Isabel sacudiu a roupa onde o homem havia tocado, com um olhar de desdém:- Pare de me importunar ou você não terá um bom fim.Isabel já estava irritada por ter sido assediada por Ricardo, e agora o filho dele também estava causando problemas. O que achavam, que ela, Isabel, era um alvo fácil, alguém que qualquer um poderia pisar?Quando Isabel estava prestes a sair, uma voz masculina cheia de autoridade ecoou do lado de fora:- Quem é que tem a audácia de dizer que meu filho não terá um bom fim?Isabel levantou a cabeça e viu que era Ricardo quem havia chegado.Lucas Cardoso, ao ver seu pai, correu até ele, reclamando:- Pai, foi essa mulher que me irritou! Eu quero que ela morra! Quero que ela desapareça de Cidade A!Isabel e José estreitaram os olhos quase ao mesmo tempo, surpresos com a arrogância de Lucas.Ricardo olhou para Isabel e, ao reconhecê-la, hesitou. Em seguida, seu olhar se fixou em José.O silêncio no banheiro era ensurdecedor.Isabel ergueu o rosto para Ricardo e, de
- Você se importa com quem me machucou, se eu fui maltratada ou... se importa comigo? - A voz de Isabel ficou cada vez mais suave, até que suas palavras pareciam ser levadas pelo vento.José permaneceu em silêncio por meio segundo.Isabel sorriu, consciente de que perguntar isso era apenas para se magoar. Ela então lhe deu uma saída tranquila:- Entendi, Sr. Silva, você se preocupa comigo como um ex-marido se preocupa com a ex-esposa.A porta do elevador abriu, e Isabel entrou, observando José do lado de fora. Ela sabia que não poderia ultrapassar essa linha, a relação deles tinha que parar por ali.Sorrindo como se estivesse falando com um estranho, ela perguntou:- Sr. Silva, vai subir?O jantar de José ainda não tinha terminado. Ele olhou para o relógio no pulso, mas o tempo estava quase no fim. Vitor poderia resolver.Vendo ele verificar o horário, Isabel pensou que ele não iria subir e apertou o botão para fechar a porta do elevador.No instante em que a porta estava prestes a fec
Ela sabia muito bem que José gostava de mulheres dóceis. Ele definitivamente não gostava de mulheres dominantes.José apertou os lábios e disse:- Vamos para a sua casa.Carolina ouviu e seus olhos brilharam. Ela alegremente abraçou o braço de José, e os dois saíram juntos, com um sorriso radiante no rosto, visivelmente feliz.O carro preto se afastava lentamente.Isabel, sentada no banco do passageiro, olhava fixamente para frente, sentindo uma tristeza indescritível.Ele e Carolina foram para casa jantar, conheceram os pais e o irmão de Carolina. Ela não pôde deixar de pensar em quando ela e José tinham acabado de se casar.Ela também queria levar José para casa, queria dizer ao seu pai que sua escolha estava certa, queria que seu pai ficasse tranquilo.Mas ele adiou uma vez após a outra, e até agora, as vezes que ele encontrou seu pai poderiam ser contadas nos dedos das mãos.Amar e não amar, realmente era muito claro.Isabel pegou o celular e olhou para o nome de José na lista negr
Naquele instante, ele se virou e a viu também. Os olhos de ambos brilharam ao se encontrarem. Isabel notou claramente que ele estava vindo em sua direção. - Isabel, que coincidência encontrar você aqui. Está sozinha? - Enzo perguntou animadamente, olhando ao redor. Isabel franziu os lábios, ligeiramente resignada. Encontrar conhecidos até no bar... Cidade A era realmente pequena. - Estou com a Clara. - Isabel apontou para a mulher no camarote ao lado. Enzo olhou para o camarote. Clara estava com a cabeça baixa, olhando o celular, com uma postura delicada. Mesmo com tantas pessoas no bar, ela se destacava facilmente. A aura de Clara era realmente única, algo impossível de ser imitado por outros. Enzo ergueu as sobrancelhas e disse em um tom melancólico: - Hmm, eu vim sozinho, José não veio. Isabel não esperava que Enzo dissesse isso de repente. - Eu sei que ele não veio, ele foi para a família Soares. - Isabel disse calmamente. O bar estava tão barulhento que quase
- Mesmo que eu vá me divorciar, mesmo que eu tenha decidido deixar tudo para trás, por que ainda sinto essa dor no coração? - Isabel franziu a testa, tentando encontrar uma resposta com Clara.Quando viu Carolina abraçando José e José mimando Carolina, aquela sensação de ser tomada por uma corrente elétrica... Será que Clara entenderia?- Bela, você só precisa de tempo. - Clara consolou Isabel.Ela amava tanto José que estava disposta a abandonar tudo por ele. Esse tipo de sentimento não é algo que se apaga de um dia para o outro.- Mas Clara... - As lágrimas de Isabel não paravam de cair enquanto ela falava, magoada. - Ele nunca me escolheu. Quando Carolina e eu caímos juntas, ele protegeu Carolina. Ele disse que me levaria para casa, mas ao encontrar Carolina, me deixou de lado. Sempre que Carolina se machucava, ele me culpava imediatamente...Por que, mesmo assim, ela não conseguia desistir completamente?Isabel, se sentia como uma criança injustiçada e desabafava com Clara:- Estou
Isabel franziu a testa, seu rosto bonito e delicado estava prestes a se enrugar por completo.- Isabel, você bebeu demais. - Disse a voz do homem, clara e serena.Isabel estava confusa. Ela ergueu o rosto, tentando enxergar o homem à sua frente. Mas a maquiagem borrada, os cílios caídos e a iluminação fraca a impediam de ver seu rosto claramente.Tudo estava desfocado, muito desfocado.Assim como os sentimentos dele por ela, nunca foram claros.José olhou para os olhos dela, contornados de preto, com um olhar complexo."Como você conseguiu se colocar nessa situação?"- Eu vou te levar para casa. - José segurou o pulso de Isabel, querendo levá-la embora.Isabel empurrou a mão dele e balançou a cabeça:- Não, ainda não me diverti o suficiente!- Você bebeu demais! - Ele franziu a testa, finalmente com um tom de preocupação na voz.- Eu não bebi! Estou completamente sóbria! - Isabel gritou.O rosto de José foi ficando cada vez mais frio, vendo Isabel se misturar novamente à multidão.Por
"Ele nunca deu a menor consideração a Isabel! Agora, aqui estava fingindo ser um bom marido! E esse Enzo! Que piada! Não há uma pessoa decente entre eles!" - Saia do meu caminho. - Clara empurrou Enzo, com um temperamento explosivo. Enzo ficou surpreso: - Srta. Clara, você não é assim na internet, né? A famosa estrela Clara, deslumbrante e compreensiva. Onde estava a compreensão? Ela parecia uma bomba prestes a explodir! - Você mesmo disse, isso é só na internet. - Clara respondeu sem rodeios. Enzo concordou: - Tem razão! Estrelas são diferentes no palco e fora dele. - Srta. Clara, onde você mora? Eu te levo para casa. - Enzo sorriu, todo animado. Clara, irritada, respondeu: - Eu tenho mãos e pés, por que precisaria de você para me levar para casa? - Ordem de José, tenho que obedecer. Além disso, você é uma boa amiga da esposa de José, então devo levá-la em segurança para casa. - Enzo cruzou os braços, mantendo o sorriso. Clara teve que parar de andar, pront
- Como funcionário de serviço, você deve ser respeitoso. Por que está me xingando? Isabel jogou o cabelo para trás, reclamando com ele enquanto vomitava. José achou a situação até engraçada. Ela estava tão enjoada, mas ainda encontrava tempo para lhe dar uma lição de moral sobre como trabalhar no setor de serviços. Isabel estava tão mal que não conseguia prestar atenção em mais nada. Seu cabelo continuava caindo sobre as orelhas e isso a estava irritando. Tentando arrumar o cabelo, parecia que estava brigando consigo mesma. - Amanhã eu vou cortar todo esse cabelo! Que raiva! José olhou para Isabel e, inexplicavelmente, sorriu. Suspirando, ele se aproximou e gentilmente puxou o cabelo dela para trás, segurando ele com paciência. Isabel levantou os olhos vermelhos, elogiando José: - Você é esperto, está indo muito bem neste trabalho. Dentro de José, uma pequena voz gritava em protesto: Quem é que está bem neste trabalho? - Continue vomitando! - Ele deu um leve toque