UTI era para ser um lugar tranquilo, mas agora havia se tornado um campo de batalha sem fumaça.- Vocês não precisam ficar tão nervosos, só estou passando para dar uma olhada. - João olhava para as pessoas em sua frente com desdém.- Eu acho que você veio aqui só para fazer piadas, não é? - Matheus resmungou.- Piadas? Que engraçado. - João o encarou e disse. Ele perguntou ao médico de Emanuel sobre os ferimentos dele, e aquela facada... Se a Inês tivesse avançado mais um centímetro, o Emanuel estaria agora deitado em um caixão. Ela era médica, conhecia cada parte do corpo como a palma da mão. Mesmo de olhos fechados, poderia enfiar a faca no coração de Emanuel. Mas, Inês, no final, poupou sua vida. Isso era completamente uma piada. - Diga a Emanuel que no futuro, eu, João, usarei todo o poder da Seita Invisível para tornar a vida dele um verdadeiro inferno! Se Inês escolheu deixar ele vivo, então ele seguirá a vontade dela do pior jeito possível. - Que grande bravata! - Bryan, com o
Um estrondo ecoou quando a porta do quarto foi chutada pelo lado de fora. Vários homens totalmente armados invadiram, e logo em seguida, um homem de sobretudo preto e botas de montaria entrou, dando passos largos.As enfermeiras e médicos no quarto se assustaram e se encolheram, com medo de fazer qualquer movimento. “Como essas pessoas conseguiram entrar com tantos seguranças do lado de fora? Poderia ser...” Antes que Nina pudesse concluir seu pensamento, João abriu o cobertor que estava na cama e retirou o sobretudo para envolver Inês, levantando ela horizontalmente.João olhava fixamente para Inês, seus olhos cheios de complexidade. Que estupidez! Conhecia ela há tantos anos, nunca a tinha visto tão desarrumada. Sempre foi ela quem causava sofrimento aos outros, agora havia chegado a vez de alguém a fazer sofrer, mas ele não ia deixar barato. - Inês, estou levando você para casa. - Disse João suavemente, abraçando Inês e se preparando para sair.- Ei, para onde vocês estão levando
João havia sequestrado Inês da Mansão em Monte Vista e, ao invés de devolver ela imediatamente ao País F, a trouxe de volta para a mansão da família Ribeiro na Cidade P.O corpo do Sr. Gustavo também foi trazido de volta e colocado na entrada da Mansão da família Ribeiro. Na tarde daquele dia, a mansão foi iluminada com velas em homenagem ao Sr. Gustavo.Ao acordar, Inês se vestiu de preto e ajoelhou ao lado do avô, chorando enquanto acendia velas. João e Thiago, assumindo o papel de anfitriões, organizavam o funeral do Sr. Gustavo. Gustavo era uma figura importante na Cidade P, e assim que a notícia de sua morte se espalhou, as pessoas vieram em massa para prestar condolências.Contando os dias, o funeral do Sr. Gustavo aconteceria em três dias. À medida que a noite avançava, a mansão ficava tão silenciosa quanto um túmulo. Inês permanecia silenciosamente ajoelhada diante do avô, observando as velas que queimavam, quase como uma estátua. Thiago entrou vindo de fora e se aproximou par
Na Cidade J.Emanuel acordou após três dias de coma no hospital.Ao ver ele abrir os olhos, Valentina se inclinou na beira da cama, chorando copiosamente. - Mano, você finalmente acordou! - Nos últimos dias, Valentina tinha estado nervosa o tempo todo, com medo de que a condição de Emanuel se agravasse e algo inesperado acontecesse novamente. Dessa vez, Emanuel realmente havia enfrentado momentos difíceis. Ao acordar, seu corpo estava tão debilitado que ele mal conseguia mexer um dedo. Ao observar Bryan e Matheus ao seu lado na cama, seus lábios pálidos se moveram ligeiramente. - Mano, o que você quer dizer? - Valentina se aproximou para ouvir sua mensagem, mas conseguiu discernir apenas uma palavra: Inês. - Valentina enxugou as lágrimas e disse ainda soluçando. - Mano, primeiro se recupere bem. Se houver algo, pode esperar até você melhorar.Se ele soubesse que Inês havia sido levada, certamente ignoraria sua condição para ir atrás dela. Valentina pensou nisso, mas não esperava que
Eles haviam acabado de sair do quarto do doente quando avistaram Noemia se aproximando deles vestindo um traje hospitalar.- Ouvi dizer que o Sr. Emanuel acordou. Posso entrar e dar uma olhada nele? - Indagou Noemia. - Srta. Noemia, o Sr. Emanuel acabou de acordar e precisa descansar. - Disse Fabiano. Valentina ergueu as sobrancelhas, avaliando a mulher à sua frente. Essa mulher...Noemia, Dora... Não parecia grande coisa, toda delicada e falsa.- Eu só vou dar uma olhada nele... - Noemia disse enquanto se preparava para abrir a porta.Valentina estendeu a perna e bloqueou a porta diretamente. - O médico disse que meu irmão precisa descansar, ninguém pode incomodar ele. - Afirmou Valentina. - Srta. Valentina, eu prometo que não vou atrapalhar o descanso do Sr. Emanuel, só quero dar uma olhada nele, está bem? - Noemia encarava Valentina, suplicando.- Não, de jeito nenhum! - Valentina respondeu com uma expressão séria.Noemia ficou com uma expressão de desamparo.- Srta. Noemia, é
- Eu não vi ele, então não tenho muita certeza sobre a gravidade de seus ferimentos. No entanto, perguntei à enfermeira, e ele realmente se machucou bastante. Por pouco não conseguiu superar. Ficou na UTI por dois dias e só acordou esta manhã... - Noemia terminou e perguntou. - Senhor, alguma instrução?- Então ele provavelmente terá que ficar no hospital por um tempo. - O homem do outro lado da linha disse, após um momento em silêncio. - Com uma lesão tão grave, com certeza. - Respondeu Noemia.- Então, encontre uma oportunidade e saia do hospital. - O homem orientou. Noemia não entendeu. Se ela continuasse no hospital, teria mais chances de se aproximar de Emanuel. Se saísse, as oportunidades seriam ainda menores.Antes que ela pudesse perguntar, ouviu o homem do outro lado dizer: - Depois de sair, arranje uma maneira de fazer com que Emanuel concorde com você morando na Mansão em Monte Vista. Em seguida, encontre uma oportunidade para ir ao escritório dele e me ajudar a encontrar
O homem que acabara de sair do cemitério avistou quatro pessoas, três homens e uma mulher, vestindo roupas pretas indo em direção a uma das salas de despedidas. O homem à frente usava óculos escuros e parecia bastante pálido.No cemitério, havia apenas um funeral, todos que estavam ali pareciam terem ido somente para prestar homenagens ao Sr. Gustavo.Ao sair do cemitério, assim que o homem entrou no carro, o celular começou a tocar.- Alô. - Ele atendeu o celular.- Como está? - Do outro lado da linha, era a voz de uma mulher.- Princesa, a família Ribeiro agora só tem ela. - O homem suspirou internamente.O outro lado da linha ficou em silêncio.- Princesa, você... - Antes que o homem pudesse continuar, este foi interrompido. - Se eu soubesse que da última vez que nos encontramos seria a última, eu deveria ter sido mais amável com ele. - A voz feminina disse. - Princesa, meus pêsames. - O homem misterioso tentou consolá-la. - Como ela está? - Antes que o homem pudesse responder, a
Emanuel estava sentado à sua mesa, olhando sem expressão para o vídeo onde Bryan e Matheus falavam. Não franziu a testa nem por um momento. - São pessoas da Seita Invisível? - Ele falou somente quando terminaram.- Além deles, quem mais poderia ser? - Matheus estava tão irritado que queria xingar.Desde que documentos confidenciais da empresa vazaram, eles estavam em uma posição defensiva. Agora parecia que era hora de agir.- Matheus e eu discutimos, estamos indo de volta à sede. Você também deve voltar para a Cidade J o mais rápido possível. Não podemos ficar sem ninguém aqui...Emanuel interrompeu as palavras de Bryan, falando calmamente: - Por enquanto, não vou voltar para a Cidade J. Vocês também não precisam voltar para a sede, eu vou cuidar disso.- Emanuel, o que você quer dizer? Não me diga que a Seita Invisível nos pressionou até agora e você não planeja contra-atacar? - Bryan ficou surpreso por um momento e perguntou friamente. Emanuel deu um toque no cigarro entre os ded