela.Isabel mordeu os lábios e, depois de hesitar por um momento, se levantou e disse:- Vou ver José.- Melhor não ir. Se Carolina acordar, não sei como ela vai te insultar. Uma enfermeira disse que, quando Carolina estava fora de si, ela gritava... - Nina parou de falar.Isabel ficou muito intrigada.Nina puxou um pouco o próprio cabelo, parecendo relutante em continuar.Isabel sorriu:- Pode falar, estou bem.O que Carolina tinha dito, especialmente sobre Isabel, certamente não seria nada bom.- Carolina disse que vai te matar. - Disse Nina, muito constrangida.Isabel
Isabel ainda estava tentando encontrar as palavras certas quando, de repente, ouviu o som de um vaso quebrando no chão vindo do quarto.Os gritos furiosos de uma mulher cortaram o ar como uma faca afiada.José imediatamente abriu a porta do quarto e viu frutas rolando até seus pés.Ele entrou no quarto, onde Carolina estava sentada na cama, com o cabelo completamente desarrumado. Seus olhos estavam vermelhos de tanto chorar, e ela estava à beira de um colapso.Ao ver José, Carolina começou a chorar ainda mais, sem conseguir falar."Estou arruinada, completamente arruinada. José não quer me reconhecer como sua namorada, e agora também perdi minha carreira mais promissora! O que vou fazer?"José franziu a testa, observando como Carolina parecia cada dia mais abatida. Se isso continuasse, ela certamente acabaria se machucando.José pegou as coisas do chão e as colocou de volta no criado-mudo, mas Carolina as jogou no chão novamente.Sem dizer uma palavra, José repetidamente pegou os itens