Inês imediatamente discou para o número de Luís.No entanto, o telefone dele também estava desligado.Ansiosa, Inês devolveu o celular para Lucas: - Eu preciso encontrar Emanuel! - Dizendo isso, Inês se preparou para sair.Lucas e os seguranças atrás dele rapidamente avançaram, bloqueando a passagem de Inês na porta.- Srta. Inês, por favor, pare!- Saia da minha frente! - Inês estava visivelmente agitada.Luís não podia falar e estava pela primeira vez no País A, longe dela. Ele certamente estaria muito ansioso.E se Emanuel o tivesse perdido? E se ele fosse sequestrado por traficantes de pessoas?A preocupação de Inês aumentava a cada momento.Noemia observava Inês e, após um momento de reflexão, disse: - Por acaso, eu vou à empresa levar o almoço para o Sr. Emanuel. Quando o encontrar, posso mandar uma mensagem para você.Inês olhou para Noemia com desconfiança, sem acreditar que ela agiria com tanta benevolência.Noemia, indiferente à desconfiança de Inês, exibiu um sorriso sat
Matheus não precisou da resposta de Emanuel para entender a situação. Era evidente que ele havia encontrado Inês. Afinal, quem mais teria a audácia de arranhar Emanuel, senão ela?Matheus hesitou por um momento e perguntou: - Inês foi realmente capturada por Dedé naquela época?Inicialmente, as informações indicavam que ela havia sido capturada por Dedé. Mas depois, Dora disse que Inês e Dedé estavam conspirando juntos e que tinham armado para ela.Mais tarde, ao encontrarem o esconderijo de Dedé, estava tudo reduzido a cinzas, sem vestígios de nenhum dos dois.Desde então, continuaram a procurá-la, mas sem sucesso.Naquela época, Emanuel estava em coma, o Grupo X enfrentava uma crise, então Matheus e Bryan estavam extremamente ocupados. A busca por Inês acabou ficando em segundo plano.Emanuel acendeu um cigarro, rememorando as palavras de Inês na noite anterior, com um olhar furioso.Ele soltou uma risada fria:- Talvez tenha sido apenas uma armadilha que ela armou para me evitar
Noemia, pensando em Inês na Mansão em Monte Vista, com um olhar astuto, falou: - Emanuel, você poderia vir esta noite? Na semana passada, a professora da escolinha deu uma tarefa que precisa da ajuda do pai e precisamos tirar uma foto como prova. Amanhã é o último dia...- Enquanto falava, Noemia baixou a cabeça, exibindo uma expressão triste. - Hoje à tarde, quando fui à escolinha, a professora disse que todos os outros pais já tinham feito, só faltava a Rosana... Estou preocupada que, se a Rosana não entregar a tarefa, as outras crianças vão pensar que ela não tem pai...Emanuel mudou sua expressão ligeiramente e, após um breve silêncio, disse: - Diga à Rosana que, depois do trabalho, eu passarei lá.Noemia sorriu, aliviada:- Obrigada, Sr. Emanuel. Vou preparar alguns pratos que você gosta e esperar por você para jantarmos juntos na Villa da Brisa.Emanuel acenou com a cabeça, sem dizer mais nada.Satisfeita por ter atingido seu objetivo, Noemia não demorou mais e, após pedir para
Valentina, preocupada com o pequeno que desde a noite anterior se recusava a comer ou beber, estava se desesperando.- Pequeno, você está aí sentado há tanto tempo, não está cansado? Não está com fome ou sede? Não quer conversar com a tia? - Valentina, pacientemente, colocou o café da manhã recém-preparado na frente dele. - Olha, aqui tem um sanduíche e leite quente, é muito gostoso, você não quer experimentar um pouco?O menino continuou em silêncio, nem mesmo olhava para ela.Valentina manteve seu sorriso gentil e insistiu: - Não quer comer isso? Então me diga o que você quer comer, a tia faz outra coisa para você, tá bom?Valentina, frustrada, colocou as mãos na cintura e apontou para o nariz do menino, meio zangada, meio desesperada: - Seu pestinha, estou com você a noite toda, minha boca já está seca de tanto falar e você nem diz uma palavra, por acaso é mudo? Não falar é uma coisa, mas pelo menos coma alguma coisa. Se continuar assim, vai ser um problema.Sem alternativa, Valen
Valentina estava tão desesperada ao telefone que quase chorava.- Chame um médico, estou a caminho.Emanuel falou e imediatamente mandou o motorista mudar o percurso para a casa de Valentina.Enquanto isso, na Mansão em Monte Vista.Inês esperou o dia inteiro. Com a noite se aproximando, Emanuel ainda não havia retornado. Ela não aguentava mais esperar.- Me traga um computador. - Inês abriu a porta e falou com Lucas, que estava de guarda do lado de fora.Lucas hesitou, mas ainda assim ordenou que um subordinado trouxesse um laptop para ela.Emanuel havia instruído apenas para mantê-la sob vigilância e não permitir sua saída, mas nada havia sido dito sobre negar a ela um computador.Inês pegou o computador e começou a buscar a localização de Luís.O relógio de Luís tinha um sistema de rastreamento, que poderia ser localizado mesmo desligado.Inês acessou um site de rastreamento global e rapidamente encontrou a localização da criança.O endereço mostrado no computador estava em uma áre
As buscas realizadas pelos homens de Emanuel num raio de três quilômetros ao redor da mansão não resultaram na localização de Luís.Valentina checou as câmeras de segurança e, estranhamente, a câmera na entrada da mansão não havia capturado imagens de Luís saindo.- Como pode não ter nada? Aqui não tem uma porta dos fundos, será que o garoto saiu pelo buraco para cachorros no quintal?Depois que Inês desapareceu, Noemia e sua mãe se mudaram para a Mansão em Monte Vista.Elas não gostavam de Pipoca, o cachorro de Inês, e planejavam dá-lo para alguém. Valentina, que não queria se separar do cachorro, o levou para sua casa. O buraco no quintal era para Pipoca.- Já checou as câmeras de segurança das redondezas? - Emanuel perguntou a Fabiano.- Sim, já verificamos, mas não encontramos vestígios do menino.- Como isso é possível? - Valentina, meio brincando, meio séria, olhou para seu irmão. - Será que o garoto sabe se tornar invisível?De repente, ela sentiu um arrepio nas costas.Emanue
Emanuel, sentindo a dor da mordida, relaxou sua mão.- Irmão!- Sr. Emanuel!Valentina e Fabiano correram até ele e viram que sua mão estava sangrando devido à mordida do menino.- Esse garotinho... - Valentina levantou os olhos e viu que o menino havia subido na janela. - Garotinho, não faça nada precipitado!Luís estava na janela, segurando firmemente o batente com uma mão, seus olhos estavam vermelhos e cheios de emoção, como se estivesse prestes a pular.Emanuel, com os punhos cerrados, ordenou:- Desça!Luís, com o rosto vermelho, balançou a cabeça teimosamente e se encolheu para fora da janela, com metade do pé já pendurado no ar.Emanuel sentiu um aperto no coração e não ousou dar mais um passo.Valentina, chorando, tentou acalmá-lo suavemente: - Garotinho, por favor, não seja impulsivo. Se você cair, vai se machucar!Emanuel, com o rosto frio como gelo, olhando para Luís, tentou controlar sua raiva e suavizar sua voz:- Luís, desça!Luís piscou, olhando fixamente para ele.Com
O carro preto avançava suavemente pela estrada.Dentro do carro, Inês observava os sinais na estrada e franziu a testa:- Esta não é a estrada para a Vila da Brisa Marinha, não é?Tendo vivido na Cidade J por tanto tempo, Inês conhecia bem as estradas locais. Quando verificou a localização de Luís, ela tinha olhado especificamente a rota. Indo da Mansão em Monte Vista para a Vila da Brisa Marinha, certamente não passariam por aquela estrada.Pedro, com a perna cruzada, concordou casualmente:- Não é, estamos indo para a minha casa. Não quer conversar com um velho conhecido?Inês riu friamente:- Pedro, tanto no passado quanto agora, nunca fomos amigos!Não apenas não eram amigos, mas também eram inimigos. Ângelo havia matado seu avô, Emanuel a fez perder um filho e ainda havia aquele incidente de seis anos atrás... Ela tinha uma grande inimizade com a família Antunes!Pedro ergueu levemente as sobrancelhas, seus olhos astutos por trás dos óculos examinavam Inês:- É um pouco triste